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Os linchadores
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Os linchadores
Há muita gente que adora a proteção do anonimato para se deliciar com os seus atos de baixaria. Os cobardes são de sempre.
Os jornais decidiram abrir aos comentários dos leitores as notícias publicadas nas suas versões digitais. O processo de registo daquele que quer comentar, quando é exigido, é normalmente muito fácil e o anonimato é, por norma, aceite. E, nos casos em que é recusado, basta ao "interessado" construir, através de conta de e-mail ou Facebook, uma identidade que não é verificada.
O comentário também não é escrutinado, ainda que alguns jornais aceitem que possa ser denunciado por outros leitores, ou reclamem que há moderação. Um princípio que faria sentido, uma vez que é o jornal que disponibiliza, e por isso amplifica, o comentário. Mas que não é, de facto, aplicado. Ou, se o é, é aplicado de forma negligente e descuidada. De facto, quem se der ao trabalho de ler as caixas de comentários, encontra lá a pior das porcarias: insultos, mentiras, difamações, referências racistas, apelo à violência. As poucas discussões entre comentaristas são, por norma, alarves.
Há, por certo, muita gente que adora a proteção do anonimato para se deliciar com os seus atos de baixaria. Os cobardes são de sempre, não foram inventados com o advento do digital. O que não se compreende é que a comunicação social forneça o palco aos linchadores. Há dias, um pasquim retirava do Facebook o seguinte comentário, a propósito do Acordo do Porto: "o Mentiroso [ou seja, o Primeiro-Ministro] é um menino à beira do Rui Moreira".
Não me incomodando o insulto de um qualquer velhaco, faço não obstante várias perguntas. Qual é o papel da direção do jornal? Qual foi o critério de seleção que levou à escolha e promoção desse comentário? Verificaram a identidade do autor? Reveem-se nessa avaliação? Se se reveem, tenho o direito de doravante os tratar como velhacos? A falta de ética e de educação vai, assim, de mão dada com a irresponsabilidade de quem assobia para o lado, ou aproveita o palco de que dispõe para fazer jogatana politiqueira. Depois, queixem-se da crise dos média e dos valores...
Fórmula 1 no Douro
O próximo fim de semana é mesmo alternativo. Pela primeira vez, o Campeonato do Mundo da Fórmula 1 em motonáutica vai invadir o Douro entre o Porto e Gaia, num espetáculo que será transmitido para, pelo menos, 35 países, entre os quais, Portugal, através da RTP e em canal aberto. Sim, a comparação com as corridas de automóveis é injusta. Mas a ideia não é comparar nada, mas sim dar ao Porto um evento inédito, sustentável e capaz de promover a cidade. Divirtam-se.
"Mas o que é isto afinal?"
Há semanas que, no Facebook, iniciei a publicação de rostos de portuenses, quase todos anónimos e nem todos nascidos no Porto. A rubrica chama-se "A pele do Porto" e concretiza-se graças a um fotógrafo que dispara, com consentimento, sobre as sombras que denunciam a garra, idade, sofrimento ou a alegria de ser portuense. Há dias, numa dessas fotos, onde apenas coloco o nome e profissão de cada um, alguém perguntou: "mas o que é isto afinal?". Respondi-lhe: "É preciso explicar?".
26.07.2015 00:30
RUI MOREIRA
Presidente da Câmara Municipal do Porto - "Mais viciado dos Fundos Europeus e Públicos"
Correio da Manhã
Os jornais decidiram abrir aos comentários dos leitores as notícias publicadas nas suas versões digitais. O processo de registo daquele que quer comentar, quando é exigido, é normalmente muito fácil e o anonimato é, por norma, aceite. E, nos casos em que é recusado, basta ao "interessado" construir, através de conta de e-mail ou Facebook, uma identidade que não é verificada.
O comentário também não é escrutinado, ainda que alguns jornais aceitem que possa ser denunciado por outros leitores, ou reclamem que há moderação. Um princípio que faria sentido, uma vez que é o jornal que disponibiliza, e por isso amplifica, o comentário. Mas que não é, de facto, aplicado. Ou, se o é, é aplicado de forma negligente e descuidada. De facto, quem se der ao trabalho de ler as caixas de comentários, encontra lá a pior das porcarias: insultos, mentiras, difamações, referências racistas, apelo à violência. As poucas discussões entre comentaristas são, por norma, alarves.
Há, por certo, muita gente que adora a proteção do anonimato para se deliciar com os seus atos de baixaria. Os cobardes são de sempre, não foram inventados com o advento do digital. O que não se compreende é que a comunicação social forneça o palco aos linchadores. Há dias, um pasquim retirava do Facebook o seguinte comentário, a propósito do Acordo do Porto: "o Mentiroso [ou seja, o Primeiro-Ministro] é um menino à beira do Rui Moreira".
Não me incomodando o insulto de um qualquer velhaco, faço não obstante várias perguntas. Qual é o papel da direção do jornal? Qual foi o critério de seleção que levou à escolha e promoção desse comentário? Verificaram a identidade do autor? Reveem-se nessa avaliação? Se se reveem, tenho o direito de doravante os tratar como velhacos? A falta de ética e de educação vai, assim, de mão dada com a irresponsabilidade de quem assobia para o lado, ou aproveita o palco de que dispõe para fazer jogatana politiqueira. Depois, queixem-se da crise dos média e dos valores...
Fórmula 1 no Douro
O próximo fim de semana é mesmo alternativo. Pela primeira vez, o Campeonato do Mundo da Fórmula 1 em motonáutica vai invadir o Douro entre o Porto e Gaia, num espetáculo que será transmitido para, pelo menos, 35 países, entre os quais, Portugal, através da RTP e em canal aberto. Sim, a comparação com as corridas de automóveis é injusta. Mas a ideia não é comparar nada, mas sim dar ao Porto um evento inédito, sustentável e capaz de promover a cidade. Divirtam-se.
"Mas o que é isto afinal?"
Há semanas que, no Facebook, iniciei a publicação de rostos de portuenses, quase todos anónimos e nem todos nascidos no Porto. A rubrica chama-se "A pele do Porto" e concretiza-se graças a um fotógrafo que dispara, com consentimento, sobre as sombras que denunciam a garra, idade, sofrimento ou a alegria de ser portuense. Há dias, numa dessas fotos, onde apenas coloco o nome e profissão de cada um, alguém perguntou: "mas o que é isto afinal?". Respondi-lhe: "É preciso explicar?".
26.07.2015 00:30
RUI MOREIRA
Presidente da Câmara Municipal do Porto - "Mais viciado dos Fundos Europeus e Públicos"
Correio da Manhã
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