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Lisboa sujeita à lei do improviso
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Lisboa sujeita à lei do improviso
Muitas vezes as melhores intenções, na gestão das grandes cidades, resultam em fracassos ao serem transpostas para o plano prático. Por mau planeamento ou deficiente concretização do que estava delineado.
Fixemo-nos em Lisboa. E reparemos num caso que todos conhecem: o da Ribeira das Naus.
A reabilitação da frente ribeirinha da capital, entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré, demorou anos. A distância entre os dois pontos é curta, mas nem isso impediu as obras de estarem paradas durante demasiado tempo, sob pretextos vários, para evidente prejuízo de quem vive e trabalha na cidade ou apenas a visita como turista.
Há pouco mais de um ano, foi inaugurada a segunda fase deste processo de requalificação, que envolveu inicialmente a abertura de uma avenida e o avanço da margem sobre o rio.
Faltava concluir a requalificação da Doca da Caldeirinha e da Doca Seca, equipamentos finalmente concluídos em Julho de 2014, data em que esta zona nobre da cidade foi finalmente devolvida ao trânsito automóvel e pedonal.
Fim da história?
Infelizmente não. Porque a recente Avenida das Naus passou a ter, a partir de então, funcionamento intermitente.
Desde a inauguração já foi várias vezes fechada ao trânsito para sucessivas obras de repavimentação. Em 13 de Agosto, surgiu novo percalço, prenunciando um encerramento mais demorado: a Câmara revelou que era necessário substituir a ponte de madeira, que já tinha sofrido danos diversos ao fim de pouco mais de um ano de funcionamento.
Até ao próximo dia 3, se os prazos foram cumpridos, os lisboetas e os forasteiros que nos visitam continuarão a deparar ali novamente com um pequeno estaleiro destinado à manutenção e substituição do piso do passadiço.
Nenhum destes transtornos aconteceria se as obras tivessem sido planeadas com mais cuidado, se os materiais escolhidos fossem os adequados à função que desempenham, se o eleitoralismo não se impusesse demasiadas vezes na gestão dos assuntos da capital.
Os munícipes de Lisboa – e todos quantos utilizam estes equipamentos da cidade – fazem votos para que as obras novamente em curso na Ribeira das Naus fiquem concluídas no prazo estipulado, sem acréscimo significativo de despesa. E esperam que não se repita o que ali tem sucedido: mal se conclui uma reparação, logo outra imediatamente se prepara, com novas interrupções do trânsito e os consequentes incómodos para os cidadãos.
Como se Lisboa andasse sujeita à lei do improviso permanente, o que constitui a antítese de um genuíno serviço público.
Mauro Xavier,
Gestor
OJE.pt
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