Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 441 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 441 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
"Eu perdi-me em Portugal"
Página 1 de 1
"Eu perdi-me em Portugal"
Há 127 anos, nascia o Jornal de Notícias, antecipando-se em 10 dias ao nosso maior poeta do século XX, Fernando Pessoa. Era sábado, 2 de junho de 1888, Maria Pia reinava em Portugal, a República haveria de esperar mais 22 anos, o futebol ainda não tinha chegado.
O nome de José Diogo Arroio encimava a primeira página, como diretor. E depois dele, aí está um património de que poucos se podem orgulhar: é o valor da marca e da sua história que atravessa já três séculos, guerras e revoluções, centenas de governos, enfim, o legado de cinco gerações de grandes jornalistas, fiéis à sua e nossa terra, à região e ao país.
São os laços de confiança e de credibilidade na relação com os nossos leitores que fazem do JN um grande jornal nacional, orgulhoso da sua pronúncia do Norte, mas comprometido com os mais diversos cantos e acentos em toda a geografia da língua portuguesa.
"Cada qual procura-se onde se sente perdido. Eu perdi-me em Portugal, e procuro-me nele", dizia o nosso Torga, a dar-nos o mote.Hoje, em vésperas de mais um ciclo eleitoral, a democracia portuguesa vive um dos mais deprimidos períodos da sua história de quatro décadas.
Muitos de nós sonharam anos a fio com a Europa, esse atalho para todas as virtudes, uma espécie de palavra-passe para a liberdade, o desenvolvimento e a cultura. Assim como para o Estado social: o bem-estar, a segurança, a saúde e a educação.
Mas depois de se ter aproximado da Europa, Portugal afasta-se. A esperança transformou-se em dívida. A economia não cumpre, o Estado social mostra fragilidades. A política fraqueja, a dependência do exterior e dos credores é de rigor. A emigração recomeçou em força, o desemprego é agora o espetro que espreita as famílias.
Portugal parece perdido, os portugueses vivem na incerteza. Questionam-se princípios constitucionais, o papel e a dimensão do Estado, o sistema político e eleitoral, e as soluções para problemas estruturais que comprometem o futuro das próximas gerações.
À crise portuguesa juntam-se os embaraços inerentes à nossa inserção numa União Europeia tolhida pelas dificuldades do embate com a globalização, no novo contexto gerado pela introdução da moeda única, pela integração de novos estados-membros, e pela crise das dívidas soberanas.
Eis o pano de fundo deste aniversário do JN e da grande conferência que hoje organizamos na Casa da Música, no Porto, para a qual convocamos os portugueses à reflexão sobre os seus próprios destinos.
02.06.2015
AFONSO CAMÕES
Jornal de Notícias
O nome de José Diogo Arroio encimava a primeira página, como diretor. E depois dele, aí está um património de que poucos se podem orgulhar: é o valor da marca e da sua história que atravessa já três séculos, guerras e revoluções, centenas de governos, enfim, o legado de cinco gerações de grandes jornalistas, fiéis à sua e nossa terra, à região e ao país.
São os laços de confiança e de credibilidade na relação com os nossos leitores que fazem do JN um grande jornal nacional, orgulhoso da sua pronúncia do Norte, mas comprometido com os mais diversos cantos e acentos em toda a geografia da língua portuguesa.
"Cada qual procura-se onde se sente perdido. Eu perdi-me em Portugal, e procuro-me nele", dizia o nosso Torga, a dar-nos o mote.Hoje, em vésperas de mais um ciclo eleitoral, a democracia portuguesa vive um dos mais deprimidos períodos da sua história de quatro décadas.
Muitos de nós sonharam anos a fio com a Europa, esse atalho para todas as virtudes, uma espécie de palavra-passe para a liberdade, o desenvolvimento e a cultura. Assim como para o Estado social: o bem-estar, a segurança, a saúde e a educação.
Mas depois de se ter aproximado da Europa, Portugal afasta-se. A esperança transformou-se em dívida. A economia não cumpre, o Estado social mostra fragilidades. A política fraqueja, a dependência do exterior e dos credores é de rigor. A emigração recomeçou em força, o desemprego é agora o espetro que espreita as famílias.
Portugal parece perdido, os portugueses vivem na incerteza. Questionam-se princípios constitucionais, o papel e a dimensão do Estado, o sistema político e eleitoral, e as soluções para problemas estruturais que comprometem o futuro das próximas gerações.
À crise portuguesa juntam-se os embaraços inerentes à nossa inserção numa União Europeia tolhida pelas dificuldades do embate com a globalização, no novo contexto gerado pela introdução da moeda única, pela integração de novos estados-membros, e pela crise das dívidas soberanas.
Eis o pano de fundo deste aniversário do JN e da grande conferência que hoje organizamos na Casa da Música, no Porto, para a qual convocamos os portugueses à reflexão sobre os seus próprios destinos.
02.06.2015
AFONSO CAMÕES
Jornal de Notícias
Tópicos semelhantes
» A(nota)mentos - Barreiro: Perdi os preconceitos e mergulhei no Tejo
» Portugal: "A PARTIR DE 2015 PORTUGAL TEM UM PLENO DE VANTAGENS", DIZ LINO FERNANDES
» Bosch Portugal quer nova fábrica da multinacional alemã em Portugal " Que novos projetos é que tem em mãos?"
» Portugal: "A PARTIR DE 2015 PORTUGAL TEM UM PLENO DE VANTAGENS", DIZ LINO FERNANDES
» Bosch Portugal quer nova fábrica da multinacional alemã em Portugal " Que novos projetos é que tem em mãos?"
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin