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Um Portugal criativo
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Um Portugal criativo
No futuro, a criatividade deverá ser a chave fundamental no motor do nosso País. Só assim podemos ambicionar que Portugal venha a tornar-se mais próspero e socialmente mais justo.
Etimologicamente a palavra criatividade provém do vocábulo creare, que significa "gerar" ou "produzir". Penso que nesta palavra encontraremos a solução, desvalorizada por muitos, para resolver uma grande parte dos problemas que Portugal hoje enfrenta.
A 25 anos imagino Portugal, com os seus oito séculos de História, no mesmo canto da Europa, do ponto de vista geográfico, mas com muito mais influência na Europa e também com a sua credibilidade já totalmente recuperada. O País que falta cumprir, citando Fernando Pessoa: "Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez/ Senhor, falta cumprir-se Portugal!", tornar-se-á num país de referência ao nível económico e social. Seremos conhecidos como destino predileto para aqueles que pretendam apreciar o clima, o sol, as gentes, a arte e a paz do mar. Continuaremos a ter a fama de bons anfitriões e a nossa dieta gastronómica será notavelmente falada na gíria internacional.
Em 2039, se a criatividade não nos faltar, a crise financeira já fará parte do nosso passado longínquo e em Portugal existirá consenso político e social. Só assim evitaremos voltar a cometer os mesmos erros do passado.
Os novos políticos portugueses, eleitos por mérito reconhecido pelo povo, terão posto fim aos principais problemas sociais que há várias décadas assolaram o país.
A criatividade, a honestidade e a inteligência desta nova geração política permitirão que Portugal venha a construir uma economia criadora de mais e melhores postos de trabalho. Para tal, precisaremos de apelar à memória colectiva e voltar às nossas raízes apostando, por exemplo, mais no mar. Novas embarcações de pesca permitir-nos-ão explorar a nossa costa. Nascerão novas estâncias de turismo em alto mar onde nunca haviam sido projectadas. Seremos inovadores em novos modelos de turismo de mar e de terra. Eclodirão novas empresas em locais que hoje estão desertos e surgirão verdes campos sulcados por novas gentes. Também uma maior aposta nas novas formas de energia permitir-nos-ão o reconhecimento europeu e quiçá internacional, pois seremos o país das energias mais amigas do ambiente.
Serão novos tempos, os tempos da era digital e da tecnologia. O design e as novas manifestações de arte serão maioritariamente digitais e estarão ao serviço de toda a sociedade. Os novos modelos de trabalho com maior preocupação humana, surgirão e serão implementados por gente capaz de (re)criar e que terão como raiz os velhos costumes e tradições portuguesas mas que incluirão o total respeito pela natureza e pelas mais diversas formas de vida. Na nova era será permitido ter tempo. Será possível ter família e ter uma "vida social" digna.
Se no futuro Portugal for tal como eu o desejo, então será dada primazia à capacidade de criar. Consequentemente, outras necessidades e outras profissões mais criativas irão eclodir. Teremos todos finalmente consciência da importância da arte e do design na dinamização do País. Por outro lado, a tecnologia publicitária também evoluirá de tal forma que acabará por existir uma ruptura com outro tipo de suportes gráficos (papel, plástico, etc) o que permitirá um melhor aproveitamento destes recursos.
Acredito que a sociedade caminha no sentido de valorizar a criatividade enquanto capacidade de inventar, de (se) questionar. Esta será promovida e estimulada nos novos modelos educacionais que deixarão de "formatar" mentes formando indivíduos mais contemplativos, mais sensíveis e finalmente mais aptos a dedicarem-se a causas mais nobres.
A família, como base da sociedade, voltará a reestruturar-se e as políticas de natalidade serão tidas como um dos objectivos principais para a nova sociedade portuguesa que hoje se encontra tão envelhecida.
Nos próximos 25 anos, os cidadãos portugueses deverão ser mais interventivos nas escolhas políticas, em grande parte, também devido às novas tecnologias. Afinal numa era digital e tecnológica os votos estarão à distância de um clique e será preciso garantir que todos exerçam responsavelmente o seu direito. Para isso existirão meios criativos para garantir que a tecnologia estará também à disponibilidade e ao serviço de todos os cidadãos.
O Estado Social tornado insustentável por políticas despesistas praticadas no passado, será remodelado por mentes criativas que em conjunto, encontrarão respostas às necessidades sociais do seu tempo. Este novo modelo de sociedade garantirá a todo e qualquer cidadão o direito a um salário digno, a uma habitação adequada e a protecção social.
Creio que incutindo humanidade no aproveitamento das tecnologias, a sociedade caminhará a passos largos para outro tipo de relacionamento interpessoal mais natural. Educaremos as pessoas no sentido de voltarem sentir o outro, de serem capazes de se questionar e de se colocarem no lugar do outro. Com elevadas preocupações humanas e uma maior capacidade de diálogo e entendimento entre empregadores e trabalhadores, uma correcta e eficiente utilização das novas tecnologias conduzirá a que os pais possam trabalhar à distância de forma a poderem usufruir de mais tempo com os seus filhos.
Com os novos tempos, vão levantar-se novas questões e teremos de procurar novas respostas. Em duas décadas o País será outro se existir criatividade para o mudar.
Só com o contributo dos cidadãos se estabelecerão democracias sólidas. Não existem regimes perfeitos. Mas a democracia, no verdadeiro sentido da palavra, é o regime mais perfeito que conheço. Todos somos responsáveis, de uma maneira ou de outra. Ninguém se pode demitir do papel de cidadão sob pena de entregarmos o nosso destino a outros.
Margarida Sá
00.05 h
Económico
Etimologicamente a palavra criatividade provém do vocábulo creare, que significa "gerar" ou "produzir". Penso que nesta palavra encontraremos a solução, desvalorizada por muitos, para resolver uma grande parte dos problemas que Portugal hoje enfrenta.
A 25 anos imagino Portugal, com os seus oito séculos de História, no mesmo canto da Europa, do ponto de vista geográfico, mas com muito mais influência na Europa e também com a sua credibilidade já totalmente recuperada. O País que falta cumprir, citando Fernando Pessoa: "Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez/ Senhor, falta cumprir-se Portugal!", tornar-se-á num país de referência ao nível económico e social. Seremos conhecidos como destino predileto para aqueles que pretendam apreciar o clima, o sol, as gentes, a arte e a paz do mar. Continuaremos a ter a fama de bons anfitriões e a nossa dieta gastronómica será notavelmente falada na gíria internacional.
Em 2039, se a criatividade não nos faltar, a crise financeira já fará parte do nosso passado longínquo e em Portugal existirá consenso político e social. Só assim evitaremos voltar a cometer os mesmos erros do passado.
Os novos políticos portugueses, eleitos por mérito reconhecido pelo povo, terão posto fim aos principais problemas sociais que há várias décadas assolaram o país.
A criatividade, a honestidade e a inteligência desta nova geração política permitirão que Portugal venha a construir uma economia criadora de mais e melhores postos de trabalho. Para tal, precisaremos de apelar à memória colectiva e voltar às nossas raízes apostando, por exemplo, mais no mar. Novas embarcações de pesca permitir-nos-ão explorar a nossa costa. Nascerão novas estâncias de turismo em alto mar onde nunca haviam sido projectadas. Seremos inovadores em novos modelos de turismo de mar e de terra. Eclodirão novas empresas em locais que hoje estão desertos e surgirão verdes campos sulcados por novas gentes. Também uma maior aposta nas novas formas de energia permitir-nos-ão o reconhecimento europeu e quiçá internacional, pois seremos o país das energias mais amigas do ambiente.
Serão novos tempos, os tempos da era digital e da tecnologia. O design e as novas manifestações de arte serão maioritariamente digitais e estarão ao serviço de toda a sociedade. Os novos modelos de trabalho com maior preocupação humana, surgirão e serão implementados por gente capaz de (re)criar e que terão como raiz os velhos costumes e tradições portuguesas mas que incluirão o total respeito pela natureza e pelas mais diversas formas de vida. Na nova era será permitido ter tempo. Será possível ter família e ter uma "vida social" digna.
Se no futuro Portugal for tal como eu o desejo, então será dada primazia à capacidade de criar. Consequentemente, outras necessidades e outras profissões mais criativas irão eclodir. Teremos todos finalmente consciência da importância da arte e do design na dinamização do País. Por outro lado, a tecnologia publicitária também evoluirá de tal forma que acabará por existir uma ruptura com outro tipo de suportes gráficos (papel, plástico, etc) o que permitirá um melhor aproveitamento destes recursos.
Acredito que a sociedade caminha no sentido de valorizar a criatividade enquanto capacidade de inventar, de (se) questionar. Esta será promovida e estimulada nos novos modelos educacionais que deixarão de "formatar" mentes formando indivíduos mais contemplativos, mais sensíveis e finalmente mais aptos a dedicarem-se a causas mais nobres.
A família, como base da sociedade, voltará a reestruturar-se e as políticas de natalidade serão tidas como um dos objectivos principais para a nova sociedade portuguesa que hoje se encontra tão envelhecida.
Nos próximos 25 anos, os cidadãos portugueses deverão ser mais interventivos nas escolhas políticas, em grande parte, também devido às novas tecnologias. Afinal numa era digital e tecnológica os votos estarão à distância de um clique e será preciso garantir que todos exerçam responsavelmente o seu direito. Para isso existirão meios criativos para garantir que a tecnologia estará também à disponibilidade e ao serviço de todos os cidadãos.
O Estado Social tornado insustentável por políticas despesistas praticadas no passado, será remodelado por mentes criativas que em conjunto, encontrarão respostas às necessidades sociais do seu tempo. Este novo modelo de sociedade garantirá a todo e qualquer cidadão o direito a um salário digno, a uma habitação adequada e a protecção social.
Creio que incutindo humanidade no aproveitamento das tecnologias, a sociedade caminhará a passos largos para outro tipo de relacionamento interpessoal mais natural. Educaremos as pessoas no sentido de voltarem sentir o outro, de serem capazes de se questionar e de se colocarem no lugar do outro. Com elevadas preocupações humanas e uma maior capacidade de diálogo e entendimento entre empregadores e trabalhadores, uma correcta e eficiente utilização das novas tecnologias conduzirá a que os pais possam trabalhar à distância de forma a poderem usufruir de mais tempo com os seus filhos.
Com os novos tempos, vão levantar-se novas questões e teremos de procurar novas respostas. Em duas décadas o País será outro se existir criatividade para o mudar.
Só com o contributo dos cidadãos se estabelecerão democracias sólidas. Não existem regimes perfeitos. Mas a democracia, no verdadeiro sentido da palavra, é o regime mais perfeito que conheço. Todos somos responsáveis, de uma maneira ou de outra. Ninguém se pode demitir do papel de cidadão sob pena de entregarmos o nosso destino a outros.
Margarida Sá
00.05 h
Económico
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