Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 398 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 398 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Uma oportunidade para repensar a vida partidária
Página 1 de 1
Uma oportunidade para repensar a vida partidária
Na vida política muitos dos seus protagonistas vivem “à parte”, em lógicas fechadas e num autismo que resiste em dialogar com a realidade.
Nos diagnósticos que se fazem da situação actual muitos apontam a ruptura dos sistemas político partidários na base de todas as crises.
Há cada vez um maior número de pessoas que não se reconhece nas práticas e nos intervenientes partidários, levando que o fosso entre partidos e eleitores se tenha vindo a cavar de modo cada vez mais acentuado. Na vida política muitos dos seus protagonistas vivem "à parte", em lógicas fechadas e num autismo que resiste em dialogar com a realidade.
A experiência de introdução de eleições directas para a escolha dos líderes partidários procurou aproximar os eleitores dos partidos mas não travou o declínio de militância partidária e, paradoxalmente, veio até em muitos casos, a consolidar o peso das estruturas partidárias que reforçaram a sua influência partidária nas lógicas internas de luta pelo poder.
O que assistimos com a experiência das primárias foi a um ‘bypass' entre os candidatos e os eleitores, que permitiu rasgar o cerco das estruturas e quebrar a lógica instalada nos partidos de luta interna pelo poder.
Se os eleitores não vão até aos partidos as primárias levam os partidos aos eleitores. O resultado foi uma eleição concorrida e participada, em que os simpatizantes superaram os militantes e a taxa de participação evidenciou que os portugueses querem participar politicamente mas sem terem de se inscrever em partidos.
Mesmo com uma campanha paupérrima ao nível das ideias, mais de 175.000 eleitores responderam à chamada e António Costa foi eleito com mais votos do que aqueles que obteve na última eleição autárquica como candidato a Presidente da Câmara de Lisboa.
A sociedade portuguesa não é menos democrática mas é menos partidária. Os portugueses prezam a liberdade política e a democracia representativa mas condenam a vida partidária que temos que reflecte actuações políticas que observam e condenam.
A lição é para todos.
Pedro Pestana Bastos
00.04 h
Económico
Nos diagnósticos que se fazem da situação actual muitos apontam a ruptura dos sistemas político partidários na base de todas as crises.
Há cada vez um maior número de pessoas que não se reconhece nas práticas e nos intervenientes partidários, levando que o fosso entre partidos e eleitores se tenha vindo a cavar de modo cada vez mais acentuado. Na vida política muitos dos seus protagonistas vivem "à parte", em lógicas fechadas e num autismo que resiste em dialogar com a realidade.
A experiência de introdução de eleições directas para a escolha dos líderes partidários procurou aproximar os eleitores dos partidos mas não travou o declínio de militância partidária e, paradoxalmente, veio até em muitos casos, a consolidar o peso das estruturas partidárias que reforçaram a sua influência partidária nas lógicas internas de luta pelo poder.
O que assistimos com a experiência das primárias foi a um ‘bypass' entre os candidatos e os eleitores, que permitiu rasgar o cerco das estruturas e quebrar a lógica instalada nos partidos de luta interna pelo poder.
Se os eleitores não vão até aos partidos as primárias levam os partidos aos eleitores. O resultado foi uma eleição concorrida e participada, em que os simpatizantes superaram os militantes e a taxa de participação evidenciou que os portugueses querem participar politicamente mas sem terem de se inscrever em partidos.
Mesmo com uma campanha paupérrima ao nível das ideias, mais de 175.000 eleitores responderam à chamada e António Costa foi eleito com mais votos do que aqueles que obteve na última eleição autárquica como candidato a Presidente da Câmara de Lisboa.
A sociedade portuguesa não é menos democrática mas é menos partidária. Os portugueses prezam a liberdade política e a democracia representativa mas condenam a vida partidária que temos que reflecte actuações políticas que observam e condenam.
A lição é para todos.
Pedro Pestana Bastos
00.04 h
Económico
Tópicos semelhantes
» Dar nova oportunidade à vida
» A “fat tax”: uma oportunidade para as empresas
» EUA e Lajes: uma oportunidade para a China?
» A “fat tax”: uma oportunidade para as empresas
» EUA e Lajes: uma oportunidade para a China?
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin