Terceira fase apresentada Estudo sobre logística urbana em Lisboa quase finalizado

A Câmara Municipal de Lisboa apresentou recentemente a última fase do estudo de logística urbana para a zona da Baixa, um projeto que pode vir a mudar totalmente as operações logísticas de cargas e descargas no centro da cidade facilitando a distribuição e melhorando o trânsito urbano. 

O estudo, desenvolvido pela consultora TIS, consiste no diagnóstico e elaboração de um plano de ação para a implementação de medidas adequadas à melhoria do transporte urbano de mercadorias e a sua adequada inclusão na cidade, para a zona da Baixa de Lisboa. 

A apresentação contou não só com a participação dos consultores da TIS como também do vereador Nunes da Silva.

As duas primeiras fases consistiram na “Caracterização e diagnóstico da área de estudo” e na “Avaliação do potencial de Transferibilidade de Medidas”, tendo sido realizados dois ‘workshops’ de apresentação e discussão com os agentes locais,“o que permitiu consciencializar, os vários intervenientes, para os problemas identificados e obter uma participação ativa, por parte destes”, revela a TIS. A terceira e última fase diz respeito às “Propostas de intervenção e Plano de Ação para a Zona Piloto de Intervenção”, na qual são identificadas as várias ações a implementar, e o respetivo horizonte temporal de concretização.

Segundo a TIS “a primeira ação decorrente deste estudo será a criação de um grupo de trabalho constituído por autoridades locais, comerciantes, associações de residentes e outras relevantes nesta temática, operadores logísticos, fornecedores de serviços, e peritos na área da logística urbana, que continue a reunir periodicamente para discutir questões relacionadas com a logística urbana com o objetivo de avaliar as medidas implementadas e os impactes daí provenientes, participando de forma ativa na identificação de novas soluções para os problemas e necessidades do momento e do futuro”. 

De referir que este estudo propõe 6 propostas de intervenção. 

A primeira refere-se à utilização de corredores “bus” por veículos de mercadorias ambientalmente sustentáveis, adstritos aos terminais de micrologística e apenas em determinadas janelas horárias. 

Em segundo, uma maior intensificação da fiscalização da EMEL sobre o novo regulamento de cargas e descargas, que prevê um sistema de duração gratuita limitada e restrições de estacionamento em determinadas vias e janelas horárias consoante a dimensão dos veículos. 

Outra das propostas prevê a concessão de um entreposto e terminais de micrologística de proximidade a uma “entidade” que cuja função seria a gestão e distribuição capilar na zona de estudo. 

Estes terminais iriam funcionar 24 horas/dia. O estudo prevê ainda a criação de gaiolas logísticas com sistemas inteligentes de transportes associados. 

São o equivalente a cacifos e/ou contentores móveis que funcionam 24h e que estão localizados em zonas vigiadas, nos quais as encomendas são depositadas e o destinatário é avisado através de um SMS com um código de segurança. 

Esta solução resolve diferenças de horário entre fornecedores e “clientes”. Finalmente, o documento aponta para a utilização de um sistema de informação que facilite o uso partilhado de veículos. 

Neste sistema um comerciante/fornecedor também pode verificar se existem encomendas a ser transportadas de um ponto A para um ponto B, e partilhar o custo desse transporte com outra entidade.

por: Pedro Costa Pereira
22-07-2013