Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 394 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 394 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Portugal vai ficar mais atrativo para investidores estrangeiros, diz estudo
Página 1 de 1
Portugal vai ficar mais atrativo para investidores estrangeiros, diz estudo
A indústria transformadora representa 22% das intenções de investimento
Getty Images
Estudo da Ernst & Young revela que Portugal vai ficar mais atrativo para investidores estrangeiros nos próximos três anos. Mas houve menos novos projetos de investimento em 2013 do que em 2012.
Portugal vai ficar mais atrativo para os investidores estrangeiros nos próximos três anos, diz um estudo da Ernst & Young. Na edição de 2014 do Attractiveness Survey, para 67% das 200 empresas inquiridas a atratividade do país enquanto destino de Investimento Direto Estrangeiro (IDE) vai melhorar em 2015, 2016 e 2017 – esta é a percentagem mais elevada dos últimos dez anos.
A par com esta melhoria, também há mais vontade de investir: 54 das empresas inquiridas têm planos de investimento em Portugal no curto prazo, relacionados, na generalidade, com a expansão de operações que já existem. Os novos projetos centram-se, sobretudo, na indústria transformadora, que representa 22% das intenções de investimento. Mais: 91% das empresas prevê permanecer em Portugal nos próximos dez anos.
“Estes resultados podem estar associada ao aumento de custos de produção na Ásia e a estratégias de ‘nearshoring’ [transferência do negócio ou dos processos de tecnologias de informação para um país vizinho, que fornece a mesma competência de trabalho qualificado, mas a um custo reduzido para o cliente final] de operações na Europa, com muitas empresas industriais e de serviços a procurarem realinhar as suas cadeias de valor ao novo enquadramento económico global”, lê-se no comunicado.
Lisboa foi considerada a região mais atrativa para o investimento estrangeiro: 38% dos inquiridos anunciaram que preferiam investir na capital portuguesa. A região Norte recebeu 31% das preferências, o Centro 9%, o Alentejo 2% e o Algarve 5%.
O estudo concluiu, por isso, que a perceção da atratividade está mais associada às cidades com maior reconhecimento internacional, do que às condições, recursos e competências concretas de cada região. Apenas 14% das empresas inquiridas no estudo considera que é fácil aceder a informação sobre as regiões, enquanto 52% indica que recebe regularmente informação sobre o país como um todo.
Quanto às atividades em que Portugal pode conseguir atrair mais investimento, destaque para aquelas que se relacionam com a Investigação & Desenvolvimento (I&D) e com a indústria transformadora – com 45% das respostas -, seguidas dos centros logísticos (37%).
“É especialmente importante o facto de os investidores identificarem em Portugal potencial para atração de projetos de I&D, pelo que isso representa em matéria de criação de emprego direto altamente qualificado bem como no potencial efeito de arrastamento no aumento de valor acrescentado na indústria e serviços produzidos em Portugal”, lê-se no comunicado.
Menos oito projetos de investimento em 2013
A perspetiva de futuro é animadora, mas o balanço de 2013 fica aquém do de 2012. No ano passado, o European Investment Monitor – base de dados alimentada com mais de 10 mil fontes de informação – registou 38 novos projetos de investimento estrangeiro em Portugal, menos oito do que em 2012. Mais: estes dados correspondem a cerca de 1% do total de novos projetos na Europa, incluindo a Rússia.
“Face aos resultados positivos quanto à perceção da atratividade futura do País, observa-se que os mesmos não se estão ainda a refletir no aumento do número de projetos de investimento concretizados e na quota global de investimentos em Portugal, face ao total da Europa”, lê-se no comunicado.
Como melhorar a atratividade de Portugal? Reduzindo a carga fiscal, referiram 46% das empresas, mais 13 pontos percentuais do que em 2013. O estudo conclui, por isso, que a decisão de reduzir da taxa de IRC dá resposta às pretensões dos investidores, mas que a carga fiscal ainda é considerada elevada.
A maioria das empresas (73%) que participaram no estudo da Ernst & Young considera que Portugal vai superar o período de crise em que emergiu. Destas, 85% calcula que isso acontecerá já nos próximos cinco anos. Contudo, é preciso que Portugal melhore a competitividade, ou seja, o equilíbrio das contas públicas
“A direção exigida às políticas públicas para estimular a captação de investimento é exigente, mas também essencial para dinamizar a economia, especialmente atendendo às limitações no investimento público e à tradução na melhoria das condições de acesso ao crédito num aumento do investimento privado”, lê-se no comunicado.
Para 29% das empresas, é essencial que o país consiga reduzir o défice, a dívida pública e estabilizar a economia, para se tornar num país mais competitivo. Mais: é importante reduzir a burocracia, dar maior enfoque à inovação e I&D, melhorar a educação e a formação profissional, promover o empreendedorismo e a formação na utilização de novas tecnologias.
O Turismo foi considerado por 45% das empresas o setor mais determinante para o crescimento económico futuro de Portugal, seguido das Tecnologias de Informação e Comunicação (32%).
O ambiente macroeconómico é importante para a criação de uma perceção global de atratividade, mas as decisões de investimento são normalmente baseadas em fatores microeconómicos, diz o estudo. Por isso, “para um conjunto alargado de setores ou atividades, Portugal é uma localização competitiva para a localização de novos projetos“,lê-se.
O Attractiveness Survey baseia-se nos resultados de um inquérito a 200 empresas estrangeiras, das quais 85 não têm atividade em Portugal. A amostra tem uma distribuição geográfica e setorial alinhada com o histórico de investimento estrangeiro em Portugal.
ANA PIMENTEL
18/12/2014, 0:01
Tópicos semelhantes
» Os investidores nacionais e os investidores internacionais como os vários Governos da República de Portugal em 40 anos os seus olhares para o porto de Sines
» Portugal cada vez mais na moda para estrangeiros (Lisboa, Porto, Sintra, Peniche, Braga, Guimarães, Coimbra, Évora, Setúbal, Tróia, Algarve, Açores e Funchal)
» Portugal-EUA: um diálogo que veio para ficar?
» Portugal cada vez mais na moda para estrangeiros (Lisboa, Porto, Sintra, Peniche, Braga, Guimarães, Coimbra, Évora, Setúbal, Tróia, Algarve, Açores e Funchal)
» Portugal-EUA: um diálogo que veio para ficar?
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin