Lições de gestão

Havia uma empresa que atuava no retalho e que perdeu dinheiro durante anos consecutivos.

No dia em que se declarou incapaz de cumprir perante os credores, colocou a si própria uma questão simples: em que departamento estava a ganhar dinheiro?

A resposta era: não ganhava dinheiro com mobiliário, nem com têxteis, nem hardware. Apenas ganhava dinheiro a vender... brinquedos!

A empresa reestruturou-se, abandonou os produtos deficitários e concentrou-se somente em brinquedos.

Nome da empresa? Toys ‘R Us.

O que foi feito pelos gestores foi responder de forma satisfatória e inteligente à primeira questão que Peter Drucker colocava quando analisava um negócio. 

Como gerir o passado ou, de forma mais radical, como abandonar o passado. Infelizmente, existem inúmeros exemplos de empresas que não se souberam adaptar, ou não souberam gerir o passado e o presente.

Veja-se o caso da Quimonda. Especializada em microchips, o fator crítico de sucesso era o preço. Quando assediada pela concorrência, a Quimonda podia investir na escala, construindo fábricas maiores e mais eficientes (escala) ou podia investir em produtos especializados. Não fez nada disso. Hesitou e afundou-se.

Quando analisava uma empresa, Drucker começava por perguntar: se tivéssemos que decidir hoje, ainda entraríamos no negócio em que estamos? E se não, o que vamos fazer quanto a isso?

A segunda grande questão que Drucker colocava era sempre: como gerir o presente?

O propósito de um negócio é gerar lucros; para isso é necessário criar clientes (é para os clientes que as empresas têm que fazer sentido).

Afinal quem paga os ordenados dos trabalhadores da empresa? A administração? Claro que não. Quem paga os ordenados são os clientes.

Ora, Drucker procurava sempre resposta para quatro questões fundamentais:

- Quem é o cliente?

- Onde está o cliente?

- O que é valor para o cliente?

- Que necessidades é que o cliente não tem presentemente satisfeitas?

Ora, a resposta a estas quatro questões é fundamental para o sucesso de uma organização.

Em resumo: Foco no cliente. Capacidade de adaptação.

00:05 h
João Rafael Koehler
Económico