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Sucata não é bem a mesma coisa que lixo que a zona aeroportuária de Beja
Olhar Sines no Futuro :: Categoria :: Portugal :: Alentejo
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Sucata não é bem a mesma coisa que lixo que a zona aeroportuária de Beja
Sucata não é bem a mesma coisa que lixo. Embora uma e outro possam ir parar ao mesmo balde. Embora uma e outro se enquadrem na desagradável definição filosófica de “esterqueira”. Cujo enunciado começa com a seguinte premissa: “ninguém os quer à porta de casa”. Mas, de facto, sucata não é bem a mesma coisa que lixo. Lixo são mais os despejos e as imundices definitivamente e para todo o sempre descartáveis.
A que costumamos virar as costas sem dizer adeus e sem um pingo de remorsos. Já a sucata é uma espécie de lixo adiado. São coisas que já não prestam, na verdade, mas que ainda podem desenrascar. A sucata é o limbo do lixo. É o cais das barcas do lixo. Estudando Gil Vicente saberemos que alguma sucata terá a sua glória. A maioria da sucata, nem por isso. O presidente da Aeroportos de Portugal deu uma entrevista à SIC onde provou que o lixo também pode ser mental. Disse ele que o futuro de Beja poderá passar não por um aeroporto, mas por um contentor. Que é uma das muitas maneiras de definir “unidade de desmantelamento de aeronaves”.
Para além de contentor, também se pode substituir o termo por… parque de sucata. Ou seja, o futuro económico jubiloso do aeroporto do Alentejo, com atividades ligadas ao turismo e ao transporte de passageiros, à logística e às cargas com o florescimento da agricultura e da agroindústria, ao fabrico de componentes aeronáuticos e à investigação, esse futuro foi considerado não reciclável. Foi para o lixo, por conseguinte. Em seu lugar virá algo duradouro, rentável e apetecível. A sucata. “Um negócio florescente” capaz de viabilizar um equipamento que “ainda apresenta resultados negativos” (as imundícias entre aspas são dele).
Mas se transformar um aeroporto novinho em folha num cemitério de aviões velhos é uma coisa assim tão boa, por que raio veio parar a Beja? Seria a primeira vez, desde o tempo da serpente e do toiro, que tal aconteceria. Pelo que é melhor desconfiar um nadinha destas empresas que se fixam para lucrar o mais que podem e o mais rapidamente possível. E que depois dão à sola deixando para traz as carcaças inaproveitáveis dos aviões e os componentes poluentes, perigosos e caros de acondicionar e de reciclar. Ou seja, deixando aos pacóvios o lixo da sucata. Sim, porque sucata não é bem a mesma coisa que lixo.
Editorial
Sucata
Paulo Barriga
02-08-2014
Diário do Alentejo
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