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Por ares nunca dantes voados
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Por ares nunca dantes voados
Os aviões andam incertos e a nossa TAP instável. Na vida e nos negócios diz-se que não há almoços grátis. Bem, cada vez mais se pode dizer: não há coincidências.
A TAP é uma marca Made in Portugal. Daquelas que temos orgulho de colocar na lapela. É a nossa cara no mundo e nos céus. Não é apenas a bandeirinha que fura nuvens. Tem uma história aeronáutica, que nos deve orgulhar, boas rotas e muitos predicados.
A gestão foi sofrendo reveses até acertarmos com o brasileiro, mas cada vez mais português, Fernando Pinto.
A TAP é um selo de qualidade. O hub em Lisboa é uma das nossas âncoras económicas mais importantes, sobretudo, via turismo. É muito importante a sua continuidade e permanência em Lisboa. Somos a porta de entrada para e do Brasil bem como dos PALOP. No mundo actual isso conta e muito.
Ora, não são inocentes as notícias que nos têm chegado com preocupante regularidade. São atrasos, problemas técnicos nos aviões, queixas de passageiros e um par de "pequenos problemas" que ensombraram este período de férias, época alta para rotas e voos. São casos a mais, em tempos errados. E não devem servir de pretexto para a desvalorização da marca e da empresa.
Sabemos que a privatização TAP, apesar dos avanços e recuos, consta do plano de privatizações. E há interessados. Miguel Pais do Amaral e o seu parceiro Frank Lorenzo estão interessados. O Sr. Efromovich também pode estar interessado e não devemos ficar por aqui.
Com vários interessados, causa estranheza a obsessão de privatização da TAP. Será que a empresa tem um impacto assim tão negativo no Orçamento de Estado? Bem, tendo em conta os últimos cinco anos, percebemos que dá lucro. De onde virá este sentido de urgência?
Vamos sempre bater à velha questão de quem gere melhor: o privado ou o público? Os tempos mais recentes deveriam agitar as ideologias e as certezas que pairavam por aí. Será que tudo o que é público é mau? Metas e métricas. Não me vou cansar de dizer. Se a ideologia subjacente é que o privado busca o lucro e logo é mais eficiente, porque não mandatar cada gestor público com metas, não só de resultados operacionais mas de qualidade de serviço, a atingir e métricas, para aferir o cumprimento do mandato?
É que as surpresas, com que os privados nos têm presenteado, são facturas bem pesadas. Tudo é eficiente e exemplar quando há lucro e dividendos para distribuir, mas quando começam os problemas e se avolumam as suspeitas de má gestão, em sectores sistémicos, lá vêm os privados bater à porta do Estado com a continha na mão..
Não é cassete de esquerda, mas o receio de que se parta com tanta pressa e com tantas certezas para negócios tão enevoados.
Continuando dentro da aviação, existe também contas e análises a fazer sobre a ANA - Aeroportos de Portugal. A ANA já foi na última vaga das privatizações. Os franceses da Vinci ficaram com uma empresa de qualidade e lucrativa. Uma empresa certificada em gestão de inovação.
Estaremos, hoje, melhor com esta privatização? Melhorou a eficiência da empresa? Melhorou a qualidade e custo do serviço prestado? Ou foi a Vinci que beneficiou e muito com a casa arrumada que encontraram? E a política de aumento de taxas aeroportuárias está correcta? E isso beneficia ou prejudica Portugal enquanto destino turístico? Pois...
Relembrar esta empresa é ir atrás e recordar uma das últimas polémicas à portuguesa. Daquelas em que ainda sonhávamos e os bolsos pareciam estar cheios.
Andámos anos a debater novos aeroportos. Ota, Alcochete ou Poceirão, foram vários os destinos, as especulações (muitas vezes imobiliárias) e os debates intermináveis. As certezas que nos apontavam: o Aeroporto de Lisboa estava esgotado, estaria em poucos anos a rebentar pelas costuras e estava ultrapassado.
O que ouvimos sobre isto. Era Sócrates com a bandeira do TGV numa mão e a do aeroporto noutra a gritar pela modernidade, até António Costa andou em eleições em Lisboa a prometer aeroportos...fora de Lisboa.
O tempo passa. Resta-nos a memória. E a certeza de que Lisboa tem um bom aeroporto. Bem localizado face ao centro e eficiente.
Que não se perca tempo a olhar para os aviões. Prefiro uma TAP na mão a dar lucro, ainda que curto, do que uma TAP e um hub a voarem.
7:00 Segunda feira, 15 de setembro de 2014
Expresso
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