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Os instáveis
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Os instáveis
Passou uma série na RTP2 de enorme qualidade. O cenário era a Dinamarca e os corredores do Borgen, o nome do Parlamento de lá e da série.
Um relato ficcional, mas crível da política. Em que num parlamento sem maioria absoluta se fazem acordos para governar. São vários os Partidos, várias as sensibilidades. A série passa-se em torno de Birgitte Nyborg, uma mulher que chega à chefia do Governo, mesmo liderando um Partido com menos votos nas eleições.
Vem esta série de ficção a propósito da nossa realidade. Em Portugal, o conservadorismo partidário tem sido pedra basilar nestes 40 anos de democracia. São sempre os mesmos gritam muitos. São. Quer políticos, quer Partidos. Mas, apesar do conservadorismo partidário, não podemos falar em estabilidade governativa.
O número de governos em Portugal nestes anos de democracia consolidada, não se compara, por exemplo, à nossa vizinha Espanha, em igual período. A instabilidade fez de nós um país imprevisível. Mesmo com governos de duração de dez anos como os de Cavaco Silva.
Vem tudo isto a propósito do novo quadro que nos aparece pela frente.
A formação de partidos políticos está ao nível dos pré-candidatos a Presidente da República. E ainda dizem que a política não chama pessoas?
À esquerda então o ritmo é atroz, do nascimento à morte, várias são as tentativas falhadas.
O próximo Parlamento português será diversificado. E não vejo mal nenhum nisso. Estamos estáticos demais nesta democracia. É preciso sangue novo. Novos actores e novas ideias, novas coligações e novas formas de estar.
Mas atenção. No entanto há que ser responsável, no Parlamento são necessários entendimentos, não se podem cavar trincheiras no hemiciclo. Não é tempo de instabilidades, quando o interesse nacional está em causa tem de haver acordos. Apesar de ser urgente reformar o sistema político actual.
A diversidade de propostas, que vemos pelo país, fruto de tudo o que temos vivido merece ser reflectida nos nossos representantes, sem prejuízo da construção de consensos e da estabilidade.
É que o factor estabilidade é crucial para um futuro económico mais promissor. Não há economia que resista a mudanças fiscais, a ziguezagues constantes, a alterações constantes de rumo.
Estamos num ano clarificador. Que todos se cheguem à frente e digam o que pretendem para o país. Sem dramas, nem atropelos, a falar do país e para o país. Não podemos ter medo de um parlamento mais heterogéneo. É da disputa, do debate de ideias e das diferentes visões que podemos regenerar este regime.
Diogo Agostinho |
7:00 Segunda, 16 de Março de 2015
Expresso
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