Sócrates. Investigadores recolhem informações noutros processos

Os investigadores estão a reconstituir, peça a peça, os circuitos financeiros que permitam provar a tese de que o dinheiro de Santos Silva era, na verdade, de José Sócrates, e que aqueles montantes terão tido origem em actos de corrupção. Para tal, a equipa que lidera a Operação Marquês estará a consultar e a recolher informações de outros inquéritos já abertos, nos quais se investigam contratos adjudicados ao grupo Lena, como é o caso do inquérito às Parcerias-Público-Privadas Rodoviárias e do inquérito à Parque Escolar, averiguou o i.
 
A conjugação do que foi recolhido na Operação Marquês com o que consta de outros inquéritos já em curso pode inclusivamente levar a que sejam extraídas novas certidões, uma vez que os prazos da Operação Marquês poderão ser demasiado curtos para concluir essas investigações. Isto porque se Sócrates e Santos Silva se mantiverem em prisão preventiva, a acusação tem de ser deduzida no espaço de um ano. 
 
Através da informação recolhida nos processos abertos antes da Operação Marquês, os investigadores poderão desmontar de que forma foram adjudicadas dezenas de obras públicas ao grupo Lena, de que Santos Silva foi administrador, durante os governos de José Sócrates.  
 

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Por Luís Rosa e Sílvia Caneco
publicado em 3 Mar 2015 - 23:00
Jornal i