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(Des)governante!
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(Des)governante!
O ministro da Educação quer colocar militares das Forças Armadas a vigiar os recreios das escolas. Parece uma anedota mas, se pensarmos bem, esta medida está em linha com decisões anteriores deste (des)governante. Senão vejamos.
Já em 2000, a OCDE alertava para o péssimo desempenho dos alunos portugueses nas disciplinas de Ciências e Matemática. O próprio PSD, na altura, exigiu que o Governo instaurasse um "plano de emergência para o ensino da Matemática". Nuno Crato pôs fim ao Plano de Ação para a Matemática que estava já em vigor.
Ainda em 2000, "a distribuição de material pedagógico inovador e mais moderno seria uma das medidas para combater um problema de cultura científica" instalado na sociedade portuguesa. Mal chega ao Governo, Crato terminou com o programa que permitia o acesso a todos os alunos do 1.º Ciclo de computadores portáteis.
Há muito que o problema das baixas qualificações dos portugueses estão no topo das nossas preocupações coletivas.
Crato, em vez de o melhorar, terminou com as Novas Oportunidades.
Em vez de responder às necessidades atuais de formação dos cidadãos, Crato eliminou o Estudo Acompanhado e Área de Projeto. No lugar da aposta no inglês, fala agora do latim e do grego no 1º ciclo.
Ao sentir que o trabalho pedagógico a desenvolver com os alunos deve responder, tendencialmente, à especificidade das dificuldades sentidas no sentido da promoção do sucesso escolar, Crato aumentou o número de alunos por turma. E atacou ferozmente a Educação Especial.
Ao contrário do que seria desejável, depois dos concursos de contratação de professores terem estabilizado há vários anos, Crato não conseguiu evitar a trapalhada que foi o processo de colocação do último ano. E aumentou o desemprego nos professores.
Contrariando as tendências e as boas práticas internacionais, Crato vai pela sua cabeça e cria metas curriculares ridículas, manda reformular programas com orientações retrógradas e descabidas e introduz exames em anos de aprendizagem precoces. Os professores também passaram a ter exames para acederem carreira.
Muitos tinham a ilusão de que Crato seria um grande ministro da Educação. Eu nunca tive ilusões. Quando presidia a Sociedade Portuguesa de Matemática, Crato defendia a limitação da tecnologia no ensino da Matemática. Foi precisamente essa a razão para eu ter deixado, nessa altura, de ser sócio desse organismo. Já nessa altura Crato não percebia nada de Educação.
Há muito que o problema das baixas qualificações dos portugueses estão no topo das nossas preocupações coletivas. Nuno Crato, em vez de o melhorar, terminou com as Novas Oportunidades.,
DOUTORADO EM TEC. E SIST. DE INFORMAÇÃO
25.07.2015
LUÍS MIGUEL FERREIRA *
Jornal de Notícias
Já em 2000, a OCDE alertava para o péssimo desempenho dos alunos portugueses nas disciplinas de Ciências e Matemática. O próprio PSD, na altura, exigiu que o Governo instaurasse um "plano de emergência para o ensino da Matemática". Nuno Crato pôs fim ao Plano de Ação para a Matemática que estava já em vigor.
Ainda em 2000, "a distribuição de material pedagógico inovador e mais moderno seria uma das medidas para combater um problema de cultura científica" instalado na sociedade portuguesa. Mal chega ao Governo, Crato terminou com o programa que permitia o acesso a todos os alunos do 1.º Ciclo de computadores portáteis.
Há muito que o problema das baixas qualificações dos portugueses estão no topo das nossas preocupações coletivas.
Crato, em vez de o melhorar, terminou com as Novas Oportunidades.
Em vez de responder às necessidades atuais de formação dos cidadãos, Crato eliminou o Estudo Acompanhado e Área de Projeto. No lugar da aposta no inglês, fala agora do latim e do grego no 1º ciclo.
Ao sentir que o trabalho pedagógico a desenvolver com os alunos deve responder, tendencialmente, à especificidade das dificuldades sentidas no sentido da promoção do sucesso escolar, Crato aumentou o número de alunos por turma. E atacou ferozmente a Educação Especial.
Ao contrário do que seria desejável, depois dos concursos de contratação de professores terem estabilizado há vários anos, Crato não conseguiu evitar a trapalhada que foi o processo de colocação do último ano. E aumentou o desemprego nos professores.
Contrariando as tendências e as boas práticas internacionais, Crato vai pela sua cabeça e cria metas curriculares ridículas, manda reformular programas com orientações retrógradas e descabidas e introduz exames em anos de aprendizagem precoces. Os professores também passaram a ter exames para acederem carreira.
Muitos tinham a ilusão de que Crato seria um grande ministro da Educação. Eu nunca tive ilusões. Quando presidia a Sociedade Portuguesa de Matemática, Crato defendia a limitação da tecnologia no ensino da Matemática. Foi precisamente essa a razão para eu ter deixado, nessa altura, de ser sócio desse organismo. Já nessa altura Crato não percebia nada de Educação.
Há muito que o problema das baixas qualificações dos portugueses estão no topo das nossas preocupações coletivas. Nuno Crato, em vez de o melhorar, terminou com as Novas Oportunidades.,
DOUTORADO EM TEC. E SIST. DE INFORMAÇÃO
25.07.2015
LUÍS MIGUEL FERREIRA *
Jornal de Notícias
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