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Financial Times vê cinco riscos para sucesso do resgate português
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Financial Times vê cinco riscos para sucesso do resgate português
O Financial Times publicou hoje um artigo onde identifica cinco riscos que podem ameaçar o sucesso do programa de ajustamento.
"Os encontros esta semana entre Portugal e os seus credores deverão ser tensos depois de Lisboa ter rejeitado a proposta de avançar com novas reduções salariais e ter minimizado a preocupação de que o crescimento das exportações do país podem ser insustentável", escreve o jornal, numa altura em que decorre a penúltima avaliação ao resgate português, que termina a 17 de Maio.
Neste artigo o Financial Times recupera as posições do FMI no mais recente relatório de avaliação e enumera as cinco principais ameaças ao sucesso português, citando ao longo do texto os argumentos do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas:
1. Os níveis salariais continuam a ser demasiado altos
Os custos nominais unitários do trabalho caíram 5,3% desde 2010, mas a comissão diz que os salários portugueses são "ainda supervalorizados", entre 2 a 5%. Urge "continuação da moderação salarial a médio prazo" para garantir o ajuste contínuo dos desequilíbrios externos e para absorver o desemprego. No entanto, Paulo Portas rejeitou liminarmente quaisquer outros cortes salariais no sector privado, em resposta à recomendação da comissão, recorda o Financial Times."Deixe-me sublinhar esta ideia: nós não acreditamos no desenvolvimento baseado em baixos salários. O sector privado já fez os ajustes salariais necessários", afirmou Paulo Portas ontem. O jornal afirma, porém, que esta resposta "pareceu deixar em aberto a questão de mais cortes nos salários do sector público".
2. Crescimento das exportações pode provar-se insustentável
Portugal alcançou uma enorme reviravolta no saldo da conta corrente, de um défice de 12,6% da produção nacional em 2008 para um pequeno superávit no ano passado. Mas o FMI adverte que o ajuste pode não ser sustentável sem maiores ganhos de competitividade. Ele ressalta que um aumento de 5% nas exportações nos primeiros 10 meses de 2013 foi "impulsionado principalmente pelas exportações de combustível", enquanto as importações começaram a crescer em linha com a recuperação da procura doméstica.
3. Reformas estruturais não têm sido suficientemente profundas
O FMI diz que Portugal ainda tem de "abordar de forma decisiva" a persistência de rendas excessivas nos sectores da energia, transportes e outras áreas cruciais para a competitividade externa. "Na ausência de tais reformas, a carga cairia excessivamente sobre a força de trabalho", avisa, acrescentando que "será importante para garantir que não se instala um sentimento de complacência sobre as reformas estruturais ".
4. Empresas precisam de mais crédito
Portugal precisa de intensificar os esforços para "reduzir o excesso de endividamento privado e libertar crédito para os empréstimos em condições melhores" para ajudar a aumentar o investimento do sector privado, diz o FMI e lembra o FT. A Comissão destaca as "perdas substanciais" do sector bancário em 2013 e avisa que os crescentes níveis de insolvência são "uma importante fonte de vulnerabilidade" para os credores portugueses.
5. Tribunal Constitucional pode avançar com mais chumbos
O FMI avisa que os desafios legais para medidas fiscais têm-se intensificado nos últimos meses, numa altura em que o Orçamento do Estado para 2014 está a ser apreciado pelo Tribunal Constitucional. Os receios "minam a qualidade" do ajuste fiscal e introduzem "elevada incerteza política", diz a entidade liderada por Christine Lagarde, sublinhando o impacto negativo sobre a produção e o desemprego, que "permanece em níveis inaceitáveis". Portugal também permanece susceptível a mudanças bruscas no sentimento do mercado de títulos, diz o Fundo.
Mariana Adam
24/02/14
Jornal de Económico
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