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António Costa não passa pelo Rossio: crónica de um pesadelo urbano!
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António Costa não passa pelo Rossio: crónica de um pesadelo urbano!
António Costa não passa pelo Rossio: crónica de um pesadelo urbano!
Ontem, viveu-se uma verdadeira calamidade em Lisboa: o que vimos presencialmente, e através de vídeos amadores que foram divulgados pelas televisões, mostrou uma cidade digna de um país do terceiro mundo. Os blogues, comentadores na internet aqui no site do SOL, reacções na rua, taxistas começaram logo a assacar responsabilidades a António Costa, ainda (eu sei que é muito difícil lembrar…) edil do município de Lisboa. Têm razão? Lamento, mas quanto às inundações e suas consequências, duvidamos que as mesmas sejam da responsabilidade de António Costa. A precipitação, que tem sido particularmente abundante este ano e nos últimos meses, veio desestabilizar – admitimos – a gestão dos espaços e equipamentos públicos: trata-se de um act of God, um caso fortuito. A responsabilidade da Câmara Municipal é legalmente muito difícil de provar – e politicamente, responsabilizar António Costa será uma tarefa complexa para os partidos da oposição: seria necessário demonstrar que, caso António Costa tivesse actuado de forma mais diligente, os prejuízos seriam evitados. Os cenários virtuais têm sempre o problema da demonstração da sua viabilidade e da sua credibilidade.
Dito isto, se António Costa não teve culpa na origem e consequências gerais do “pesadelo urbano” de ontem, a verdade é que não podemos ignorar os problemas estruturais de Costa à frente de Lisboa e a sua desastrada gestão política dos acontecimentos de ontem. Comecemos pelo último caso. Então, com Lisboa a ser inundada, António Costa desaparece? Esconde-se? Não se dirige aos sítios mais problemáticos in loco para averiguar se a Câmara poderá fazer algo na atenuação dos danos sofridos pelos lisboetas? Para, pelo menos, mostrar alguma solidariedade, alguma força, sentido de bravura e afecto aos lisboetas? Um Presidente de Câmara também tem de se mostrar um líder, um inspirador das suas gentes…Mas António Costa não inspira nada, nem ninguém. Cuida das suas ambições políticas pessoais, achando preferível contactar directamente com jornalistas e meter os seus assessores a fazer lobbying – do que falar com o povo lisboeta. Para Costa, o importante é ser líder do PS e Primeiro-Ministro. E mesmo aí, António Costa só gosta de estar nos momentos bons, de glória: esperou que Seguro se queimasse durante a fase mais difícil de execução do memorando da troika, avançando agora, altura que se aproximam as eleições legislativas. Como alguém que quer ser Primeiro-Ministro só gostar de aparecer na fotografia quando as coisas correm bem? Pode alguém querer ser Primeiro-Ministro quando, em todos os cargos políticos que exerceu, à primeira dificuldade, resolve sair e candidatar-se a outro cargo? Recorde-se que António Costa era Ministro da Administração Interna de José Sócrates – resolvendo sair para ir para a Câmara de Lisboa quando o combate aos incêndios lhe correu muito mal e teve imensos problemas políticos com o SIRESP! Enfim, convém não ter memória curta quando se trata de avaliar políticos…
Quanto à incompetência estrutural de António Costa na gestão de Lisboa, os factos estão aí para a demonstrar. Graças à política governamental – do Ministério da Economia e do Secretário de Estado do Turismo – Lisboa tornou-se num destino turístico muito procurado. É fashion visitar Lisboa. No entanto, em tudo o que respeita às atribuições e competências da Câmara, é um desastre: o lixo acumula-se, é uma cidade suja, nunca houve tantos buracos no pavimento, o que gera insegurança com pessoas a cair constantemente na rua; animação cultural promovida pela Câmara, é rara – e depois, aquela que é promovida pelos privados, a Câmara ora ajuda uns, ora rejeita outras iniciativas com grande mérito, sem critérios objectivos. Enfim, António Costa não tem – nunca teve – um projecto político, uma visão para o futuro de Lisboa. Por uma razão simples: Costa sempre viu em Lisboa a rampa de lançamento para a liderança do PS!
A concluir, não se pode deixar de dizer que António Costa descaradamente aos lisboetas. Fernando Seara interpelou várias vezes Costa sobre as suas reais intenções – e este sempre afirmou o seu compromisso total e exclusivo com Lisboa. Pois: é mais um salta-pocinhos da política portuguesa…
De segunda a sexta-feira João Lemos Esteves assina uma coluna de opinião no SOL
João Lemos Esteves | 23/09/2014 10:57:58
SOL
Costa a fingir que não percebe
Um espectro paira sobre a campanha de António Costa para as primárias do PS, o espectro de José Sócrates. Os socratistas em peso colaram-se à candidatura de Costa, mas o estigma político que transportam consigo ainda é tão incómodo que ninguém os vê nos jantares de campanha. E se o próprio Sócrates não se coíbe de fazer do seu tempo de antena televisivo uma descarada tribuna de propaganda contra Seguro e a favor de Costa, já este evita, tanto quanto pode, que Sócrates apareça ao seu lado na campanha e afaste de vez alguns votantes indecisos.
António Costa esquiva-se a avaliar sem subterfúgios a governação de Sócrates
Percebendo a incomodidade de Costa com esta questão, Seguro puxou-a para os debates televisivos da campanha, reconhecendo que “muita gente olha para o PS como responsável pela situação a que o país chegou, nomeadamente nos últimos anos da governação socialista” de Sócrates. E interpelou Costa: “Não podemos meter a cabeça na areia, temos que assumir essa responsabilidade”.
Directamente questionado - “Reconhece ou não que o Governo de Sócrates deixou o país numa situação de pré-bancarrota?” - António Costa circundou o assunto: “Eu critiquei, várias vezes até, esse anterior Governo do PS sobre alguns erros que foram cometidos”. Quais? Ter deixado o país à beira da falência e à mercê de um duríssimo programa de austeridade da troika? Costa responde ao lado: “Por exemplo, o PS utilizou a maioria absoluta com auto-suficiência e não dinamizou o diálogo político”. Mas foi ou não grave a espiral de despesismo público em que Sócrates afundou o défice do país? Costa tergiversa: “Outro erro foi subestimar a importância de acordos alargados sobre programas de infra-estruturas”.
Para concluir, com desfaçatez: “Portanto, estou à vontade sobre isso”. 'Isso' é a famigerada e fatídica governação de Sócrates. Sobre a qual nada diz. Ficamos todos devidamente esclarecidos.
José António Lima | 22/09/2014 20:43:17
SOL
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