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O problema de Costa é ser mesmo "choninhas" (se atirasse para um marxista "você apoia a revolução socialista em Portugal?")
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O problema de Costa é ser mesmo "choninhas" (se atirasse para um marxista "você apoia a revolução socialista em Portugal?")
Se no dia 24 de abril de 1974 a Universidade Católica promovesse uma sondagem à pergunta "Portugal precisa de uma revolução?", o mais natural era o resultado dar 80% de respostas "não".
Sete dias depois, no primeiro 1.º de Maio celebrado em liberdade, se outra sondagem fizesse aos portugueses a pergunta "você apoia a revolução?", era quase certo que 95% dos inquiridos concederiam o "sim" e, atrevo-me a dizer, se a pergunta fosse mais específica e se atirasse para um marxista "você apoia a revolução socialista em Portugal?", o mesmo "sim" também sairia vitorioso.
Há um mistério na última sondagem eleitoral, publicada aqui no DN: ela admite a vitória em eleições legislativas para o PSD-CDS (previsão de 38% de votos) mas o seu líder, o atual primeiro-ministro, é simplesmente odiado: para os inquiridos (71 vezes) ele é um "mentiroso".
Passos Coelho também é 39 vezes "incompetente"; 22 vezes "mau"; 21 vezes "arrogante e ladrão"; 18 vezes "aldrabão" e 13 vezes "teimoso". De positivo, os inquiridos apontaram--lhe apenas o "bom" (45 vezes), o "corajoso" (24) e o "honesto" (17) .
Portanto, pelos resultados da investigação da Católica, a maioria dos portugueses olha para Passos com a confiança sentida por quem dá a carteira a um meliante. O seu governo é até "mau" ou "muito mau" para 63% dos sondados.
Mesmo assim, uma boa parte destes críticos radicais, piores na adjetivação insultuosa do que um manifestante arruinado pelo caso BES, apresta-se, garante a sondagem, a ir às urnas depositar uma cruz conformada no boletim de voto frente à sigla do Portugal à Frente.
A esmagadora maioria dos portugueses, em 1974, detestava a ditadura do Estado Novo: o fácil e emocionado apoio popular ao Movimento dos Capitães provou-o. Mas não tenho dúvidas de que uma boa parte não via uma alternativa ao regime e tinha até medo de que a sua queda originasse um futuro ainda pior. Por isso, apesar de estar apodrecido há décadas, o Estado Novo não caía.
Foi preciso um movimento político de rotura total com o statu quo - no caso, dada a natureza repressiva do regime, um incontornável golpe de Estado - para as pessoas seguirem, finalmente, as suas convicções. Só a coragem venceu o medo.
No PS, quando António Costa se atirou ao "choninhas" António José Seguro e o derrubou da liderança, a mesma empresa de sondagens deu-lhe 45% de intenções de votos. Agora, após sete meses de táticas de oposição "choninhas" e da apresentação de um programa eleitoral de manutenção do regime em vigor, o resultado é apenas 37%... Sem coragem vence, quase sempre, o medo.
Por mim, os meus leitores já sabem (não quero e acho que não devo enganar alguém nestes comentários, por isso volto a dizê-lo), o meu voto é pela coragem: CDU.
por PEDRO TADEU
Diário de Notícias
Sete dias depois, no primeiro 1.º de Maio celebrado em liberdade, se outra sondagem fizesse aos portugueses a pergunta "você apoia a revolução?", era quase certo que 95% dos inquiridos concederiam o "sim" e, atrevo-me a dizer, se a pergunta fosse mais específica e se atirasse para um marxista "você apoia a revolução socialista em Portugal?", o mesmo "sim" também sairia vitorioso.
Há um mistério na última sondagem eleitoral, publicada aqui no DN: ela admite a vitória em eleições legislativas para o PSD-CDS (previsão de 38% de votos) mas o seu líder, o atual primeiro-ministro, é simplesmente odiado: para os inquiridos (71 vezes) ele é um "mentiroso".
Passos Coelho também é 39 vezes "incompetente"; 22 vezes "mau"; 21 vezes "arrogante e ladrão"; 18 vezes "aldrabão" e 13 vezes "teimoso". De positivo, os inquiridos apontaram--lhe apenas o "bom" (45 vezes), o "corajoso" (24) e o "honesto" (17) .
Portanto, pelos resultados da investigação da Católica, a maioria dos portugueses olha para Passos com a confiança sentida por quem dá a carteira a um meliante. O seu governo é até "mau" ou "muito mau" para 63% dos sondados.
Mesmo assim, uma boa parte destes críticos radicais, piores na adjetivação insultuosa do que um manifestante arruinado pelo caso BES, apresta-se, garante a sondagem, a ir às urnas depositar uma cruz conformada no boletim de voto frente à sigla do Portugal à Frente.
A esmagadora maioria dos portugueses, em 1974, detestava a ditadura do Estado Novo: o fácil e emocionado apoio popular ao Movimento dos Capitães provou-o. Mas não tenho dúvidas de que uma boa parte não via uma alternativa ao regime e tinha até medo de que a sua queda originasse um futuro ainda pior. Por isso, apesar de estar apodrecido há décadas, o Estado Novo não caía.
Foi preciso um movimento político de rotura total com o statu quo - no caso, dada a natureza repressiva do regime, um incontornável golpe de Estado - para as pessoas seguirem, finalmente, as suas convicções. Só a coragem venceu o medo.
No PS, quando António Costa se atirou ao "choninhas" António José Seguro e o derrubou da liderança, a mesma empresa de sondagens deu-lhe 45% de intenções de votos. Agora, após sete meses de táticas de oposição "choninhas" e da apresentação de um programa eleitoral de manutenção do regime em vigor, o resultado é apenas 37%... Sem coragem vence, quase sempre, o medo.
Por mim, os meus leitores já sabem (não quero e acho que não devo enganar alguém nestes comentários, por isso volto a dizê-lo), o meu voto é pela coragem: CDU.
por PEDRO TADEU
Diário de Notícias
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