Novos projectos ferroviários só devem arrancar depois de 2016

Com a suspensão do anterior projecto de ligação ferroviária em alta velocidade a Espanha, o sector passou quase quatro anos em compasso de espera.

O actual Governo nomeou um grupo de trabalho para definir as infra-estruturas de elevado valor acrescentado, um trabalho que serviu de base à elaboração do PETI – Plano Estratégico de Transportes e Infra-estruturas. Nesse documento, a par do sector marítimo-portuário, o sector ferroviário é privilegiado em termos de prioridades de investimento.

Estão elencados 15 projectos de modernização de linhas de Norte a Sul, do litoral ao interior, num esforço financeiro avaliado entre 2.619 milhões e 2.819 milhões de euros. Grande parte deve ser financiada pelo Quadro Comunitário de Apoio que irá vigorar até 2020, já que a maioria destes projectos só deve arrancar no terreno após 2016, quer dizer, já com o novo Governo em funções.

O actual Executivo deu preferência às ligações aos portos, favorecendo o transporte de mercadorias em detrimento do de passageiros. Neste plano de novos investimentos em infra-estruturas ferroviárias, o ‘substituto’ do TGV, em tempos designado por LTM – Linha de Transporte Mercadorias, é o projecto do corredor Sines/Setúbal/Lisboa/Caia, em direcção a Espanha, cujo investimento está calculado entre 800 milhões e mil milhões de euros. Apesar de ser reclamado insistentemente pelos diversos operadores nacionais, também só deverá arrancar depois de 2016.

00:05 h
Nuno Miguel Silva
Económico