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A mão que embala o berço
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A mão que embala o berço
Os números divulgados esta semana pelo INE sublinham a imagem preocupante da natalidade em Portugal.
Nasce-se menos, morre-se mais, emigra-se sem grande perspectiva de voltar. É mais um retrato apagado que uma polaroid, do pouco inédito que é. Envelhecemos.
E, o que é mais irónico, fazemo-lo e em linha com os mais desenvolvidos da Europa. De acordo com um estudo recente da consultora BDO, pior que nós na natalidade só a Alemanha. Neste último caso, com as mulheres entre o dilema de ser mãe ou ter uma carreira fora de casa. Apesar dos apelos - há uns anos o próprio Presidente da República se questionava: "O que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal?"- não há meio visível no horizonte capaz de travar a ausência de substituição geracional.
Devia vir daí o verdadeiro pacto de regime: garantir que fora do tempo de eleições se faz tudo o que é preciso, em termos fiscais, de condições de trabalho ou na criação de equipamentos e serviços de apoio, para quem queira ser mãe e pai. O que só se consegue aliviando o pedregulho da austeridade às costas do País (e dos pais). É que nem Sísifo que era Sísifo conseguiria libertar a mão para embalar o berço a caminho do topo da montanha.
00:05 h
Paulo Zacarias Gomes
paulo.gomes@economico.pt
Económico
Nasce-se menos, morre-se mais, emigra-se sem grande perspectiva de voltar. É mais um retrato apagado que uma polaroid, do pouco inédito que é. Envelhecemos.
E, o que é mais irónico, fazemo-lo e em linha com os mais desenvolvidos da Europa. De acordo com um estudo recente da consultora BDO, pior que nós na natalidade só a Alemanha. Neste último caso, com as mulheres entre o dilema de ser mãe ou ter uma carreira fora de casa. Apesar dos apelos - há uns anos o próprio Presidente da República se questionava: "O que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal?"- não há meio visível no horizonte capaz de travar a ausência de substituição geracional.
Devia vir daí o verdadeiro pacto de regime: garantir que fora do tempo de eleições se faz tudo o que é preciso, em termos fiscais, de condições de trabalho ou na criação de equipamentos e serviços de apoio, para quem queira ser mãe e pai. O que só se consegue aliviando o pedregulho da austeridade às costas do País (e dos pais). É que nem Sísifo que era Sísifo conseguiria libertar a mão para embalar o berço a caminho do topo da montanha.
00:05 h
Paulo Zacarias Gomes
paulo.gomes@economico.pt
Económico
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