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Inevitabilidade
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Inevitabilidade
O Governo decretou a requisição civil. Fez bem, é a arma que tem face ao que está em cima da mesa.
O sindicato dos Pilotos da Aviação Civil comunicou não "poder aceitar um processo de consultas ou de negociação, cujo resultado é condicionado e definido pela predeterminação dos seus agentes transitórios, ainda que subordinada ao cumprimento das suas orientações programáticas".
Ou seja, o sindicato não aceita o poder do Governo eleito democraticamente, que representa os contribuintes que pagam os seus salários e possuem a empresa. Antes apresentou um memorando em que a plataforma de sindicatos da TAP, para desconvocação da greve que pode custar 40 milhões de euros à empresa pública, faz reivindicações que enraivecem qualquer contribuinte e afastam qualquer investidor, mostrando não ter noção do que é a vida fora da protecção do Estado: querem impedir a subcontratação e ‘joint ventures' no prazo de 10 anos, definir limites estritos para contratos típicos do ramo, garantias de várias coisas "a muito longo prazo", reposição dos acordos da empresa, assegurar o cumprimento das responsabilidades vincendas como pensões, complementos, prémios, seguros de saúde e vida, instaurar mecanismos de protecção das antiguidades, etc.
Entretanto António Costa, número dois do PS de Sócrates que assinou o memorando onde estava prevista a privatização da TAP, apoiante da candidatura a Presidente da República de António Guterres, que em 1997 a tentou privatizar e discípulo de Mário Soares que, em 1977, assinou como primeiro-ministro uma requisição civil de todos os trabalhadores da TAP por considerar, entre outras coisas, que a greve de então feita pelos seus sindicatos estava a afectar gravemente a exploração da empresa, está agora, depois da terceira bancarrota nacional, contra a privatização até porque, diz, o Estado já superou a receita com as privatizações previstas no Memorando (quando o PS a defendeu a receita fazia falta?). É a prova da sua incompetência para governar, por inadaptação à realidade. Os líderes sindicais também alegam que a ‘troika' já foi embora. A privatização da TAP, bem com a reforma do sector empresarial do Estado, é sentida como necessária pela maioria dos portugueses.
Ontem os EUA restabeleceram relações diplomáticas com Cuba declarando que, claramente, 54 anos é tempo suficiente para concluir que a velha política não funcionou. Em Portugal António Costa fala em caravelas, nos 600 anos da conquista de Ceuta, na descolonização e em "descobrir as Índias dentro de nós próprios", numa deriva putiniana do quão grandes fomos.
É desta cepa torta que ele representa, e não de tudo o que está efectiva e finalmente a acontecer, que estamos todos fartos.
Sandra Clemente
00.04 h
Económico
O sindicato dos Pilotos da Aviação Civil comunicou não "poder aceitar um processo de consultas ou de negociação, cujo resultado é condicionado e definido pela predeterminação dos seus agentes transitórios, ainda que subordinada ao cumprimento das suas orientações programáticas".
Ou seja, o sindicato não aceita o poder do Governo eleito democraticamente, que representa os contribuintes que pagam os seus salários e possuem a empresa. Antes apresentou um memorando em que a plataforma de sindicatos da TAP, para desconvocação da greve que pode custar 40 milhões de euros à empresa pública, faz reivindicações que enraivecem qualquer contribuinte e afastam qualquer investidor, mostrando não ter noção do que é a vida fora da protecção do Estado: querem impedir a subcontratação e ‘joint ventures' no prazo de 10 anos, definir limites estritos para contratos típicos do ramo, garantias de várias coisas "a muito longo prazo", reposição dos acordos da empresa, assegurar o cumprimento das responsabilidades vincendas como pensões, complementos, prémios, seguros de saúde e vida, instaurar mecanismos de protecção das antiguidades, etc.
Entretanto António Costa, número dois do PS de Sócrates que assinou o memorando onde estava prevista a privatização da TAP, apoiante da candidatura a Presidente da República de António Guterres, que em 1997 a tentou privatizar e discípulo de Mário Soares que, em 1977, assinou como primeiro-ministro uma requisição civil de todos os trabalhadores da TAP por considerar, entre outras coisas, que a greve de então feita pelos seus sindicatos estava a afectar gravemente a exploração da empresa, está agora, depois da terceira bancarrota nacional, contra a privatização até porque, diz, o Estado já superou a receita com as privatizações previstas no Memorando (quando o PS a defendeu a receita fazia falta?). É a prova da sua incompetência para governar, por inadaptação à realidade. Os líderes sindicais também alegam que a ‘troika' já foi embora. A privatização da TAP, bem com a reforma do sector empresarial do Estado, é sentida como necessária pela maioria dos portugueses.
Ontem os EUA restabeleceram relações diplomáticas com Cuba declarando que, claramente, 54 anos é tempo suficiente para concluir que a velha política não funcionou. Em Portugal António Costa fala em caravelas, nos 600 anos da conquista de Ceuta, na descolonização e em "descobrir as Índias dentro de nós próprios", numa deriva putiniana do quão grandes fomos.
É desta cepa torta que ele representa, e não de tudo o que está efectiva e finalmente a acontecer, que estamos todos fartos.
Sandra Clemente
00.04 h
Económico
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