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Seguro a taxa real de «desemprego» em Portugal é de 20% e propôs usar fundos europeus para transformar o porto de Sines numa plataforma intercontinental e introduzir políticas de internacionalização e promoção das exportações.
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Seguro a taxa real de «desemprego» em Portugal é de 20% e propôs usar fundos europeus para transformar o porto de Sines numa plataforma intercontinental e introduzir políticas de internacionalização e promoção das exportações.
Líder do PS somou número dos que perderam o emprego aos que deixaram de procurar trabalho
Portugal tem uma taxa real de desempregados de vinte por cento, se forem somados aqueles que perderam o emprego aos que deixaram de procurar trabalho, afirmou hoje o secretário-geral do PS numa palestra em Londres.
«Portugal tem hoje mais de 800 mil desempregados, que são despedidos dos seus postos de trabalho a um ritmo alarmante de 169 por dia. Basicamente, Portugal assiste ao despedimento de sete pessoas por hora», lamentou António José Seguro na universidade London School of Economics.
Mas além do número alto de desempregados, fala de «níveis recorde em termos do número de pessoas [desempregadas] que deixaram de procurar trabalho», que estima serem 310 mil. «Somando este número ao de desemprego, chegamos ao número assustador de um milhão e cem mil portugueses fora do sistema laboral. Isto representa vinte por cento da força laboral», afirmou.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou em fevereiro que a taxa de desemprego em Portugal foi de 15,3% no quarto trimestre do ano passado, equivalente a 826,7 mil pessoas.
O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) indicou também recentemente que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego portugueses era em janeiro de 705.327, mais 14.792 pessoas do que no mês anterior.
O líder socialista usou aqueles números para sustentar a afirmação de que a austeridade falhou em Portugal, enfatizando: «O fraco ajustamento em relação a parte das contas públicas não é sustentável e o prometido regresso aos mercados sem condições parece questionável. O meu país está mais pobre e as desigualdades entre os portugueses aumentaram».
Durante a palestra, intitulada «Existe uma Alternativa! Lições de Portugal», Seguro defendeu uma maior integração política na zona euro, a criação de um fundo de mutualização das dívidas soberanas, a separação entre os "ratings" das empresas e os da dívida dos países e uma maior liberdade para o banco central europeu emprestar dinheiro aos Estados-membros.
Para Portugal, defendeu uma aposta na qualificação dos recursos humanos e o investimento em setores como a agricultura biológica ou na criação de um "cluster" ligado ao mar, nomeadamente na construção de barcos, logística, pesca, aquacultura, extração mineral.
Seguro propôs usar fundos europeus para transformar o porto de Sines numa plataforma intercontinental e introduzir políticas de internacionalização e promoção das exportações.
O líder socialista apelou ainda, durante um período de respostas à audiência, ao regresso à matriz fundadora da União Europeia de maior solidariedade, e acusou a Alemanha de beneficiar com a crise e a austeridade que defendeu para os países que precisaram de assistência financeira.
«Só no ano de 2012 poupou 42 mil milhões de euros em juros por causa da crise da dívida soberana dos outros países. Outro exemplo: a Alemanha tem hoje um excedente comercial que provoca desequilíbrios na zona euro», referiu.
Por: tvi24 / PP | 2014-03-04 18:31
Portugal tem uma taxa real de desempregados de vinte por cento, se forem somados aqueles que perderam o emprego aos que deixaram de procurar trabalho, afirmou hoje o secretário-geral do PS numa palestra em Londres.
«Portugal tem hoje mais de 800 mil desempregados, que são despedidos dos seus postos de trabalho a um ritmo alarmante de 169 por dia. Basicamente, Portugal assiste ao despedimento de sete pessoas por hora», lamentou António José Seguro na universidade London School of Economics.
Mas além do número alto de desempregados, fala de «níveis recorde em termos do número de pessoas [desempregadas] que deixaram de procurar trabalho», que estima serem 310 mil. «Somando este número ao de desemprego, chegamos ao número assustador de um milhão e cem mil portugueses fora do sistema laboral. Isto representa vinte por cento da força laboral», afirmou.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou em fevereiro que a taxa de desemprego em Portugal foi de 15,3% no quarto trimestre do ano passado, equivalente a 826,7 mil pessoas.
O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) indicou também recentemente que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego portugueses era em janeiro de 705.327, mais 14.792 pessoas do que no mês anterior.
O líder socialista usou aqueles números para sustentar a afirmação de que a austeridade falhou em Portugal, enfatizando: «O fraco ajustamento em relação a parte das contas públicas não é sustentável e o prometido regresso aos mercados sem condições parece questionável. O meu país está mais pobre e as desigualdades entre os portugueses aumentaram».
Durante a palestra, intitulada «Existe uma Alternativa! Lições de Portugal», Seguro defendeu uma maior integração política na zona euro, a criação de um fundo de mutualização das dívidas soberanas, a separação entre os "ratings" das empresas e os da dívida dos países e uma maior liberdade para o banco central europeu emprestar dinheiro aos Estados-membros.
Para Portugal, defendeu uma aposta na qualificação dos recursos humanos e o investimento em setores como a agricultura biológica ou na criação de um "cluster" ligado ao mar, nomeadamente na construção de barcos, logística, pesca, aquacultura, extração mineral.
Seguro propôs usar fundos europeus para transformar o porto de Sines numa plataforma intercontinental e introduzir políticas de internacionalização e promoção das exportações.
O líder socialista apelou ainda, durante um período de respostas à audiência, ao regresso à matriz fundadora da União Europeia de maior solidariedade, e acusou a Alemanha de beneficiar com a crise e a austeridade que defendeu para os países que precisaram de assistência financeira.
«Só no ano de 2012 poupou 42 mil milhões de euros em juros por causa da crise da dívida soberana dos outros países. Outro exemplo: a Alemanha tem hoje um excedente comercial que provoca desequilíbrios na zona euro», referiu.
Por: tvi24 / PP | 2014-03-04 18:31
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