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Exportações caem pelo terceiro mês consecutivo
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Exportações caem pelo terceiro mês consecutivo
Continua o arranque de ano difícil para as vendas de Portugal ao exterior. Em Maio, as exportações nacionais recuaram 3,6% face ao mesmo mês de 2013, enquanto as importações cresceram 1,9%. O saldo comercial agrava-se.
Segundo os dados publicados hoje, 10 de Julho, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o principal responsável pela quebra da saídas de bens nestes últimos três meses foram os combustíveis. Entre Março e Maio deste ano registaram uma contracção acumulada de 54,1%. O que significa que os efeitos da suspensão temporária da actividade da refinaria de Sines da Galp se estão a estender para lá do período do encerramento, podendo mesmo contagiar a segunda metade do ano, como já admitia ontem a Universidade Católica.
Ainda assim, não é como se as outras categorias de produtos estejam a ter um comportamento muito positivo. Em relação ao último mês apurado, o INE refere que se excluirmos os combustíveis, as exportações teriam crescido apenas 0,2%, enquanto as importações avançariam 3,8%. Isto ocorreria porque as importações de petróleo também estão a registar quedas significativas (-28,7% entre Março e Maio).
A contracção das exportações em Maio tem origem dentro e fora da União Europeia (UE). As exportações intra-UE caíram 1,8%, enquanto as extra-UE afundaram 7,9%. Valores que surgem depois de, em Abril, as exportações terem recuado 4,8% e 13,1%, respectivamente. Tudo somado, nos primeiros cinco meses do ano as vendas de bens ao exterior estão a cair 0,9%. Para a totalidade do ano, o Governo português esperava que as exportações de bens e serviços avançassem 5,7%.
Nos mesmo cinco meses deste ano, as importações estão a crescer 2,3%, com destaque para o material de transporte. Leia-se carros. Entre Março e Maio deste ano, as compras de veículos ao exterior dispararam 22%.
A consequência destes dois movimentos – crescimento das importações e queda das exportações – está a provocar um agravamento significativo do défice comercial. Até Maio do ano passado, o saldo que mede a diferença entre as saídas e entradas de bens no País estava nos 3,4 mil milhões de euros. Nos primeiros cinco meses do ano já engordou para 4,1 mil milhões de euros.
(Notícia actualizada às 11h35)
10 Julho 2014, 11:10 por Nuno Aguiar | naguiar@negocios.pt
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