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Portugueses gastam quatro mil milhões em promoções
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Portugueses gastam quatro mil milhões em promoções
As empresas de retalho ajustaram a oferta para responder à apetência dos consumidores pelo preço. A estratégia de promoções é para continuar este ano.
Descontos em cartão, bónus, brindes e um sem número de ofertas servem de estratégia para as empresas de retalho conquistarem mais clientes. No ano passado, com base em dados da AC Nielsen, 36,7% das vendas no canal alimentar, perto de quatro mil milhões de euros, foram conseguidas através da aposta na actividade promocional.
Em declarações ao Diário Económico, à margem da apresentação do Barómetro de Vendas da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), a directora-geral da entidade, Ana Isabel Trigo de Morais, revelou que "estes 36,7% correspondem a 3.974 milhões de euros em vendas com promoção".
Este valor contrasta com os 3.002 milhões de euros registados em 2013, altura em que 27,4% das vendas das cadeias como Pingo Doce, Continente ou Jumbo, detido pelo grupo francês Auchan, foram garantidas através de actividade promocional.
Numa altura em que o consumidor continua a estar sensível ao factor preço e compra o mínimo possível - os actos de compra caíram 4,5% em 2014 - Ana Trigo de Morais sublinha que "o fenómeno de compra em actividade promocional alastrou-se a todas as categorias de produtos e não acontece apenas no segmento alimentar e nos hipermercados ou supermercados".
A directora-geral da APED nega que o fenómeno das promoções seja responsável pelo efeito de deflação alimentar que tem penalizado o sector do retalho. No entanto, reconhece que a deflação é um problema "sério e preocupante já que retira valor a todos os operadores económicos que estão a fazer um esforço para encolher margens".
A deflação "não decorre da actividade promocional, sendo que é justificada em parte pela quebra acentuada do preço do petróleo".
Ontem, durante a apresentação do Barómetro de Vendas referente a 2014, a mesma responsável salientou que o mercado perdeu 1% do volume, ao atingir os 18.937 milhões de euros. O segmento mais afectado foi precisamente o alimentar com um decréscimo de 1,2% para cerca de 10,8 mil milhões de euros. Este desempenho é justificado pela APED com o efeito da deflação que tem penalizado os produtos alimentares.
O segmento não alimentar conseguiu recuperar parte das quebras significativas que tem registado nos últimos anos.
"O não alimentar registou uma perda mais atenuada face a anos anteriores e caiu 0,7%", sublinhou Ana Trigo de Morais. A categoria que mais cresce são os equipamentos de telecomunicações, com uma evolução de 38,1%, sendo que o destaque vai para os ‘smartphones' com um crescimento de vendas de 52,3%. Ainda no não alimentar, há que ter em conta a manutenção da queda de vendas no sector do vestuário que recua 4,1%, além do decréscimo nos combustíveis vendidos aos particulares, com menos 4,4%.
Quanto ao corrente ano, que será marcado pelo calendário eleitoral, a directora-geral da APED referiu que o primeiro trimestre "não foi brilhante, com os indicadores a registar evoluções muito tímidas sem grandes crescimentos".
Ainda assim acredita fechar 2015 "com indicadores positivos nos dois segmentos, com o consumo já mais estabilizado".
O fenómeno da deflação deverá estar ultrapassado. A política de promoções é uma tendência que se irá manter no sector, sobretudo face à possibilidade de o Governo admitir uma revisão à nova lei das práticas individuais restritivas do comércio (PIRC), que impede as vendas com prejuízo. Quanto esta lei foi publicada o sector antecipava o fim das promoções. Agora, a APED prepara uma proposta para apresentar ao Governo ainda este mês "para alterar um conjunto de aspectos como a venda com prejuízo".
DÍRCIA LOPES
00:07 h
Económico
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