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Ana Mendes Godinho rejeita excesso de turismo

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Ana Mendes Godinho rejeita excesso de turismo Empty Ana Mendes Godinho rejeita excesso de turismo

Mensagem por Admin Dom Mar 19, 2017 12:30 pm

Na Entrevista TSF/DN, a secretária de Estado do Turismo compara os 5,2 milhões de visitantes que Lisboa recebe por ano, e 19 no total do país, com os 35 milhões de turistas que Barcelona acolhe.
 
Ana Mendes Godinho diz que houve uma inversão no turismo interno e que a reposição do poder de compra e de quatro feriados foi importante para este crescimento. Sublinha ainda que as cidades de Lisboa e do Porto estão longe de atingir os seus limites em matéria de turismo.

"Em termo de receitas, França já é o nosso principal cliente"

Na estratégia para o turismo, ao longo dos próximos dez anos, que apresentou recentemente na BTL não foi dado ênfase ao famoso turismo de sol e praia. Deixou de ser a prioridade das prioridades?

O turismo de sol e praia tem tido um papel fantástico em Portugal, fundamental ao longo destes anos. Aliás, continua a ser uma das grandes motivações dos turistas que vêm a Portugal. Mas Portugal tem de ser muito mais do que isso. O nosso grande desafio, aliás, a estratégia a dez anos surge precisamente para responder a esse desafio, é: como é que nós alargamos a atividade turística ao longo do ano e ao longo do território para ser sustentável?

Este é um país que tem sol em dezembro e em janeiro...

E temos de aproveitar. Aliás, o sol serve-nos para tudo: serve-nos para sermos um destino de férias, mas também serve para sermos um destino de filmagens - os realizadores, por exemplo, adoram Portugal porque têm 300 dias de sol para filmar -, mas também é uma característica de life style que atrai, neste momento, pessoas para decidirem viver em Portugal. Por isso, o sol é um fator chave. Aliás, na própria estratégia, é identificado como um dos nossos ativos claramente diferenciadores e que temos de continuar a aproveitar. Mas temos muito mais do que sol e praia. E eu acho que é isso que está, neste momento, a posicionar Portugal de uma forma diferente. As pessoas que vêm a Portugal - muitas delas até mobilizadas pelo sol e praia -, quando descobrem aquilo que Portugal, afinal, tem para oferecer, com esta diversidade desconcentrada ao longo do território mas muito próxima: nós temos desde a serra, ao rio, à praia fluvial, às descidas nos rios ou às aventuras para bird watching, temos uma riqueza enorme que as pessoas, neste momento, estão a descobrir. E o grande desafio é esse: é como é que nós trazemos mais pessoas ao longo do ano, não tão concentradas no verão, e ao longo do nosso território?

Nós vamos falar disso adiante, mas isso quer dizer que o sol e praia deixou de estar na sua lista de prioridades?

Não, continua a ser uma das grandes motivações dos turistas e, portanto, é fundamental para nós e continuamos a trabalhá-la.

Já não é preciso vender isso?

Não é preciso fazer esforço para o vender. Nós temos é de fazer esforço para vender aquilo que as pessoas ainda não conhecem. Esse é o grande desafio. Aliás, no âmbito da estratégia, fizemos várias reuniões no país, no território, em todas as regiões, mas fomos também aos mercados internacionais ouvir o que é que os mercados dizem sobre nós. Fomos ao Reino Unido, a Espanha, à França, à Alemanha ou ao Brasil perguntar, precisamente, como é que viam Portugal. E como é que veem Portugal? O destino sol e praia é a primeira resposta. Isso já veem. E, quando lhes perguntávamos: "Então, mas além disso, o que é que é Portugal?" "Não sabemos." Há um grande desconhecimento sobre o que existe em Portugal além disso. Claro que estou a exagerar. Lisboa e Porto já começam a ser, de alguma forma, atrativos que estão no mapa, mesmo do s mercados internacionais, mas há muito desconhecimento sobre o que existe, nomeadamente, no nosso Interior. Portugal continua a ser ainda um destino turístico muito litoralizado - cerca de 90% da nossa procura concentra-se no litoral -, mas o que sentimos é que, quando as pessoas vêm a Portugal e vão para o Interior ou descobrem novos produtos, ficam completamente encantadas. Grande parte dos prémios internacionais que Portugal recebeu em 2016 foram por experiências e produtos que não são os tradicionais do sol e praia que as pessoas já conhecem.

Mas são esses que depois se noticiam...

De que forma é que a reposição dos feriados nacionais se fez sentir no setor do turismo? É possível contabilizar o facto de haver mais quatro feriados para os portugueses?

Em 2016, o turismo interno teve uma recuperação muito grande face aos anos anteriores. Nós tivemos um crescimento do turismo interno de cerca de 7%, em contraciclo com o que vinha acontecendo. E isso já reflete dois tipos, penso eu, de indicadores: o aumento de rendimento por parte dos portugueses e, portanto, alguma margem para poderem gastar mais nas férias que fazem em Portugal; mas também muito associado, precisamente, à reposição dos feriados e a alguns fins de semana prolongados, muitos deles que aconteceram na dita época baixa, mas que permitiu, de alguma forma, ocupar mais também a hotelaria nessas alturas. Certamente que em 2017 vamos sentir isto. Nós sentimos os números da procura interna a aumentarem ainda mais...

Teve boas notícias, no início deste ano?

Os números que saíram, de janeiro, são fantásticos. Se os números de 2016 já eram números muito positivos, o que 2017 mostra é que isto não é uma moda: é um movimento sustentável e com um crescimento em 2017, em janeiro - portanto, num mês tradicionalmente difícil -, com crescimentos de cerca de 17% da procura externa.

Não há como esconder o facto de o turismo de Portugal ter beneficiado de condições difíceis noutros mercados, designadamente aqueles onde houve ações terroristas, como a França, por exemplo, mas acima de tudo o Norte de África, para onde iam muitos turistas à procura do sol e praia de que falávamos. E se isso, de repente, se modifica e o fluxo de turistas volta para esses países, em que o turismo é bastante mais barato, não estará Portugal a instalar excesso de oferta que terá impacto num momento de quebra de procura?

O secretário-geral da Organização Mundial do Turismo esteve cá, em Lisboa, no mês passado, e foi ele próprio que fez estas contas que ilustram que se virmos o número de pessoas desviadas destes destinos e somarmos os números que Portugal e Espanha ganharam em 2016, vemos que a soma dos turistas que vieram para Portugal e Espanha ultrapassa largamente o número dos desvios dos países que estão neste momento com alguma instabilidade. Mas não há dúvida nenhuma que Portugal estava no momento certo competitivo para receber estes desvios de fluxos que se sentiram ultimamente. Mas verdadeiramente o que nós temos neste momento - e é isso que os números evidenciam -, quanto ao nível de satisfação das pessoas que nos visitam, é que temos um destino muito competitivo. E o grande desafio e o que estamos a trabalhar neste momento é para, de alguma forma, fidelizar as pessoas que estão a descobrir Portugal pela primeira vez.

Mas não há preocupação com esse excesso de oferta que possa estar a ser construído?

Não. As projeções que nós fizemos... Aliás, fizemos vários cálculos, mesmo nas metas que traçámos a dez anos, e as projeções que fizemos são com base na oferta instalada que nós temos hoje - que eu gosto de lembrar que a nossa oferta instalada, neste momento, tem cerca de 52% de taxa de ocupação, o que quer dizer que...

Temos muito para crescer.

Temos muito para crescer, temos. Temos muito para crescer...

Por isso é lhe pergunto se não pode haver, de repente, um excesso de oferta, se houver uma inversão da tendência.

Mas esse é que é o nosso grande desafio, que é fidelizar as pessoas que vêm para cá e conquistar novos mercados. E é isso, principalmente, o que está a acontecer. Nomeadamente, os números de janeiro demonstram isso e os números de 2016 já demonstravam isso. Nós estamos com aspetos muito positivos em 2016, quanto ao alargamento da atividade turística ao longo do ano - dois terços do crescimento aconteceram fora da época alta -; e com a diversificação de mercados que estamos a conseguir atingir. Dou-lhe o exemplo muito prático que é o do mercado dos Estados Unidos, que cresceu, em 2016, cerca de 20% e que em janeiro deste ano cresceu 40%, muito associado às acessibilidades aéreas.

Sim, mas como o número de partida que não é muito grande...

A base é pequena. Mas posso-lhe dar outro exemplo, que é o mercado brasileiro...

Outra coisa que também é difícil de prever para o futuro tem a ver com o brexit. A libra vai ficar mais barata, significa que o euro vai ficar mais caro, as férias em Portugal vão ficar mais caras. O que é que está previsto de perda de turistas britânicos que, acima de tudo no Algarve, são os principais turistas?

Neste momento, os sinais que temos é que não há quebra nenhuma de turistas britânicos, tivemos um crescimento de cerca de 12% do mercado...

Ainda não houve o brexit.

Não houve a concretização, mas já há...

Sim, já há uma desvalorização da libra...

Sim e, de alguma forma, os próprios britânicos já têm essa insegurança sobre o que vai acontecer. O mercado britânico, mesmo em 2017, continua a crescer significativamente. O que não quer dizer que não tenhamos de estar atentos. Neste momento, estamos em permanente contacto com operadores ingleses, no sentido de perceber se temos de ir adaptando, aqui, alguma estratégia e algumas campanhas...

Foi o principal mercado, em 2016, ou não?

O principal mercado de 2016 foi França, curiosamente. França liderou.

França. Em termos de receitas ou em termos de turistas?

Em termos de receitas. A França liderou as receitas turísticas. Depois varia em termos de dormidas, em termos de números de hóspedes, em termos de regiões. Em termos globais, para o país, a França atingiu, de facto, um recorde em termos de receitas.

O tempo de permanência dos turistas no nosso país, em particular fora do segmento do sol e praia, é ainda curto. Como é que se pode levar as pessoas a ficarem mais tempo em Portugal?

Claramente aí o grande desafio é cada vez mais mostrarmos os produtos que temos e que as pessoas não conhecem. Se mostrarmos a um turista que chega a Lisboa que, em vez de ficar só dois dias em Lisboa, consegue com mais três dias, mais quatro dias, descobrir uma quantidade de produtos completamente diferentes, desde o surf, desde o vinho, desde a cultura, desde o património à volta ou que pode ir até Fátima...

Sim, em Lisboa há Sintra, Cascais, a Costa da Caparica...

Os turistas ainda se fixam muito nos destinos tradicionais. E, portanto, aqui temos de trabalhar muito a nível de capacidade de comunicar a oferta que temos e também trabalhar com os operadores para que eles próprios construam os tais ditos pacotes, entre aspas, que não sejam os tradicionais. Esse é um desafio enorme...

"Portugal é imbatível" para companhias como a easyJet

Está ainda satisfeita com o perfil do turista que temos atualmente?

Não, nunca estou satisfeita. Acho que há imenso a fazer. Acho que evoluímos imenso. 2016 mostrou que não há mitos inquestionáveis. O mito da sazonalidade é perfeitamente trabalhável. Sabemos que as acessibilidades aéreas são cruciais e se tivermos acessibilidades aéreas a mercados que, durante a época baixa, viajam mais para a nossa época baixa, como é o exemplo do Brasil, temos muito a ganhar. Se nos lembrarmos que o mercado brasileiro, em novembro, cresceu 90% percebemos que é uma questão de inteligência na forma como criamos e reforçamos ligações aéreas ao longo de todo o ano. Portugal tinha um problema sério. Crescemos muitíssimo em termos de capacidade aérea desde 2005... De 2005 a 2015 duplicámos a nossa capacidade aérea, mas a verdade é que ainda tínhamos, em 2015, grande concentração das nossas ligações aéreas a efetuar-se no verão. Então se olharmos para o Algarve, tínhamos pouquíssimas ligações aéreas fora da época alta. Em 2016 trabalhámos muitíssimo nisto e teve efeitos imediatos. É interessantíssimo ver isto mesmo a nível dos congressos e incentivos a empresas. Só o facto de termos conseguido criar rotas aéreas - numas, criar de novo, noutras alargar a operação a todo o ano no Algarve, isto trouxe um novo mercado no Algarve para o qual o Algarve estava completamente adormecido.

A easyJet, a propósito do brexit de que estávamos a falar há pouco, anunciou que quer tirar a sede do Reino Unido e tem duas grandes apostas: Portugal e Áustria. O que é que o governo português vai fazer para trazer para cá essa companhia, que, obviamente, permite aumentar, em muito, essa capacidade aérea que beneficia o turismo?

Eu vou-lhe dizer uma coisa: eu acho que não temos de fazer sequer muito. Porque os fatores competitivos...

Os donos da companhia dirão outra coisa. [Risos].

Os fatores competitivos que nós temos neste momento põem Portugal numa das principais opções em várias empresas, neste momento, em termos de localização. Aliás, temos andado a fazer esse trabalho internacionalmente. E tem sido muito, também, o nosso foco: aproveitar o turismo como um instrumento para mostrar que Portugal é, de facto, um país bom para investir. Se já sentimos isso naturalmente por parte de investidores estrangeiros a nível turístico - eu, semanalmente, reúno-me com investidores e marcas internacionais que querem entrar em Portugal -, a verdade é que o turismo pode servir também como um instrumento para promover Portugal como um bom país para investir e...

Mas este caso específico está no radar de trabalho do governo?

Clarissimamente. Seguimos esse assunto com muita atenção...

Estão em conversações com eles?

...com muita atenção e a acompanhar, naturalmente. Sendo que, de facto, temos bons fatores competitivos. Desde logo, estas empresas procuram um país com estabilidade política e económica, procuram um país em que o clima é bom e onde os seus trabalhadores não se importem de viver - e, nomeadamente neste ponto, Portugal é imbatível...

Estas entrevistas também servem para procurar notícias [risos] e, portanto, vou insistir na pergunta.

Não lhe posso dar a resposta sobre se a easyJet já decidiu, mas tudo faremos para que optem por Portugal...

Mas está confiante de que a easyJet virá para Portugal? Aquilo que o governo português lhe está a oferecer...?

Estou confiante de que Portugal é, neste momento, muito competitivo, em termos de país, para atrair este tipo de empresas, não só em termos gerais, mas também porque, no turismo, Portugal se está a afirmar como líder em termos de crescimento e inovação. E, portanto, as empresas que têm alguma ligação ao turismo também têm, neste momento, interesse em localizar-se em Portugal.

São precisas boas acessibilidades aéreas a mercados que viajam na época baixa

Outro dos problemas que o turismo enfrenta - aliás, foi mencionado por si há pouco - passa pela sazonalidade que, no fundo, como é que nós podemos lutar contra esse problema? Que medidas concretas é que se podem aplicar para combater esta coisa de "O Verão"...?

Desde logo, acessibilidades aéreas. São cruciais. Dei-lhe o exemplo, há pouco, do que está a acontecer, nomeadamente, com o mercado do Brasil, que em contraciclo geográfico, aproveitando a diferença até continental, os brasileiros viajam muito precisamente nestas alturas do ano: novembro, dezembro, janeiro. Também o mercado americano, por exemplo, em janeiro está com um crescimento de 40%. Isto para lhe dizer o quê? Acessibilidades aéreas a mercados que nos interessam mais nestas alturas do ano são cruciais. Número dois, criar atratividade dos nossos destinos e criar produtos que também respondam a estes mercados que nós queremos e que sabemos que viajam mais nestas alturas do ano. Um exemplo muito concreto: criámos um programa específico, com uma equipa específica, para captar eventos corporativos e congressos internacionais. Tem sido avassalador o interesse que, de repente...

Mas isso é muito Lisboa e Porto, não é?

Não, e Algarve, por exemplo. Dou-lhe o exemplo do Algarve e não só: dou-lhe o exemplo de Coimbra, que tem, neste momento, um novo centro de congressos interessantíssimo.

Enorme. Estreou há pouco tempo.

Que é um antigo convento. Espetacular! E que está com um dinamismo e uma procura fantásticos. E abriu o ano passado. Mas o que é que precisamos? É de pôr Portugal no mapa, de facto, como um destino de eventos e congressos internacionais, que se não tiver...

Mas estamos sempre a falar do litoral. E, para o interior, o que é que nós vendemos no estrangeiro? Estou a pensar no Minho, no Alentejo...

Nós, no interior, vendemos cultura, gastronomia, vinhos e natureza. Nisto, o que é que estamos a fazer? Lançámos um programa que se chama Portuguese Trails. O que é que é este Portuguese Trails? É: vamos virar o mapa! Vamos abrir o nosso mapa que, afinal, não é só o litoral; vamos abrir o mapa e mostrar este mapa aos nossos operadores internacionais e à procura internacional. Se perguntar internacionalmente se conhecem Portugal como destino de natureza: zero. Não temos notoriedade nenhuma. Se perguntar a quem nos visita qual é a sensação e qual é o feedback depois de visitar, bastar ver, por exemplo, um resultado de um inquérito feito no mercado alemão que posiciona Portugal em primeiro lugar como o destino mais surpreendente em termos de turismo da natureza. Ou seja, temos um grande gap, há uma grande falta de informação e falta de capacidade nossa de comunicação deste produto. Por isso, o que fizemos foi isto: criar este programa que se chama Portuguese Trails e estamos a trabalhar em várias dimensões.

Mas que necessita de promoção, não é?

Não só de promoção, precisa também de estruturação do produto. E é isso que estamos a fazer. Começámos com o Algarve, precisamente, porque também é um produto que nos reage e resulta muito bem para a época baixa. E, portanto, aí começámos com o Cycling and walking, um projeto no Algarve em que estamos a trabalhar com os operadores todos do Algarve, mas também com os municípios. Envolvemos os 16 municípios do Algarve num projeto único, em que os próprios municípios se estão a responsabilizar por garantir que as obras acontecem no terreno. É muito bonito dizer que temos vias cicláveis, mas é essencial que elas existam, porque também não queremos promover um produto e que depois as pessoas cheguem cá e acaba um município e começa o outro, mas não há ligação entre os dois. E, por isso, assumimos este projeto com um grande, de facto, um grande envolvimento também dos municípios do Algarve. É criar um produto regional e não só de município. E estamos a trabalhar com operadores precisamente para vender este produto e para o mostrar através de uma plataforma que criámos que se chama Portuguese Trails. Portanto, estamos a fazer esta grande aposta de virar o nosso mapa turístico. Já agora, dar-lhe uma nota: estamos a fazer isto pela primeira vez trabalhando em conjunto com outras organizações públicas. Não sei se têm noção mas o ICNF, que tutela as áreas protegidas, tem um conjunto e conteúdos de informação espetaculares, nomeadamente, sobre a experiência, as caminhadas, etc. que se fazem nas áreas protegidas. Até hoje isto não era promovido. O ICNF produzia os conteúdos, mas depois não conseguíamos...

Fazê-los chegar aos turistas.

Chegar aos turistas. O que é que fizemos? Pela primeira vez, pusemos Turismo de Portugal e ICNF a trabalharem em conjunto. Neste momento temos o ICNF com uns conteúdos maravilhosos e únicos e o Turismo de Portugal a promover. Hoje se forem, aliás, ali à Feira de Turismo, à BTL, pela primeira vez vão perceber que o grande produto que estamos ali a promover é o turismo de natureza nesta grande articulação de conseguirmos mostrar, dar visibilidade internacional aos conteúdos que o ICNF tem das áreas protegidas, que são, aliás, únicos. Quando eu internacionalmente digo que o nosso país tem 23% do nosso território classificado como área de alguma forma protegida, entre Rede Natura e áreas protegidas, só isto cria logo interesse. Mas é preciso depois mostrar às pessoas.

Mas, falando em diversificação, o turismo residencial - rentabilizado, aliás, por outros parceiros europeus, nomeadamente, aqui pela vizinha Espanha. Tem vindo a acompanhar a evolução e o crescimento do setor ou não?

Em 2016 tivemos uma recuperação imensa em termos de compra de casa por estrangeiros. Tem sido, aliás, é um dos nossos eixos de comunicação, o Living in Portugal, e aproveitando, claramente, aqui a conjuntura internacional, mas também [é] Portugal [a] assumir-se cada vez mais como um destino seguro para diversificação de investimento. Estamos a sentir imenso isso.

E é mais com reformados, não é? Mas Portugal também está a ser acusado de dumping fiscal em relação a parceiros europeus - a Suécia, a Dinamarca têm-se queixado de que nós estamos a fazer batota, nessa matéria.

Não, aí a grande questão que se tem colocado é que, de facto, há, na legislação sueca, penso que há um... Não tem a ver com a nossa competitividade em termos de capacidade de atrair pessoas para viver cá. Aliás, temos transmitido até isso internacionalmente, que as pessoas não vêm cá... essa não é a razão pela qual decidem vir para Portugal. Claro que, feitas as contas...

Houve um boom dos nórdicos que tem a ver com o facto de não pagarem impostos cá com a reforma...

Eles não pagam impostos... Importa esclarecer que depende dos acordos de dupla tributação que existem entre países. E o que eles não pagam é relativamente às pensões que tenham a ver com fundos de pensões privados.

Como, aliás, não é inédito em Portugal. Acontece também em alguns outros países, nomeadamente em Espanha. E era essa uma desvantagem que tínhamos.

Pronto. E, aliás, deixe-me dizer-lhe, isto foi uma medida criada em 2009, o Regime Fiscal do Residente Não Habitual, que, no fundo, veio só pôr-nos a par de outros países...

Outros países, é a Espanha.

E não só. Mas estávamos em desvantagem. Mas, dito isto, o que nós sentimos, de facto, é cada vez mais uma grande procura de estrangeiros para viverem em Portugal. Não só de reformados; estamos a sentir uma grande procura de jovens, nomeadamente destes jovens associados às novas tecnologias, etc., que é indiferente o sítio onde vivam para trabalhar, desde que tenham boas acessibilidades aéreas e boa cobertura de rede para poderem trabalhar, estamos a sentir imensa procura. Nomeadamente, de dois mercados, que têm um crescimento enorme em 2016, que foi o mercado francês e o mercado italiano, que começou a aparecer no mapa como um mercado muito interessante, à procura de casas em Portugal para comprar. Muito engraçado: eu estive, na Índia há cerca 15 dias, fazendo o follow-up da visita do nosso primeiro-ministro - que abriu, escancarou as portas, na Índia -, e verifiquei, já estive com alguns investidores que já compraram casa, aliás, em Portugal. Até lhe dou o exemplo concreto - quando há pouco estava a falar de ainda ser só os centros urbanos -, alguns destes investidores tinham comprado casa na Região Oeste. Várias casas, portanto, para investimento. Mas não só. Muito engraçado: muitos deles têm família, os descendentes, os filhos, foram estudar para os Estados Unidos e constituíram família nos Estados Unidos; e agora estão a usar Portugal como uma plataforma de encontro entre a família, que...

Fica a meio caminho.

Fica a meio caminho entre a Índia e os Estados Unidos e, portanto, encontram-se aqui, a família, anualmente. Precisamente, Portugal é, aqui, a base de encontro.

Continuando a diversificação, o turismo religioso. Este será, claramente, um ano diferente - enfim, o Papa vem a Fátima -, mas o que lhe pergunto é se admite uma crescente colaboração com a Igreja, nomeadamente no desenvolvimento deste turismo?

Não só crescente, como já existe. Foi das primeiras reuniões que eu tive, aliás, foi com o senhor cardeal patriarca, para lhe falar nesta necessidade que eu sentia de haver, cada vez mais, um trabalho conjunto para promovermos Portugal como um destino de turismo religioso, nas suas várias vertentes. Fátima, este ano, é inquestionável e, portanto, aproveitámos também o momento do centenário das Aparições de Fátima e a vinda do Papa como, aqui, um pretexto para pormos Portugal no mapa como destino de turismo religioso. Nós, pela primeira vez, este ano participámos na Feira de São Paulo com um stand vocacionado para Fátima, em que estávamos...

São os principais turistas religiosos, é o Brasil?

São. É um dos principais mercados, aliado aos polacos. E, aliás, o mercado da Polónia está a crescer muitíssimo: cresceu cerca de 25% o ano passado, para Portugal, e muito associado à motivação religiosa. Outro mercado que está a crescer muito, em termos de turismo religioso, é o da Coreia do Sul. Muito interessante, com movimentos interessantíssimos, grupos que vêm precisamente a Portugal para turismo religioso e aproveitando...

Nem sequer seria um mercado muito óbvio, não é? Porque a Polónia, por influência de João Paulo II, percebe-se, mas...

Não seria. Mas é um mercado interessantíssimo, em termos de turismo religioso. E, aliás, estamos a preparar ações específicas dirigidas a turismo religioso e vamos organizar workshops com operadores especializados em Seul em Julho - vamos lá estar, precisamente, para promover turismo religioso. Mas o turismo religioso não é só Fátima. Nós este ano estamos, claramente, a aproveitar Fátima, porque é o momento para aproveitar Fátima, porque nos dá muita notoriedade, não há dúvida nenhuma. Mas o turismo religioso são também os Circuitos Marianos, são também os Caminhos de Santiago, o caminho português de Santiago... E também o caminho de Fátima. Nós aproveitámos, precisamente, este momento, este ano para, por uma vez, estruturarmos a sério o caminho de Fátima. Estamos a fazer isso e estamos a fazer isso com todos - com os municípios, com o Centro Nacional de Cultura, com a Igreja - para, de facto, afirmar os caminhos de Fátima como um produto português único e internacionalizá-lo. Acho que andamos há muitos anos a perder esta oportunidade e, claramente, estamos a aproveitar este ano para promover internacionalmente Portugal como este destino de caminhos de espiritualidade. E Fátima é, também, um pretexto. Queremos que não seja só um caminho associado à religião católica: é muito mais do que isso. É um caminho de espiritualidade que nos ajuda a promover também este outro lado de Portugal que nós queremos mostrar que é o de um país de tolerância, aberto, onde as pessoas vêm descobrir um país mas também se descobrem. Portanto, aproveitando um bocadinho este lado de espiritualidade de Fátima, abrindo caminho para as pessoas descobrirem cada vez mais o nosso país. Aliado a isto, claramente, também temos as judiarias e, portanto, turismo religioso tem estas várias vertentes. Estamos a lançar um portal só dedicado a isto, Portugal como destino de espiritualidade, nestas várias vertentes, que cobrem todo o território. Portanto, há pouco, quando me perguntava o que é que nós temos para vender, o nosso território tem muitíssimo para vender. Desde a rede das judiarias, que é riquíssima em Portugal: Belmonte, Tomar, Trancoso... Há pouco, esqueci-me de lhe dizer uma coisa -, além da grande aposta que temos feito em dinamizar produtos tipicamente do interior, como por exemplo as termas e as aldeias portuguesas, quer aldeias históricas, quer aldeias do xisto, lançámos um programa específico, que se chama Valorizar, na sequência do Programa Nacional para a Coesão Territorial, em que identificámos claramente quais são os produtos que podemos desenvolver no interior, turísticos, para que, de alguma forma, incentivar a sua estruturação - porque muitos destes produtos não estão estruturados; existem isoladamente, mas não existem enquanto produto turístico. Portanto, para os estruturar, lançámos este programa especial, com 110 milhões de dotação, precisamente para mobilizar quem está no interior a construir o produto, par ao comercializarmos e promovermos. Tem tido uma procura louca! Deve ser dos programas de lançámos com mais procura, o que também demonstra uma grande vontade, nomeadamente, de jovens em desenvolverem novos negócios associados ao interior.

Sendo tão diversificada a oferta turística em Portugal, o que nós temos assistido, nos últimos anos, é a um grande boom essencialmente em Lisboa e no Porto. O Algarve já era, Algarve e Madeira. Os Açores também está a correr bem, mas acima de tudo Lisboa e Porto. E há uma crítica, mesmo, entre os parceiros que apoiam o governo no Parlamento, uma crítica muito grande àquilo que se tem feito em Lisboa e no Porto, no sentido de haver uma especulação imobiliária, de se estarem a retirar as pessoas dos centros das cidades. Não é preciso parar para olhar e pensar bem no que é que se está a fazer em Lisboa e no Porto? Não a incomoda este facto de as pessoas estarem cada vez mais a fugir do centro, porque é impossível viver no centro das cidades?

Não. Eu acho que se analisarmos os dados da população residente em Lisboa, há 20 anos, e a evolução, percebemos que não tem nada a ver com o turismo. Ou seja, o centro de Lisboa e o centro do Porto estavam numa situação desertificada antes de o turismo ter aparecido. O turismo o que permitiu foi requalificar...

A reabilitação urbana?

Reabilitar e requalificar uma zona completamente abandonada. Quem é que ia para a Baixa, pergunto eu, há 20 anos, à noite? Ou quem é que circulava na Baixa, há 20 anos, além das poucas empresas ou bancos que tinham ali os seus escritórios?

Mas sendo certo sendo certo que Lisboa tem vindo a perder gente - eu lembro-me que em 1980 teria 800 mil pessoas; hoje tem poucas mais de 500 mil, eventualmente -, este fenómeno...

Mas é um movimento anterior, é um fenómeno completamente anterior ao turismo.

Sim, mas este fenómeno não vem agravar? O que os críticos dizem é que este fenómeno veio agravar, muito à conta de haver um excesso de procura e, portanto, as pessoas... digamos, a autenticidade de que falava há pouco, se estar a perder nas cidades, porque as pessoas têm a tentação de sair em função do nível de procura que existe.

Eu gosto de lembrar alguns números que eu acho que põem estes assuntos no seu devido lugar. Barcelona, onde se discute a questão da sobrecarga, tem 35 milhões de visitantes por ano. Portugal, no seu conjunto, tem 19 milhões de visitantes e Lisboa tem 5,2 milhões. Portanto, quando estamos a falar de sobrecarga, pensemos o que é que é sobrecarga. Sobrecarga são 35 milhões e aí, sim, está a discutir-se que são 35 milhões de pessoas a visitarem Barcelona por ano.

Mas Lisboa ou o Porto estavam preparados par esta sobrecarga que está a acontecer neste momento?

Clarissimamente. Aliás, basta ver a grande efervescência positiva, a energia positiva que neste momento existe em Lisboa e no Porto, em termos de vida, que os centros, que os centros históricos voltaram a ter, que estavam completamente abandonados. Desde o dinamismo de novas empresas que surgiram, de novas lojas que estão a surgir... Dito isto, não quer dizer que não tenhamos de acompanhar e ir monitorizando... E, aliás, é por isso uma estratégia a dez anos com essa grande preocupação. Aliás, um dos vetores que está nesta nossa estratégia, uma das nossas metas, é o envolvimento das populações locais precisamente nos processos de decisão de turismo e a avaliação do seu grau de satisfação face ao desenvolvimento da atividade turística. Porque também ninguém quer ter Lisboa como uma cidade Disneylândia. Não é o objetivo de ninguém. Pelo contrário.

Sim, Alfama sem "malandros de Alfama" não é um bairro histórico.

Ninguém quer isso. Ninguém quer isso. Aliás, o sucesso, dito de outra forma, o sucesso que o alojamento local tem tido em Lisboa e no Porto e não só - é sempre bom recordar que só 25% do tal alojamento local (que é esse que está em causa quando se fala aqui na especulação imobiliária; pelo menos, é esse que se costuma discutir), só cerca de 25% deste alojamento local é que se situa em Lisboa ou no Porto. Ou seja, muita desta oferta... Nós tivemos um grande crescimento desta realidade do alojamento local, em todo o país, mas muito porque os turistas querem, cada vez mais, viver experiências únicas e autênticas, integradas na comunidade. E, portanto, ninguém quer estragar a galinha dos ovos de ouro que é também o turismo enquanto elemento de atração de novas populações, mas também que o turismo sirva para atrair cada vez mais pessoas para viverem no nosso país. É um bocadinho esse o nosso lema e eu acho que começamos a ter a evidência disso. Eu sinto muito, é muito engraçado, às vezes, falar com franceses ou com ingleses que estão, neste momento, a viver cá em Portugal e que dizem que a primeira vez que vieram, vieram em turismo. Vieram descobrir uma cidade, de que ouviam falar, Lisboa ou o Porto, e de repente ficam completamente entusiasmados e repetem a viagem: à segunda vêm, à terceira vêm e à quarta decidem mesmo comprar casa.

Chegar do Montijo ao centro de Lisboa "vai ser rapidíssimo"

Em relação à competitividade no setor do turismo, é essencial a oferta aérea e, por isso, precisamos de um novo aeroporto. Está dado como adquirido, embora ainda esteja em estudo, o aeroporto do Montijo como alternativa. Sendo fora de Lisboa, como é que serão garantidas as ligações à cidade? O aeroporto pode ficar a 30 ou a 40 quilómetros, desde que as pessoas cheguem rapidamente ao sítio onde querem.

E isso é exatamente aquilo que se tem de garantir e o Turismo faz parte desse grupo de trabalho para garantir essa solução. Vou-lhe dar um exemplo muito concreto: fui a Londres há dois meses e o aeroporto, a certa altura, em que fiquei - destes das low cost -, demorei quase uma hora e meia a chegar ao centro da cidade. Isto não tem nada a ver com aquilo que nós estamos a propor para o Montijo. O Montijo é uma solução ótima mesmo em termos de proximidade...

E essa solução conta com o apoio das companhias low cost, que serão aquelas que preferencialmente utilizarão a pista do Montijo?

Esta solução conta, essencialmente, com o turismo, que precisa de ter competitividade aérea. E só a temos se tivermos claramente, aqui, um alargamento da nossa capacidade.

Portanto, não é só para as low cost. É para as low cost e companhias de bandeira...

O objetivo é termos capacidade aérea, que temos de ter e de responder. Porque, tal como estamos neste momento, a evolução e a taxa de crescimento que nós temos em termos de procura de acessibilidades aéreas e de novas ligações aéreas, neste momento, já estamos com dificuldade em gerir. Portanto, temos é de ter aumento desta capacidade e capacidade de receber cada vez mais gente.

Se não é uma hora e meia para chegar do Montijo aqui, em quanto tempo é que se vai chegar, saindo do aeroporto do Montijo, ao centro da cidade de Lisboa?

Vai ser rapidíssimo! Aliás, ao centro, tem duas hipóteses, pode chegar ao Cais Sodré ou pode chegar à Expo, onde tem também ligação direta de metro. Aliás, se hoje fizer esse teste... Se hoje, não havendo nenhum meio de transporte especial, o fizesse, já chegava de uma forma rápida. Mas a parte do transporte e da ligação do aeroporto ao centro de Lisboa é crucial na construção desta solução e o Turismo é, precisamente, parte nesta solução para encontrarmos a forma mais rápida de chegar rapidamente ao centro de Lisboa, que vai acontecer.

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19 DE MARÇO DE 2017 - 00:01
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