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O valor da palavra
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O valor da palavra
Mas cá estarão os tribunais para castigar quem não cumprir, e cá estamos nós para pagar!
Negociar com o Estado, com qualquer Estado, é, em princípio, estar certo de que o que é apalavrado é cumprido.
Foi esta premissa do "valor da palavra" que levou o Tribunal Constitucional a chumbar os cortes nas pensões de reforma – a ideia de que um contrato com o Estado não se quebra.
Mas o Estado português e muitos dos seus representantes têm uma triste fama de faltar à palavra.
É esta herança de "trafulhice" que leva quem negoceia com o Estado a estar sempre de pé atrás, o que se concretiza em rentabilidades exageradas ou cláusulas indemnizatórias milionárias que amarrem a vontade pública aos compromissos assumidos.
Não é, pois, de estranhar que, no caso da privatização da TAP, os dois consórcios que chegaram à fase final exigissem ao governo a inscrição de uma cláusula indemnizatória que salvaguardasse o "risco político".
Querendo com isto dizer que, se o futuro executivo voltasse atrás na venda da transportadora, seria obrigado a pagar caro a sua decisão.
O governo recusou-se a inscrever tal preceito. Mas cá estarão os tribunais para castigar quem não cumprir, e cá estamos nós para pagar!
MIGUEL ALEXANDRE GANHÃO
Subchefe de Redação
13.06.2015 00:30
Correio da Manhã
Negociar com o Estado, com qualquer Estado, é, em princípio, estar certo de que o que é apalavrado é cumprido.
Foi esta premissa do "valor da palavra" que levou o Tribunal Constitucional a chumbar os cortes nas pensões de reforma – a ideia de que um contrato com o Estado não se quebra.
Mas o Estado português e muitos dos seus representantes têm uma triste fama de faltar à palavra.
É esta herança de "trafulhice" que leva quem negoceia com o Estado a estar sempre de pé atrás, o que se concretiza em rentabilidades exageradas ou cláusulas indemnizatórias milionárias que amarrem a vontade pública aos compromissos assumidos.
Não é, pois, de estranhar que, no caso da privatização da TAP, os dois consórcios que chegaram à fase final exigissem ao governo a inscrição de uma cláusula indemnizatória que salvaguardasse o "risco político".
Querendo com isto dizer que, se o futuro executivo voltasse atrás na venda da transportadora, seria obrigado a pagar caro a sua decisão.
O governo recusou-se a inscrever tal preceito. Mas cá estarão os tribunais para castigar quem não cumprir, e cá estamos nós para pagar!
MIGUEL ALEXANDRE GANHÃO
Subchefe de Redação
13.06.2015 00:30
Correio da Manhã
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