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Convocatórias para a discórdia
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Convocatórias para a discórdia
Mais um embate sem debate?! Mais uma reunião sem união? Mais um desentendimento sobre a própria natureza do desentendimento? Mais divergência quanto às origens da divergência? Mais uma folha no último capítulo da tragédia europeia.
Eurozona encalhada
O ansiada encontro extraordinário do eurogrupo desta quarta-feita dia 11 de Fevereiro, que se estendeu noite dentro, terá parido mais um tremendo nada. Uma conferência de imprensa pífia mostrou que não terão resultado quaisquer "conclusões reais que se possam partilhar" (palavra de Dijsselbloem, ver aqui ). O Expresso observa que nem bases houve para uma declaração comum .
A Bloomberg sublinha que não existem ainda condições políticas para que os planos técnicos, propostos pela Grécia, possam ser considerados. O El País faz notar que nem a terminologia da negociação é ainda mutuamente aceitável (por exemplo, "ponte" ou "extensão" ?!). Mas há razões também para suspeitar que a própria reunião foi mal conduzida .
Assim, há um impasse. Ou, nas palavras do Financial Times um colapso das negociações . Na ausência de uma visão clara sobre o que se fazer, a questão parece ter sido pura e simplesmente chutada para a frente , para a próxima reunião.
Os "trabalhos" serão para continuar, nos próximos dias. Mas terá de haver mais acção política até à próxima segunda-feira, que é quando os ministros da Zona Euro se tornam a encontrar. Entretanto, a incerteza agraver-se-á (e, felizmente, há um fim-se-semana pelo meio para lançar água na fervura dos "mercados").
A triste figura dos observadores
Lagarde esteve presente mas não tomou partido (nem mesmo depois de se saber que o FMI enganou a Grécia enganou-se quanto ao verdadeiro impacto da austeridade na Grécia, isto muito depois de se ter ocultado informação sobre como estão a desaparecer as receitas fiscais dos Estados ).
Claro, seria bom também saber-se mais sobre os fundamentos da posição portuguesa. Mas é de suspeitar que esta não passe da postura do bom aluno com orelhas de burro. Por exemplo, Cavaco Silva (que se candidatou várias vezes a Presidente da República exibindo os seus galhardetes de economista) disse que Portugal emprestrou 1100 milhões à Grécia e que esta agora não pode fazer o que lhe dê na real gana. Pois bem:
- já que se está a implicar nesta discussão seria bom o Presidente desta República explicar aos portugueses porque razão estava Portugal a emprestar dinheiro a outro Estado quando já se encontrava em graves dificuldades financeiras;
- e como todos sabemos que não há empréstimos sem riscos seria também conveniente saber-se agora quem se deve responsabilizar em Portugal e nas instâncias internacionais por tal negócio especulativo ou simplesmente mal assessorado.
Hora de responsabilidade institucional
A história recente mostra uma grande falta de responsabilidade institucional. Organismos como o FMI e o Eurogrupo têm-se mostrado incapazes de reconhecer a realidade dos seus falhanços. A Grécia já reconheceu que falhou, e agora falou através dos votos no Syriza.
Quem deixa que se atire dinheiro para um poço sem fundo através de processos pouco transparentes tem de ser também responsabilizado. Em Atenas, por certo... mas também em Bruxelas, em Berlim e até, se calhar, em Belém.
Mas neste momento o mais importante é isto: haja finalmente um confronto com a realidade, basta desta realidade da confrontação. Se já não há genuina solidariedade na Europa, que haja ao menos sentido de responsabilidade.
Sandro Mendonça |
7:01 Quinta feira, 12 de fevereiro de 2015
Expresso
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