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“Vê-se cada vez mais projetos a serem feitos em parceria”
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“Vê-se cada vez mais projetos a serem feitos em parceria”
“Demonstrar o que de bom se anda a fazer a nível de empreendedorismo nesta região, promover a partilha de experiências entre empresários e ao mesmo tempo divulgar as empresas”, são os principais objetivos da Feira de Empreendedorismo do Distrito de Setúbal, que se realiza de quinta a sábado no centro de empresas Maquijig, em Palmela. A diretora do espaço empresarial destaca como “a menina dos olhos” a inauguração do maker space, um espaço composto por uma oficina com várias máquinas de diferentes áreas, “onde as pessoas possam fazer elas próprias os seus produtos”. A feira vai contar com 80 stands de empresas, workshops “com temas interessantíssimos e intervenções curtas, para que haja dinamismo” e reuniões de networking. Em entrevista ao “Setúbal na Rede”, Rita Sampaio garante que “os novos empresários estão cada vez mais virados para as outras empresas, vê-se cada vez mais projetos a serem feitos em parceria e já se percebeu que a alma do negócio está em fazer coisas em conjunto”.
“Setúbal na Rede” - Como surgiu a ideia de fazer a Feira do Empreendedorismo?
Rita Sampaio - O Centro de Empresas Maquijig convidou a FIAPAL, que é a associação do Fórum da Indústria Automóvel, a Associação Empresarial de Sines, a Associação do Parque Industrial das Carrascas e a AEPACTIV, que é a Associação dos Empresários Proactivos da Região de Setúbal, para fazermos uma iniciativa que tivesse vários objetivos, como promover os associados de todos estes grupos, promover outras empresas da região que quisessem estar presentes na feira e ao mesmo tempo apresentar à comunidade empresarial o que se anda a fazer a nível de empreendedorismo. No fundo, estas associações são compostas por empresas de diversas áreas, de diferentes sectores e o objetivo também é demonstrar o que de bom se anda a fazer a nível de empreendedorismo nesta região, promover a partilha de experiências entre empresários e ao mesmo tempo divulgar estas empresas, que são empresas de dimensões completamente diferentes. Temos desde a startup que abriu portas há uma semana, como as multinacionais que vão estar aqui representadas.
SR – Há bons exemplos de empreendedorismo em número suficiente para mostrar numa feira?
RS - Tem-se feito coisas muito boas e decidimos fazer este evento porque o nosso dia-a-dia aqui no centro de empresas tem-nos demonstrado que quase todos os dias abrem portas empresas interessantes, completamente inovadoras, principalmente a nível tecnológico. Há outras, que já abriram há dois ou três anos, que se mantêm estáveis e que, melhor ainda, vão até crescendo. Portanto, instalam-se aqui, muitas vezes com um escritório virtual porque não precisavam de instalações físicas, depois passam para um escritório mais pequeno e algumas estão agora em armazéns com 200 metros quadrados. Portanto, isto é o nosso dia-a-dia, isto acontece aqui em Palmela.
SR - Como foi a adesão das empresas quando contactadas para participar nesta feira?
RS – Demonstraram muito interesse e a prova é que estamos esgotados a nível de espaço em stands. Vamos ter 80 stands de empresas, pois não quisemos ser ambiciosos de mais e decidimos fazer esta primeira feira nas nossas instalações, com duas tendas montadas no exterior e utilizando as nossas próprias infraestruturas, como as salas de reuniões ou o auditório. Mas depois desta feira, obviamente, que passaremos para um local que nos permita ter muito mais stands, porque a adesão foi ótima.
SR - Já se pode falar em próximas edições?
RS - Sem dúvidas, porque não foi só a adesão das empresas que nos foi motivando, mas também o feedback que fomos tendo, mesmo de empresas que não vão participar com stands, mas que vêm ver a feira. Todo o feedback nas redes sociais ou por e-mail tem sido muito positivo, pelo que a curiosidade está no ar e isso já é bom. A curiosidade para o empreendedorismo, para virem conhecer o que as empresas andam a fazer, para virem conhecer novos empreendedores e, obviamente, para estimular a que participem nas próximas edições.
SR - Os empresários têm tempo para dedicar três dias a um evento deste género?
RS - Obviamente que quem vai estar presente tem que ter essa disponibilidade, tem que ter recursos humanos para isso, ou então, para empresas de menor dimensão, nós também arranjamos soluções. Vamos ter uma zona multiempresas onde vamos disponibilizar umas bancadas para empresas que não possam estar sempre presentes mas onde deixem publicidade, flyers ou cartões, para depois poderem ser contactados. Nós sabemos que é complicado para algumas empresas estarem presentes durante três dias e com um horário bastante alargado, mas fomos dando estas alternativas. Para os visitantes, obviamente que gostávamos muito que viessem todos nos três dias, mas sabemos que não é isso que vai acontecer e que umas vêm a um dia e outras a outro, umas vêm mais interessadas nas exposições, outras vêm mais interessadas nos workshops, outras nas reuniões de network.
SR - O programa dos workshops é vastíssimo. Qual foi o critério para a escolha destas intervenções?
RS - Em primeiro lugar lançámos o desafio às empresas que faziam parte das associações organizadoras e depois fomos fazer convites especiais a algumas entidades externas, de acordo com relações próximas que mantemos e a oradores de interesse para a comunidade empresarial, que achámos que ia ser uma grande mais-valia tê-los cá e que estamos muito agradecidos por terem aceite o convite para estarem presentes. Temos temas interessantíssimos, com intervenções curtas, para que haja dinamismo ao longo das tardes e do dia de sábado. Os temas estão colocados estrategicamente pelos dias, ou seja, uma pessoa que tenha interesse por um tema não vai poder ver todas as intervenções sobre esse tema no mesmo dia, pelo que terá que nos visitar também noutro dia.
SR - Tem havido interesse pela participação nas reuniões de networking?
RS – Bastante e a prova é que na Maquijig já fizemos parte de várias organizações de networking e temos a nossa própria organização que tem crescido bastante nos últimos tempos. As empresas e os novos empresários, e até mesmo empresas de grandes dimensões, estão a recorrer cada vez mais ao networking para conseguirem mais clientes, para conseguirem clientes mais personalizados e para conseguirem fortalecer relações comerciais, porque o networking permite isso. A primeira abordagem é logo presencial e depois disso podemos ir fazendo crescer essa relação e tanto em networkings informais, como em organizações mais estruturadas, existem mais-valias e constituem-se como fortes estratégias de marketing, com menos custos e de forma mais personalizada. Obviamente, todas as estratégias de marketing são importantes, mas no networking estamos logo a conversar com alguém e as relações empresariais fazem-se entre pessoas.
SR – Não sente que o empresário português gosta de trabalhar isolado, até porque muitos ainda defendem a máxima de que o segredo é a alma do negócio?
RS - Felizmente, as coisas estão a mudar. Acho que os novos empresários estão cada vez mais virados para as outras empresas, vê-se cada vez mais projetos a serem feitos em parceria e já se percebeu que a alma do negócio, muito pelo contrário, está em fazer coisas em conjunto. No nosso dia-a-dia, pelo menos estando num centro onde estão várias empresas, isso observa-se. As empresas criam bastantes sinergias entre elas e fazem coisas em conjunto e desta forma conseguem ter escala, porque apesar de menor dimensão conseguem ter escala para agarrar grandes projetos. Na feira, as pessoas podem ir fazendo networking informal ao longo do dia, mas as reuniões de networking são reuniões focadas, através das plataformas meet-hub, em que as pessoas vêm quem está inscrito para esse dia e podem convidar e aceitar os convites. Entretanto, a plataforma faz uma gestão da agenda de cada pessoa e é a plataforma que vai dizer a que horas a pessoa vai ter com a outra e para que mesa. São reuniões de vinte minutos e o networking é muito focado, pois só vou convidar quem de facto me interessa e se essa pessoa aceitar o meu convite estamos os dois alinhados a nível de interesse comerciais o que torna a reunião mais eficaz, sem dúvida.
SR – O ponto alto desta feira será a inauguração do maker space?
RS - Sem dúvida, porque é um projeto muito especial. Toda a feira é especial para nós, por ser a primeira e por ter um grupo de pessoas tão interessantes e empenhadas na realização da feira, mas sem dúvida que a menina dos nossos olhos é a inauguração do maker space. É um espaço composto por uma oficina onde temos várias máquinas de diferentes áreas, como impressão 3D, de trabalho em madeira, máquinas de CNC ou de corte a laser. Depois temos um espaço criativo, que vai ter um estúdio de fotografia, mais utilizado para tirar fotografias a produtos, como protótipos por exemplo, um espaço de edição de vídeo, para vídeo 3D, um espaço de co-working, onde as pessoas podem estar a trabalhar ao pé da oficina onde estão as máquinas, e um pequeno espaço de lounge para as pessoas descontraírem e tomarem um café.
O objetivo do maker space é que as pessoas venham fazer elas próprias os seus produtos, porque as máquinas estão à disposição e existe formação e workshops para as pessoas aprenderem a mexer nas máquinas. Isto vai do nível mais básico, para quem nunca mexeu em determinada máquina, até ao nível mais avançado, para quem quer ir escalando no seu aperfeiçoamento. Obviamente que, se alguma pessoa quiser com urgência fazer algum serviço, as máquinas que lá estão são de determinadas empresas, que poderão fornecer esse serviço. Mas o objetivo principal é ensinar e fomentar o aprender a fazer.
O maker space é composto também por parceiros, porque conseguimos chegar mais longe com parcerias, pelo que algumas máquinas são propriedade da Maquijig mas outras são de cada empresa e são essas empresas que estão a explorar essas áreas. Desta forma, também permitimos que o maker space tenha um elevado grau de qualidade, porque na Maquijig não tínhamos experiência suficiente em todas estas áreas e fomos buscar parceiros que têm muita experiência e que permitem que se façam coisas muito interessantes.
SR - No fundo, qual a é a missão da Maquijig?
RS - É um centro de empresas, com instalações em Palmela, onde nos dedicamos ao arrendamento de espaços, como escritórios ou armazéns, mas fazemos também o aluguer de salas de reunião ou de escritórios virtuais para empresas que não têm necessidade de ter instalações físicas. Organizamos também eventos nas nossas instalações, porque a forma como fazemos a gestão deste espaço é uma forma dinâmica. Não queremos que as pessoas venham para o seu escritório e que não esteja nada a acontecer à volta, pelo que todas as semanas há algum workshop, todas as semanas há algum encontro de networking, todas as semanas há algo a acontecer. Temos a nossa rede networking, que vai fazendo também com que sirvamos de ponte para potenciarmos as relações entre os clientes que aqui estão e empresas externas e dessa forma promovermos o crescimento das empresas aqui instaladas.
SR - Que serviços a Maquijig oferece concretamente a quem aqui se instala?
RS - A mais-valia é que quando fazem o aluguer do seu escritório é chave na mão. O escritório está completamente equipado, tem todos os serviços a nível de telecomunicações, energia e componente de segurança. A pessoa está a trabalhar e não precisa de estar preocupada com essas questões, pois é tudo gerido por nós. Depois, através de todos os nossos parceiros, conseguimos fornecer todos os outros serviços que as empresas precisem. Se a empresa precisar de fazer impressão de flyers temos a serigrafia, se a empresa precisar de se candidatar a um apoio para um projeto temos o parceiro na rede que fará esse serviço, ou seja, é tudo feito através de outsourcing, mas desta forma é possível que as pessoas estejam a trabalhar e não precisem de se preocupar com outra coisa.
SR - Qual o perfil das empresas que estão aqui instaladas?
RS - Temos empresas de áreas completamente diferentes. Micro empresas, pequenas empresas e até grandes empresas que têm a sua casa mãe no estrangeiro e que têm instalações aqui. Temos empresas desde a área da energia, às novas tecnologias, inovação, produção de produtos biológicos, marketing online ou desenvolvimento de software, por exemplo. O perfil para as empresas estarem aqui é serem empreendedoras e gostarem de estar com outras empresas.
Rita Sampaio, diretora do Centro de Empresas Maquijig
Pedro Brinca - 16-09-2014 12:04
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