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Efeito borboleta
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Efeito borboleta
Diz-se que a atitude de uma pessoa extraordinária pode mudar o mundo. Não precisa de ser poderosa, apenas tão extraordinária que outros sintam que devem seguir-lhe o exemplo. Francisco não é um homem comum e por isso tem conseguido operar uma verdadeira revolução capaz de salvar a Igreja do desencantamento e devolvê-la ao seu papel.
Reenraizada no mundo real pela mão do Papa, a instituição deixou de ser distante, orgulhosa, intocável e, com a humanidade e o sentido de propósito, recuperou o seu lugar de farol. Não é sobre as teorias acerca das inclinações político-filosóficas de Francisco que importa debruçarmo-nos - como, aliás, bem explica o padre Anselmo nas páginas seguintes - mas antes sobre o efeito borboleta das ações daquele homem extraordinário. É um verdadeiro furacão o que está a acontecer em Coimbra: tendo tido informação de que um membro do clero poderá ter abusado de um menor, o vigário tornou públicos o seu e-mail e número de telemóvel, pedindo à comunidade que denunciasse, que partilhasse quaisquer informações sobre o caso. Para que fosse investigado. Para que o crime não ficasse escondido na vergonha e o criminoso passasse impune a outros atos criminosos. Uma atitude impensável, impossível, há uma década, mas que se torna cada vez mais comum desde que o Papa elegeu os pecados da Igreja - dos homens que a fazem e que são tão humanos como o resto de nós - como uma das principais lutas do seu pontificado, tomando medidas práticas para melhor os combater e partilhando essas ferramentas com toda a comunidade católica.
Francisco escolheu um caminho em que qualquer pessoa com uma noção do que é o bem e o mal, independentemente da religião ou até de não seguir nenhuma, não se importaria de andar. O que o revela tão humano, simples, imperfeito como qualquer outro é precisamente o que o torna extraordinário, escutado, seguido. O caso de Coimbra só acontece porque houve um leve bater de asas no Vaticano que desencadeou uma reação imparável. Quando a ressonância deixar de se sentir, o mundo não será o mesmo.
por JOANA PETIZ
Diário de Notícias
Reenraizada no mundo real pela mão do Papa, a instituição deixou de ser distante, orgulhosa, intocável e, com a humanidade e o sentido de propósito, recuperou o seu lugar de farol. Não é sobre as teorias acerca das inclinações político-filosóficas de Francisco que importa debruçarmo-nos - como, aliás, bem explica o padre Anselmo nas páginas seguintes - mas antes sobre o efeito borboleta das ações daquele homem extraordinário. É um verdadeiro furacão o que está a acontecer em Coimbra: tendo tido informação de que um membro do clero poderá ter abusado de um menor, o vigário tornou públicos o seu e-mail e número de telemóvel, pedindo à comunidade que denunciasse, que partilhasse quaisquer informações sobre o caso. Para que fosse investigado. Para que o crime não ficasse escondido na vergonha e o criminoso passasse impune a outros atos criminosos. Uma atitude impensável, impossível, há uma década, mas que se torna cada vez mais comum desde que o Papa elegeu os pecados da Igreja - dos homens que a fazem e que são tão humanos como o resto de nós - como uma das principais lutas do seu pontificado, tomando medidas práticas para melhor os combater e partilhando essas ferramentas com toda a comunidade católica.
Francisco escolheu um caminho em que qualquer pessoa com uma noção do que é o bem e o mal, independentemente da religião ou até de não seguir nenhuma, não se importaria de andar. O que o revela tão humano, simples, imperfeito como qualquer outro é precisamente o que o torna extraordinário, escutado, seguido. O caso de Coimbra só acontece porque houve um leve bater de asas no Vaticano que desencadeou uma reação imparável. Quando a ressonância deixar de se sentir, o mundo não será o mesmo.
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