Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 409 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 409 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Uma correção nas ações será temporária
Página 1 de 1
Uma correção nas ações será temporária
Dominic Rossi acredita que a duração da recuperação económica dos EUA surpreenderão muitos investidores.
Dominic Rossi acredita que a duração da recuperação económica dos EUA surpreenderão muitos investidores. Nesse sentido, continua otimista para as ações, nomeadamente para a capacidade das bolsas norte-americanas liderarem o movimento de subida nos mercados mundiais. Uma correção? Se houver, diz o responsável pela estratégia de investimento para acções da Fidelity, "será um acontecimento temporário provavelmente desencadeado por fatores externos".
Quais são as suas perspetivas para as ações?
A volatilidade do mercado acionista continua associada às perspetivas para a economia norte-americana e penso que a volatilidade poderá manter-se baixa durante um período sustentável, tal como sucedeu no final da década de 90.
Continuo otimista acerca das ações norte-americanas e da sua capacidade de liderar os mercados acionistas mundiais, e sinto que a força e duração da recuperação económica surpreenderão muitos investidores. As perspetivas para os lucros permanecem favoráveis e é provável que aqueles analistas que insistem em que os lucros norte-americanos não podem subir mais cheguem à conclusão de que estão errados. Estamos já a assistir a revisões em alta das previsões para o setor tecnológico. Os dados norte-americanos estão a melhorar em todo o espetro, os "défices gémeos" estão a diminuir rapidamente e penso que Obama acabará o seu mandato com um excedente fiscal. Isto significa que as ações norte-americanas serão bem suportadas pela liquidez, com as poupanças domésticas a serem canalizadas para o mercado acionista.
A actividade de fusões e aquisições (F&A) está a aumentar a nível mundial. Qual a sua opinião sobre este facto?
A atividade de F&A é um dos fatores que está a estimular os mercados acionistas mundiais. As empresas estão também a efetuar recompras de ações próprias e a aumentar os dividendos, portanto, estamos a assistir a uma série de medidas favoráveis para os acionistas. Os dividendos estão a aumentar de um modo particularmente rápido no mercado norte-americano - a uma taxa anual de mais de 10% nos últimos 10 anos. No contexto atual, um cupão que aumenta 10% ao ano representa um fluxo de rendimento muito atrativo. A história de rendimento é ainda muito importante para os investidores e, neste aspeto, o rendimento das ações continua a ser muito atrativo.
Estará o risco de haver uma correção a aumentar?
Embora os mercados possam continuar a subir com uma volatilidade de uma forma geral baixa, é verdade que o risco de haver uma correção no curto prazo parece estar a aumentar. De facto, embora a volatilidade geral do mercado se tenha mantido benigna, temos visto algumas rotações de setor significativas, com as ações de média e pequena capitalização a enfrentarem dificuldades. Isto pode ser um sinal de que o mercado está a procurar consolidar-se.
Poderá argumentar-se que estamos a começar a ver algum comportamento associado aos mercados acionistas maduros, com alguns sinais prematuros de excessos no mercado de IPO e na atividade empresarial. No entanto, o culto das ações ainda não regressou e os fluxos dos fundos de ações ainda estão relativamente modestos em termos históricos. Se houver uma correção, penso que será um acontecimento temporário provavelmente desencadeado por fatores externos. Por exemplo, se o preço do petróleo subisse para mais de 120 dólares o barril devido a problemas geopolíticos ou se houvesse uma correção nos mercados de crédito.
Serão as avaliações um motivo de preocupação, com os lucros das empresas a situarem-se a níveis recorde face ao PIB?
As avaliações norte-americanas continuam de uma forma inteiramente razoável a estar baseadas nos retornos do capital próprio. Por exemplo, uma simples comparação entre os PER das ações japonesas e norte-americanas induz em erro uma vez que os ROE no Japão se têm historicamente situado a metade dos níveis dos EUA. Assim, a diferença nas avaliações dos dois mercados é, na minha opinião, justificada.
As margens de lucro podem estar a níveis históricos, mas acredito que ainda podem subir. Penso que nos EUA, a distribuição dos lucros entre o capital e a mão de obra está a registar uma viragem fundamental. Não vejo por que razão é que as margens tenham necessariamente de se traduzir num recuo; para que isso aconteça, a participação dos trabalhadores nos lucros teria de aumentar e, a não ser que regressemos a uma mão de obra extremamente sindicalizada, o que não é provável, os lucros manter-se-ão a níveis elevados. Isto deve-se em grande parte à globalização da mão de obra, a uma menor organização dos trabalhadores, à mudança tecnológica e à capacidade de os mercados pressionarem as empresas para que estas se centrem nos lucros de um modo que não existia há 30 anos.
Onde é que nos situam em termos de um ciclo de mercado a um prazo mais alargado?
Continuamos num bull market que, na minha opinião, irá durar mais dois anos. A economia e o mercado situam-se a meio do ciclo e uma correção a meio do ciclo ofereceria aos investidores a oportunidade de entrar no mercado a avaliações reduzidas.
Este artigo está de acordo com o novo acordo ortográfico.
04 Agosto 2014, 09:37 por Dominic Rossi
Negócios
Tópicos semelhantes
» Correção do mercado e não deterioração da economia
» Ações A chinesas continuam em queda
» Deputados pelo Circulo Eleitoral de Setúbal Visitaram o concelho de Palmela no âmbito das ações de pré-campanha
» Ações A chinesas continuam em queda
» Deputados pelo Circulo Eleitoral de Setúbal Visitaram o concelho de Palmela no âmbito das ações de pré-campanha
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin