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MINHOCAS
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MINHOCAS
O problema está em que, utilizando uma imagem do nosso Portugal rural (que, felizmente, ainda existe), “cada cavadela, uma minhoca”. E por vezes várias minhocas por cavadela, ultrapassando matematicamente o adágio popular.
As grandes notícias dos últimos dias giraram à volta de um processo mediático, em que a principal questão está no cumprimento de prazos, fator que, ao que parece, suplanta o apuramento dos factos.
O problema está em que, utilizando uma imagem do nosso Portugal rural (que, felizmente, ainda existe), “cada cavadela, uma minhoca”. E por vezes várias minhocas por cavadela, ultrapassando matematicamente o adágio popular.
Não tenho nada contra as minhocas, antes pelo contrário: são animais úteis, contribuindo com a sua atividade para a fertilização dos solos.
O maior problema é que certas minhocas se repetem, aparecendo em todas as cavadelas. Esses estranhos bichinhos surgem e ressurgem, como que se multiplicam, sem intervenção do fenómeno da reprodução, e sem que se perceba se se trata de obra de milagre ou se de infernal cabala, tipo Zé do Telhado, acusado no seu tempo de todos os crimes cometidos no País (figura não jurídica, conhecida por costas largas). Ou se, simplesmente, umas poucas mas diligentes minhocas estiveram mesmo em todas, e daí a multiplicação das presenças, que não de outras minhocas; sendo assim, não haveria nada de milagroso – apenas uma sociedade informal virada para atividades subterrâneas, que destoam da atividade das minhocas correntes por não fertilizarem nada; antes pelo contrário, parece que esterilizam os sítios por onde passam.
Os inimigos da pesca desportiva dizem que a cana usada no dito desporto é um instrumento que começa numa minhoca e acaba num imbecil. Frase estúpida e malévola, mesmo para quem não goste de peixe. Mas que faz ressurgir a temática da minhoca, agora promovida a meio indispensável à captura do peixe. Ou seja, de utilidade insofismável.
E a utilidade das minhocas acima referidas? Ao que parece, apenas serviriam para ajudar a apanhar outras minhocas, o que é uma variante da aplicação piscatória. Os mais puristas diriam que se trata de algo como o canibalismo, ou de uma forma traiçoeira de caça, como o uso da negaça nos pombos, ou de patos atados e pousados num lago, ambos traindo (involuntariamente) a sua espécie.
Estando as nossas especiais minhocas acima das aves, e mesmo dos mamíferos, em virtude do seu livre alvedrio e superior competência, pode aceitar-se uma competição cerrada ao mais puro estilo do instinto da sobrevivência. E que da competição entre as minhocas surja uma purificação do ambiente. Da mesma forma que as minhocas zoológicas escapam aos melros, usando as suas capacidades de mergulho na terra, reciclando-a e fertilizando-a.
Deixemo-las, pois, digladiar-se pela sobrevivência.
Deste modo, tal como manda a Mãe Natureza, floresceriam os nossos jardins e hortas, pela ação das minhocas.
Por Nuno Santa Clara
Barreiro
14.03.2017 - 19:35
Rostos
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