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A enorme dívida privada
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A enorme dívida privada
A economia portuguesa está a dar sinais de melhoria, a tendência do desemprego, apesar de alguns solavancos, é de descida, mas o certo é que há cada vez mais particulares e empresas que não conseguem pagar as dívidas. O número ultrapassa mesmo os 132 mil.
Também o montante das dívidas incobráveis acelerou nos primeiros meses deste ano e já ultrapassa os registos do ano passado. Desde que a lista pública de execuções foi criada, em 2009, as dívidas totais por cobrar já atingem 2,4 mil milhões de euros, dos quais 790 milhões dizem respeito a 2014 e 418 milhões aos primeiros quatro meses e meio deste ano.
Desemprego, baixos salários e aumento da carga fiscal têm vindo a depauperar as finanças das famílias portuguesas que, em muitos casos, conseguiram resistir aos primeiros assaltos da austeridade e da crise financeira, mas que, com o passar do tempo sem que a situação sofresse uma melhoria significativa, acabaram por ceder. Muitas dívidas que entram em incumprimento dizem respeito a serviços de fornecimento de água, gás, electricidade e telecomunicações, sendo as prestações do crédito à habitação as últimas que deixam de ser pagas. Ainda assim, no final do primeiro trimestre deste ano, existiam 666 mil famílias com dificuldades para pagar os créditos à banca, sendo que muitas delas, apesar de trabalharem e receberem salário, já não conseguem fazer face às responsabilidades que contraíram.
No que se refere às empresas, a última análise sectorial das empresas não financeiras feita pela Central de Balanços do Banco de Portugal, efectuada em finais do ano passado, revelava que 29% das 380 mil empresas existentes no nosso país, ou seja cerca de 110 mil, continuavam a registar capitais próprios negativos, o que significa que se encontravam em situação de falência técnica. A mesma análise revela que a autonomia financeira média das empresas não financeiras era de 30% em final de 2013, o que significa que 70% dos activos das empresas era financiado por capitais alheios, essencialmente empréstimos bancários ou de outras empresas, o que também justifica a diminuição dos empréstimos bancários às empresas.
O recrudescimento das dívidas incobráveis entre particulares e empresas chama a atenção para uma situação de fragilidade que, no caso das empresas viáveis, só terá solução com uma operação de recapitalização como a que se esperava que já estivesse a ser feita pelo chamado banco de fomento. Já no caso dos particulares, a principal ajuda que podem ter será a descida da carga fiscal e o aumento da criação de emprego. Por isso, a mensagem que os portugueses esperam ouvir até às eleições legislativas do próximo Outono é que os candidatos e os respectivos partidos estão preocupados com a situação das famílias e das empresas e que vão, sem escamotear as responsabilidades dos endividados, procurar fomentar a recapitalização e o investimento empresarial que apoiará a criação de emprego e de riqueza no País.
00:05 h
Francisco Ferreira da Silva
Económico
Também o montante das dívidas incobráveis acelerou nos primeiros meses deste ano e já ultrapassa os registos do ano passado. Desde que a lista pública de execuções foi criada, em 2009, as dívidas totais por cobrar já atingem 2,4 mil milhões de euros, dos quais 790 milhões dizem respeito a 2014 e 418 milhões aos primeiros quatro meses e meio deste ano.
Desemprego, baixos salários e aumento da carga fiscal têm vindo a depauperar as finanças das famílias portuguesas que, em muitos casos, conseguiram resistir aos primeiros assaltos da austeridade e da crise financeira, mas que, com o passar do tempo sem que a situação sofresse uma melhoria significativa, acabaram por ceder. Muitas dívidas que entram em incumprimento dizem respeito a serviços de fornecimento de água, gás, electricidade e telecomunicações, sendo as prestações do crédito à habitação as últimas que deixam de ser pagas. Ainda assim, no final do primeiro trimestre deste ano, existiam 666 mil famílias com dificuldades para pagar os créditos à banca, sendo que muitas delas, apesar de trabalharem e receberem salário, já não conseguem fazer face às responsabilidades que contraíram.
No que se refere às empresas, a última análise sectorial das empresas não financeiras feita pela Central de Balanços do Banco de Portugal, efectuada em finais do ano passado, revelava que 29% das 380 mil empresas existentes no nosso país, ou seja cerca de 110 mil, continuavam a registar capitais próprios negativos, o que significa que se encontravam em situação de falência técnica. A mesma análise revela que a autonomia financeira média das empresas não financeiras era de 30% em final de 2013, o que significa que 70% dos activos das empresas era financiado por capitais alheios, essencialmente empréstimos bancários ou de outras empresas, o que também justifica a diminuição dos empréstimos bancários às empresas.
O recrudescimento das dívidas incobráveis entre particulares e empresas chama a atenção para uma situação de fragilidade que, no caso das empresas viáveis, só terá solução com uma operação de recapitalização como a que se esperava que já estivesse a ser feita pelo chamado banco de fomento. Já no caso dos particulares, a principal ajuda que podem ter será a descida da carga fiscal e o aumento da criação de emprego. Por isso, a mensagem que os portugueses esperam ouvir até às eleições legislativas do próximo Outono é que os candidatos e os respectivos partidos estão preocupados com a situação das famílias e das empresas e que vão, sem escamotear as responsabilidades dos endividados, procurar fomentar a recapitalização e o investimento empresarial que apoiará a criação de emprego e de riqueza no País.
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