Marinando

Segundo o IEFP o número de pessoas a receber um dos diversos subsídios de desemprego atingiu mínimos desde 2009.

Havendo com certeza alguma relação com o aumento do emprego, essa relação não é proporcional. Isto significa que haverá mais gente a frequentar cursos do IEFP e a fazer o eufemístico "trabalho socialmente necessário" bem como muita gente que, sem trabalho, não dispõe de qualquer apoio público.

O Estado Social em que marinamos não demonstra qualquer critério de eficácia ou racionalidade económica mas é indiscutível, não se pode questionar sob pena de ostracismo e quase exílio forçado. Não funciona com decência, deixa milhares de pessoas desprotegidas, mas é o Alfa e o Ómega dos Estados Sociais. Sendo os recursos escassos e limitados, enquanto o Estado se entretém com funções espúrias, a brincar às empresas e ao "serviço público", raciona um sistema já de si disfuncional deixando pessoas entregues à caridade alheia. Se um Estado Social se justifica, não é este com certeza.

00:04 h
Helder Ferreira
Económico