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A importância dos serviços na dinamização da economia portuguesa
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A importância dos serviços na dinamização da economia portuguesa
É tempo de os responsáveis políticos reconhecerem a importância estratégica dos serviços na definição de qualquer quadro macroeconómico de longo prazo em Portugal.
O relançamento inadiável da economia portuguesa após mais de década e meia de estagnação só poderá ocorrer com o contributo decisivo do setor terciário, já hoje contribuindo para cerca de 75% do PIB e absorvendo mais de dois terços da população ativa. A importância dos serviços não é apenas quantitativa: o setor assegura o maior contributo à modernização da nossa economia, consolidando a sua reputação muito para além das nossas fronteiras históricas. Tal sucede em áreas tão diversas como as telecomunicações, os cuidados de saúde, os transportes expresso, a segurança privada, o comércio digital, os centros comerciais, as tecnologias de informação e as modernas cadeias de distribuição.
As energias criativas que os serviços propiciam, ancorados como estão à revolução digital em curso no mundo contemporâneo, são vitais para a competitividade do nosso tecido empresarial e para a tão ambicionada expansão da economia portuguesa, que ainda padece de graves deficiências estruturais.
Isto acontece, note-se, porque o dinamismo dos serviços não se circunscreve ao mercado interno: é também fundamental para o impulso à internacionalização dos nossos circuitos económicos, sempre tão carenciados de potenciais investidores e clientes. Ao contrário do que alguns imaginam, o setor exportador português está hoje longe de confinar-se ao tradicional escoamento de bens provenientes do setor agroalimentar e da indústria transformadora, por mais relevantes que estes ainda sejam.
É precisamente nos serviços que se encontram algumas das melhores práticas empresariais registadas em Portugal, proporcionadas pela capacidade de inovação de quem investe, planeia e dirige as empresas do setor. Contribuindo não apenas para o dinamismo da economia nacional mas para o próprio prestígio do País num mundo cada vez mais digital, onde os modelos de negócio baseados em plataformas multilaterais – como acontece, por exemplo, com a Google ou a Airbnb – se tornaram quase um lugar comum, ao ligarem diferentes grupos de clientes que geram tanto mais valor quanto mais interagirem entre si.
Por tudo isto, é tempo de os responsáveis políticos e os chamados líderes de opinião nacionais reconhecerem a importância estratégica dos serviços na definição de qualquer quadro macroeconómico de longo prazo em Portugal. Para que os desafios do futuro possam ser ganhos e a sombra da recessão não volte a pairar sobre quem deu novos mundos ao Mundo.
Jorge Jordão, Presidente da Confederação dos Serviços de Portugal
00:07
Jornal Económico
O relançamento inadiável da economia portuguesa após mais de década e meia de estagnação só poderá ocorrer com o contributo decisivo do setor terciário, já hoje contribuindo para cerca de 75% do PIB e absorvendo mais de dois terços da população ativa. A importância dos serviços não é apenas quantitativa: o setor assegura o maior contributo à modernização da nossa economia, consolidando a sua reputação muito para além das nossas fronteiras históricas. Tal sucede em áreas tão diversas como as telecomunicações, os cuidados de saúde, os transportes expresso, a segurança privada, o comércio digital, os centros comerciais, as tecnologias de informação e as modernas cadeias de distribuição.
As energias criativas que os serviços propiciam, ancorados como estão à revolução digital em curso no mundo contemporâneo, são vitais para a competitividade do nosso tecido empresarial e para a tão ambicionada expansão da economia portuguesa, que ainda padece de graves deficiências estruturais.
Isto acontece, note-se, porque o dinamismo dos serviços não se circunscreve ao mercado interno: é também fundamental para o impulso à internacionalização dos nossos circuitos económicos, sempre tão carenciados de potenciais investidores e clientes. Ao contrário do que alguns imaginam, o setor exportador português está hoje longe de confinar-se ao tradicional escoamento de bens provenientes do setor agroalimentar e da indústria transformadora, por mais relevantes que estes ainda sejam.
É precisamente nos serviços que se encontram algumas das melhores práticas empresariais registadas em Portugal, proporcionadas pela capacidade de inovação de quem investe, planeia e dirige as empresas do setor. Contribuindo não apenas para o dinamismo da economia nacional mas para o próprio prestígio do País num mundo cada vez mais digital, onde os modelos de negócio baseados em plataformas multilaterais – como acontece, por exemplo, com a Google ou a Airbnb – se tornaram quase um lugar comum, ao ligarem diferentes grupos de clientes que geram tanto mais valor quanto mais interagirem entre si.
Por tudo isto, é tempo de os responsáveis políticos e os chamados líderes de opinião nacionais reconhecerem a importância estratégica dos serviços na definição de qualquer quadro macroeconómico de longo prazo em Portugal. Para que os desafios do futuro possam ser ganhos e a sombra da recessão não volte a pairar sobre quem deu novos mundos ao Mundo.
Jorge Jordão, Presidente da Confederação dos Serviços de Portugal
00:07
Jornal Económico
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