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O dilema da democracia em 2015
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O dilema da democracia em 2015
O sistema democrático em que vivemos baseia-se em valores de respeito humano e em sistemas que asseguram a sua manutenção e melhoramento. Uma delas, considerada fundamental, é a alternância democrática.
Ora, neste momento, estamos confrontados com uma situação em que me sinto perante um dilema. Por um lado, temos um governo que trabalhou e conseguiu resultados essenciais ao nosso país; e temos, dentro de pouco tempo, eleições, sendo que teríamos grande vantagem em que se mantivesse a mesma linha política para consolidar aqueles resultados.
O trabalho realizado ainda não consolidou o crescimento económico e, como todos sabemos, mudar a responsabilidade governativa em momentos frágeis põe em causa essa mesma consolidação.
Por outro lado, temos na frente do principal partido da oposição um dos candidatos, dessa linha política mais bem preparados para assumir a alternância democrática que, a não ocorrer nestas, não deverá deixar de acontecer nas próximas eleições. É o normal funcionamento da democracia.
Eis o dilema que se nos apresenta: sendo preferível a continuidade do governo para os próximos quatro anos, também é importante que a alternância democrática seja feita pela pessoa melhor preparada para levar o nosso país com responsabilidade e que garanta a melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos.
Independentemente da linha política de cada um, e sabendo que tradicionalmente os partidos mais à direita têm uma maior tendência para promover o crescimento económico, e que os partidos mais à esquerda têm a tendência para promover mais a distribuição da riqueza, a verdade é que uma democracia vive do equilíbrio destas duas formas de ver a política. E se há momentos em que é necessário duplicar o tempo de crescimento económico, outro haverá em que é necessário quebrar esse crescimento com alguma intervenção de distribuição da riqueza.
Neste momento, eu creio que seria muito importante assegurar a continuidade do crescimento.
Penso também que a linha de campanha eleitoral defendida pelo Partido Socialista de transformar o dr. António Costa, homem sério e com consciência de dever público e noção de Estado e de nação, num político populista que tudo diz, não porque acredita, mas por que quem o pressiona acha que assim se ganham eleições, pouca possibilidade terá de ver os seus resultados melhorarem.
Estas eleições deveriam estar a ser marcadas pela discussão séria de duas pessoas que, cada um à sua maneira, deram provas de ter conseguido atingir os objectivos a que se tinham proposto.
Assim, se a postura do dr. António Costa, enquanto candidato a primeiro-ministro não passar a ser a de um candidato a responsável dos destinos de Portugal, afastando-se de toda pressão da linha populista que o rodeia, arriscamo-nos a ter uma boa oportunidade para a manutenção da continuidade e consolidação deste governo.
Nesse caso, seria bom para o nosso país - e para o meu dilema -, que o partido socialista optasse por recriminar os verdadeiros responsáveis por esta campanha pobre e populista que lhes conseguirá tais resultados e que mantivesse, a bem do próprio partido e da alternância democrática, o dr. António Costa na sua liderança, com a condição de retornar ao seu normal procedimento de homem de Estado e de responsável político.
00:05 h
Bruno Bobone
Económico
Ora, neste momento, estamos confrontados com uma situação em que me sinto perante um dilema. Por um lado, temos um governo que trabalhou e conseguiu resultados essenciais ao nosso país; e temos, dentro de pouco tempo, eleições, sendo que teríamos grande vantagem em que se mantivesse a mesma linha política para consolidar aqueles resultados.
O trabalho realizado ainda não consolidou o crescimento económico e, como todos sabemos, mudar a responsabilidade governativa em momentos frágeis põe em causa essa mesma consolidação.
Por outro lado, temos na frente do principal partido da oposição um dos candidatos, dessa linha política mais bem preparados para assumir a alternância democrática que, a não ocorrer nestas, não deverá deixar de acontecer nas próximas eleições. É o normal funcionamento da democracia.
Eis o dilema que se nos apresenta: sendo preferível a continuidade do governo para os próximos quatro anos, também é importante que a alternância democrática seja feita pela pessoa melhor preparada para levar o nosso país com responsabilidade e que garanta a melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos.
Independentemente da linha política de cada um, e sabendo que tradicionalmente os partidos mais à direita têm uma maior tendência para promover o crescimento económico, e que os partidos mais à esquerda têm a tendência para promover mais a distribuição da riqueza, a verdade é que uma democracia vive do equilíbrio destas duas formas de ver a política. E se há momentos em que é necessário duplicar o tempo de crescimento económico, outro haverá em que é necessário quebrar esse crescimento com alguma intervenção de distribuição da riqueza.
Neste momento, eu creio que seria muito importante assegurar a continuidade do crescimento.
Penso também que a linha de campanha eleitoral defendida pelo Partido Socialista de transformar o dr. António Costa, homem sério e com consciência de dever público e noção de Estado e de nação, num político populista que tudo diz, não porque acredita, mas por que quem o pressiona acha que assim se ganham eleições, pouca possibilidade terá de ver os seus resultados melhorarem.
Estas eleições deveriam estar a ser marcadas pela discussão séria de duas pessoas que, cada um à sua maneira, deram provas de ter conseguido atingir os objectivos a que se tinham proposto.
Assim, se a postura do dr. António Costa, enquanto candidato a primeiro-ministro não passar a ser a de um candidato a responsável dos destinos de Portugal, afastando-se de toda pressão da linha populista que o rodeia, arriscamo-nos a ter uma boa oportunidade para a manutenção da continuidade e consolidação deste governo.
Nesse caso, seria bom para o nosso país - e para o meu dilema -, que o partido socialista optasse por recriminar os verdadeiros responsáveis por esta campanha pobre e populista que lhes conseguirá tais resultados e que mantivesse, a bem do próprio partido e da alternância democrática, o dr. António Costa na sua liderança, com a condição de retornar ao seu normal procedimento de homem de Estado e de responsável político.
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Bruno Bobone
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