Ministra do Mar e os restantes terminais da Margem Norte: «Futuro não tem que ser o mesmo para todos»

Na apresentação da Estratégia para o Aumento da Competitividade do Porto de Lisboa, Ana Paula Vitorino focou a sua intervenção na Estratégia como um todo, deixando para Lídia Sequeira os detalhes sobre os projectos para Lisboa – um pouco como tem vindo a fazer no périplo de apresentações nos vários portos. Ainda assim, não deixou de dar mais algumas informações valiosas.

Admitindo ver no porto de Lisboa potencial para muito mais do que tem vindo a fazer – embora reconhecendo uma recuperação desde a segunda metade do ano passado – Ana Paula Vitorino salienta que o «porto de Lisboa tem que assumir-se no mercado como gateway do Centro e Sul de Portugal e afirmar-se a nível internacional», lembrando que «boa parte do território espanhol está dentro do hinterland dos vários portos nacionais», entre os quais o porto de Lisboa assume um papel de relevo.

«Há que reafirmar a posição do porto de Lisboa nas cadeias logísticas, contribuindo para dinamizar a economia regional e nacional», vincou ainda a Ministra.

As apresentações foram seguidas, como também vem sendo habitual, por um período de debate com a comunidade portuária que marca presença nas sessões. E aqui, questionada sobre o futuro dos restantes terminais na Margem Norte, Ana Paula Vitorino não adiantou muita informação, referindo que «no futuro, quando essa questão se colocar, iremos decidir o futuro para esses terminais no porto de Lisboa».

Por outro lado, ainda sobre esses terminais, salientou também que «esse futuro não tem que ser o mesmo para todos», e que as decisões serão tomadas em função de uma série de factores, entre os quais a sua própria evolução ou a evolução da procura.

Relembre-se que a Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária contempla investimentos na ordem dos 746 milhões de euros para o porto de Lisboa e têm como objectivo fazer o porto da capital crescer 49% até 2026.

20/03/2017
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