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Portugal é atractivo para os portugueses
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Portugal é atractivo para os portugueses
Os portugueses da diáspora não precisam das facilidades fiscais para residentes estrangeiros da União Europeia nem das autorizações de residência para investirem no imobiliário português. Sempre o fizeram e muitos deles até emigraram para conseguirem amealhar o suficiente para construírem casa própria ou investirem no imobiliário na terra natal.
Durante anos e anos chamamos a este mercado o mercado da saudade. Hoje, até os portugueses da diáspora estão a descobrir um Portugal imobiliário desconhecido, muito diferente do que existia quando partiram - é a descoberta das cidades que se renovam e se oferecem reabilitadas, regeneradas e muito procuradas para turismo residencial.
O nosso imobiliário que, por exemplo, se apresentou recentemente e em força em França, captando as atenções dos franceses, também é atractivo para a comunidade lusófona em França, uma comunidade constituída por milhares de famílias e até por empresários, um mercado que não pode nem deve ser descurado.
Se o que oferecemos ao estrangeiros merece a nossa melhor atenção, por maioria de razões podemos e devemos incluir no nosso potencial foco da procura os portugueses da diáspora, que continuam a regressar a Portugal nas clássicas férias de Verão e que raramente abandonam a ideia de um regresso mais forte, mesmo quando já criaram raízes nesses países.
As clássicas valises en carton deram lugar às malas de cabine e às malas de porão, e a porta de reentrada já não é Santa Apolónia ou Campanhã. Os emigrantes portugueses vão e vêm de avião e trazem na bagagem de mão um portátil com wi-fi, Skype e montes de músicas e séries televisivas de culto no disco duro.
Os tempos actuais são difíceis, mas não são tão duros como os dos anos 60 do século passado, quando o país mantinha guerras em África e desertificava-se nos saltos para França e para a Alemanha, cantando o fado da saudade e ansiando pelas preciosas remessas dos emigrantes que tanto ajudavam a economia portuguesa.
Hoje continuamos interessados no investimento externo e também no investimento dos portugueses que se fizeram à vida no estrangeiro. Sentimos a falta daqueles que saem de cá bem preparados, mas não podemos deixar de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para voltar a mostrar aos que partiram o Portugal atractivo que vamos construindo e reconstruindo.
Felizmente que Portugal continua a ser atractivo para os portugueses. Direi mais, é vital que Portugal continue a ser e seja cada vez mais atractivo para os portugueses que vivem em Portugal ou que vivem no estrangeiro. E o sector imobiliário não pode nem deve descurar esta procura tão especial.
Uma procura que, em maior ou menor grau, todos os anos tem um pico maior no Verão, quando os portugueses da diáspora regressam, por um mês. Uma procura que merece, no mínimo, o mesmo cuidado e atenção que damos à procura estrangeira que tanto queremos cativar.
*Presidente APEMIP, assina esta coluna semanalmente
Crónica originalmente publicada na edição em papel do SOL de 10/07/2015
Luís Lima | 15/07/2015 15:10
SOL
Durante anos e anos chamamos a este mercado o mercado da saudade. Hoje, até os portugueses da diáspora estão a descobrir um Portugal imobiliário desconhecido, muito diferente do que existia quando partiram - é a descoberta das cidades que se renovam e se oferecem reabilitadas, regeneradas e muito procuradas para turismo residencial.
O nosso imobiliário que, por exemplo, se apresentou recentemente e em força em França, captando as atenções dos franceses, também é atractivo para a comunidade lusófona em França, uma comunidade constituída por milhares de famílias e até por empresários, um mercado que não pode nem deve ser descurado.
Se o que oferecemos ao estrangeiros merece a nossa melhor atenção, por maioria de razões podemos e devemos incluir no nosso potencial foco da procura os portugueses da diáspora, que continuam a regressar a Portugal nas clássicas férias de Verão e que raramente abandonam a ideia de um regresso mais forte, mesmo quando já criaram raízes nesses países.
As clássicas valises en carton deram lugar às malas de cabine e às malas de porão, e a porta de reentrada já não é Santa Apolónia ou Campanhã. Os emigrantes portugueses vão e vêm de avião e trazem na bagagem de mão um portátil com wi-fi, Skype e montes de músicas e séries televisivas de culto no disco duro.
Os tempos actuais são difíceis, mas não são tão duros como os dos anos 60 do século passado, quando o país mantinha guerras em África e desertificava-se nos saltos para França e para a Alemanha, cantando o fado da saudade e ansiando pelas preciosas remessas dos emigrantes que tanto ajudavam a economia portuguesa.
Hoje continuamos interessados no investimento externo e também no investimento dos portugueses que se fizeram à vida no estrangeiro. Sentimos a falta daqueles que saem de cá bem preparados, mas não podemos deixar de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para voltar a mostrar aos que partiram o Portugal atractivo que vamos construindo e reconstruindo.
Felizmente que Portugal continua a ser atractivo para os portugueses. Direi mais, é vital que Portugal continue a ser e seja cada vez mais atractivo para os portugueses que vivem em Portugal ou que vivem no estrangeiro. E o sector imobiliário não pode nem deve descurar esta procura tão especial.
Uma procura que, em maior ou menor grau, todos os anos tem um pico maior no Verão, quando os portugueses da diáspora regressam, por um mês. Uma procura que merece, no mínimo, o mesmo cuidado e atenção que damos à procura estrangeira que tanto queremos cativar.
*Presidente APEMIP, assina esta coluna semanalmente
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Luís Lima | 15/07/2015 15:10
SOL
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