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"Food is in the air"
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"Food is in the air"
"Love is in the air" é uma música que todos recordarão. "Food is in the air" é música para os meus ouvidos. Soube esta semana que a TAP conquistou para as suas refeições em voo uma vasta equipa de renomados chefes de cozinha portugueses e que a partir de agora irão suceder-se experiências de bom gosto a bordo dos seus aviões. A companhia que é uma bandeira de Portugal, nem sempre bem compreendida, mas também nem sempre bem compreensível, nos últimos anos insistiu em receber-nos de "braços abertos". A partir de agora vai passar a receber-nos também com qualquer coisa boa nas mãos, embora na verdade quase nunca nos tenha recebido, nos anos passados, de mãos a abanar.
Seja como for, a integração na sua equipa gourmet de chefes como José Avillez, Rui Silvestre, Rui Paula, Henrique Sá Pessoa e Miguel Laffan (que se juntam a Vítor Sobral) promete um abanão de primeira categoria na restauração a bordo dos aviões da TAP. Quem me conhece sabe que eu sou um acérrimo defensor da gastronomia tradicional portuguesa e que sempre que posso escolher o que como, as minhas opções são esmagadoramente na linha da cozinha e da gastronomia que os nossos pais, os nossos avôs e os nossos bisavôs sabiam fazer e gostavam de comer. De qualquer forma, gostar da gastronomia portuguesa não pode nem deve ser só isso. Da mesma forma que hoje não nos deslocamos nos carros, nos comboios ou nos aviões em que se deslocavam os nossos antepassados, não assistimos aos mesmos filmes, não ouvimos as mesmas músicas, não fazemos as mesmas viagens nem frequentamos os mesmos locais, também na gastronomia é possível acolher o novo sem renegar o passado. Eu sei que há muita gente e até alguns com humor refinado (como uma crónica que li do Ricardo Araújo Pereira) que de cada vez que falam em cozinha gourmet ou chefes com estrelas Michelin fogem a correr para a tasca mais próxima a pedir um bife com ovo a cavalo e muita batata frita. Seja como for, o número e a qualidade destes "fugitivos" têm vindo a diminuir na exata proporção em que os chefes da nova geração também têm sabido adaptar as suas excentricidades artísticas ao gostar de comer português.
Não conheço todos os chefes que agora fazem parte desta nova esquadrilha da TAP, mas já provei pratos da maioria deles e devo dizer que fiquei surpreendido em alguns casos e fiquei satisfeito em quase todos. Acresce que se há sítio em que estou a ver que surta grande efeito uma combinação entre pouca quantidade, muita qualidade e muitíssima imaginação, é exatamente no catering dos aviões, em função do contexto da preparação das refeições e das condições logísticas em que podem ser servidas.
Assim sendo, aguardo com grande expectativa e até ansiedade a minha estreia neste novo cardápio, sendo certo que o que até agora já vi daquilo que Vítor Sobral fazia para a classe executiva ainda me aguça mais o apetite para conhecer tudo o que esta constelação de estrelas Michelin vai conseguir fazer para reconciliar os utentes dos aviões da TAP com o seu catering.
Como é público e notório, o resultado de vários inquéritos e sondagens levados a cabo junto de estrangeiros sobre Portugal e os portugueses tem trazido em lugar de grande destaque nas suas preferências e nas suas principais razões para gostar de Portugal, a gastronomia e os vinhos portugueses. Como dizia um amigo meu, nunca é tarde nem é cedo para tomar uma decisão que se impõe. Mas eu julgo que esta novidade que a TAP nos deu esta semana vai cair como cereja no bolo do crescente interesse dos turistas e viajantes pelo nosso país.
O título "Food is in the air" não me saiu por acaso. Penso que existe uma grande potencialidade de os portugueses e estrangeiros que vão ser abrangidos por este programa nos próximos voos começarem aí, no caso dos estrangeiros, ou renovarem aí, no caso dos nacionais, uma paixão assolapada por Portugal, pelos portugueses e pela nossa gastronomia.
*EMPRESÁRIO
Manuel Serrão*
Hoje às 00:01
Jornal de Notícias
Seja como for, a integração na sua equipa gourmet de chefes como José Avillez, Rui Silvestre, Rui Paula, Henrique Sá Pessoa e Miguel Laffan (que se juntam a Vítor Sobral) promete um abanão de primeira categoria na restauração a bordo dos aviões da TAP. Quem me conhece sabe que eu sou um acérrimo defensor da gastronomia tradicional portuguesa e que sempre que posso escolher o que como, as minhas opções são esmagadoramente na linha da cozinha e da gastronomia que os nossos pais, os nossos avôs e os nossos bisavôs sabiam fazer e gostavam de comer. De qualquer forma, gostar da gastronomia portuguesa não pode nem deve ser só isso. Da mesma forma que hoje não nos deslocamos nos carros, nos comboios ou nos aviões em que se deslocavam os nossos antepassados, não assistimos aos mesmos filmes, não ouvimos as mesmas músicas, não fazemos as mesmas viagens nem frequentamos os mesmos locais, também na gastronomia é possível acolher o novo sem renegar o passado. Eu sei que há muita gente e até alguns com humor refinado (como uma crónica que li do Ricardo Araújo Pereira) que de cada vez que falam em cozinha gourmet ou chefes com estrelas Michelin fogem a correr para a tasca mais próxima a pedir um bife com ovo a cavalo e muita batata frita. Seja como for, o número e a qualidade destes "fugitivos" têm vindo a diminuir na exata proporção em que os chefes da nova geração também têm sabido adaptar as suas excentricidades artísticas ao gostar de comer português.
Não conheço todos os chefes que agora fazem parte desta nova esquadrilha da TAP, mas já provei pratos da maioria deles e devo dizer que fiquei surpreendido em alguns casos e fiquei satisfeito em quase todos. Acresce que se há sítio em que estou a ver que surta grande efeito uma combinação entre pouca quantidade, muita qualidade e muitíssima imaginação, é exatamente no catering dos aviões, em função do contexto da preparação das refeições e das condições logísticas em que podem ser servidas.
Assim sendo, aguardo com grande expectativa e até ansiedade a minha estreia neste novo cardápio, sendo certo que o que até agora já vi daquilo que Vítor Sobral fazia para a classe executiva ainda me aguça mais o apetite para conhecer tudo o que esta constelação de estrelas Michelin vai conseguir fazer para reconciliar os utentes dos aviões da TAP com o seu catering.
Como é público e notório, o resultado de vários inquéritos e sondagens levados a cabo junto de estrangeiros sobre Portugal e os portugueses tem trazido em lugar de grande destaque nas suas preferências e nas suas principais razões para gostar de Portugal, a gastronomia e os vinhos portugueses. Como dizia um amigo meu, nunca é tarde nem é cedo para tomar uma decisão que se impõe. Mas eu julgo que esta novidade que a TAP nos deu esta semana vai cair como cereja no bolo do crescente interesse dos turistas e viajantes pelo nosso país.
O título "Food is in the air" não me saiu por acaso. Penso que existe uma grande potencialidade de os portugueses e estrangeiros que vão ser abrangidos por este programa nos próximos voos começarem aí, no caso dos estrangeiros, ou renovarem aí, no caso dos nacionais, uma paixão assolapada por Portugal, pelos portugueses e pela nossa gastronomia.
*EMPRESÁRIO
Manuel Serrão*
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Jornal de Notícias
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