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Mensagem por Admin Seg Fev 27, 2017 6:03 pm

          INVADIDOS! Vbhu

Quem vive na região litoral do Alentejo tem o privilégio de privar com paisagens únicas, que mesclam praias e serras, arribas e charnecas, dunas e charcos…

Esta zona, singular na Europa, reúne uma biodiversidade de tal forma peculiar que agrega duas das mais importantes áreas protegidas a nível nacional: a Reserva Natural das lagoas de St. André e da Sancha e o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Tem também importantes sítios classificados, de relevância europeia, pertencentes à Rede Natura 2000.

No entanto, a nossa região vive um problema comum a outros locais de Portugal: muitas das plantas que matizam a paisagem não são naturais desta zona. Foram trazidas do seu habitat natural (de outros países) para cá, sendo, por esta razão, consideradas exóticas. Algumas destas espécies coexistem com as espécies nativas de forma equilibrada, mas há outras que se desenvolvem, descontroladamente, tornando-se nocivas. Classificam-se, por este motivo, como espécies invasoras.

Um dos grandes problemas associados à entrada de espécies exóticas numa determinada região é o facto destas disputarem, com maior eficácia, os recursos disponíveis. Estes seres vivos têm, usualmente, crescimento rápido ou grande capacidade de dispersão e, uma vez que se encontram distantes do seu local de origem, não possuem inimigos ou competidores que impeçam o seu alastramento. São, por estes motivos, altamente competitivas, acabando por levar ao desaparecimento das espécies naturais das zonas que invadem.

Não é difícil ver chorões (Carpobrotus endulis) a espraiarem-se pelo chão do nosso litoral e a trespassarem, por exemplo, os trilhos que circundam a Lagoa de Santo André. As acácias (Acacia sp.), que alegram a paisagem, ocupam descaradamente zonas como as dunas de S.Torpes e as áreas ribeirinhas de Odemira. Por toda a região irrompem canas (Arundo donux), proliferam as ervas gordas (Arctotheca calendula) e são avistados eucaliptos (  Eucalyptus globulus). Os campos estão cobertos por gigantescos tapetes do amarelo berrante que colore as azedas ( Oxalis pes-caprae)… Enfim, estamos sitiados por inúmeras espécies que conquistam o nosso território provocando alterações ambientais e/ou prejuízos económicos.

Muitas destas invasoras terão sido introduzidas no nosso país por motivos válidos, todavia, os problemas ambientais consequentes desses atos, são bastante danosos e de reversibilidade onerosa e lenta.

Os chorões e as azedas foram trazidos da África do Sul para ajudar a fixação das dunas e para fins ornamentais, respetivamente. As canas são oriundas da Ásia e chegaram ao nosso país com o objetivo de serem usadas na construção de sebes para delimitação de terrenos agrícolas. As acácias e os eucaliptos são naturais da Austrália. A grande extensão de eucalipto, que entrou em Portugal para fins de produção de papel, não é resultante de dispersão natural pois tem intervenção humana porém, esta espécie, tem um comportamento invasor.

Para evitar a perpetuação do erro iniciado, ao introduzir no nosso país espécies invasoras, a legislação portuguesa reconheceu a gravidade deste problema no Decreto-Lei nº 565/99, de 21 de dezembro. Neste diploma são listadas as espécies exóticas introduzidas em Portugal, destacando-se as que são consideradas invasoras. Este diploma proíbe a introdução de novas espécies e ainda a detenção, a criação, o cultivo e a comercialização das que são consideradas invasoras e de risco ecológico.

Mobilizam-se, atualmente, múltiplos esforços, em várias frentes de batalha, na luta contra estas invasoras, no entanto, a guerra está muito longe do fim…

Enquanto não for possível depurar as nossas paisagens deste ubíquo problema estaremos sujeitos à sensação que nos assalta a cada quilómetro percorrido no nosso litoral: estamos invadidos!!

Imagem de capa de ionline

Rita Balbino
Professora de Biologia e Geologia
27 Fevereiro 2017      12:39
Tribuna Alentejo
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