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Abalançar Portugal
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Abalançar Portugal
Os balanços costumam ser exercícios em que olhar para trás é essencial. Em Portugal confunde-se muitas vezes isto com fazer história, como se esta se limitasse ao passado.
Sem invalidar contextualizações e o lastro do passado, a História é também libertação. Nem o passado é unívoco nem a sua avaliação é neutra: se o passado condiciona a acção e o balanço que fazemos dela, o sentido da acção (política e não só) remete para o futuro. O sentido da acção não está cativo do passado, pese a relevância deste, é ainda futuro.
Tomar como boa a noção de que os 100 dias são estes é já dar de barato os anteriores 60 dias em que Costa já foi líder de facto do PS. Ainda assim, começando na tentativa de repor as subvenções aos deputados e passando pelos ziguezagues comparatistas (essa preguiça intelectual) entre PS e partidos gregos sortidos, mais o recuperar das tais ideias que Seguro não tinha e as posições genéricas sobre a Europa e o Mundo (e a questão da sombra de Sócrates, que atinge mais do que o PS), tudo parece ser da ordem da peripécia e do improviso. Há uma comunicação política mais estruturada, sendo que aqui a maior virtude é também o maior defeito: como já antes de ser líder se via, o maior problema de Costa está nos seus apoiantes e a solução é a que já se via na CML e nas primárias, um presidencialismo de rigor, adivinhando-se o sentido de revisão constitucional futura. Como se órgãos partidários e responsabilidades partilhadas não existissem, o domínio sobre o PS é total e apesar de as sondagens desanimarem o efeito mediático ainda não se perdeu.
O culto do chefe rende.
Mas explicar isto pelo passado é deixar de fora o decisivo. Não é o líder que esmaga os outros, é aquilo a que desde o renascimento se chama servidão voluntária - e voluntários não faltam.
É um balanço soturno? Só falta um futuro.
Carlos Leone
00.04 h
Económico
Sem invalidar contextualizações e o lastro do passado, a História é também libertação. Nem o passado é unívoco nem a sua avaliação é neutra: se o passado condiciona a acção e o balanço que fazemos dela, o sentido da acção (política e não só) remete para o futuro. O sentido da acção não está cativo do passado, pese a relevância deste, é ainda futuro.
Tomar como boa a noção de que os 100 dias são estes é já dar de barato os anteriores 60 dias em que Costa já foi líder de facto do PS. Ainda assim, começando na tentativa de repor as subvenções aos deputados e passando pelos ziguezagues comparatistas (essa preguiça intelectual) entre PS e partidos gregos sortidos, mais o recuperar das tais ideias que Seguro não tinha e as posições genéricas sobre a Europa e o Mundo (e a questão da sombra de Sócrates, que atinge mais do que o PS), tudo parece ser da ordem da peripécia e do improviso. Há uma comunicação política mais estruturada, sendo que aqui a maior virtude é também o maior defeito: como já antes de ser líder se via, o maior problema de Costa está nos seus apoiantes e a solução é a que já se via na CML e nas primárias, um presidencialismo de rigor, adivinhando-se o sentido de revisão constitucional futura. Como se órgãos partidários e responsabilidades partilhadas não existissem, o domínio sobre o PS é total e apesar de as sondagens desanimarem o efeito mediático ainda não se perdeu.
O culto do chefe rende.
Mas explicar isto pelo passado é deixar de fora o decisivo. Não é o líder que esmaga os outros, é aquilo a que desde o renascimento se chama servidão voluntária - e voluntários não faltam.
É um balanço soturno? Só falta um futuro.
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00.04 h
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