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Concluo já
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Concluo já
Passado o primeiro terço do anunciado e único debate televisivo entre os dois homens que podem vir a chefiar o governo português dentro de um mês, entrávamos todos na iminência de ouvir uma frase batida: "Muito haveria a dizer sobre a Segurança Social (ou os impostos, ou a Saúde, ou a Educação, ou a Justiça, estrategicamente deixada em sossego)... mas não temos tempo". Com tantas regras, tantas "reguadas" aos candidatos, percebeu-se como esse esmiuçar da regulamentação matou a base daquele encontro, que consistia - corrijam-me se estiver enganado - no "confronto de ideias". Assim, com dois minutos e meio para expor uma solução sectorial e com minuto e meio para tentar rebatê-la, tornou-se visível que tudo ficava reduzido ao sumário, ao soundbyte, à artificial fuga a qualquer escaramuça (à excepção de Sócrates, vamos lá, transformado em arma de arremesso até escorregar para um "tiro no pé"), mesmo aquela que aqui deveria florescer naturalmente porque faz parte do antagonismo, político ou não.
Em demasiadas ocasiões, os três jornalistas - todos com provas dadas nos domínios da entrevista e da moderação - vestiram a pele de cronometristas, mais preocupados com os relógios e com a passagem ao tema seguinte. Em diversos temas, os questionados limitaram-se a debitar intenções programáticas e, fazendo-o verbalmente, sem espaço para explicações capazes de trazer esses princípios a uma dimensão mais humana e mais palpável, ficaram aquem dos programas escritos. Um exemplo? As palavras cruzadas no Museu da Electricidade, cenário feliz e terreno neutro entre televisões, sobre "plafonamento", vertical ou horizontal, deixaram toda a gente na mesma, "oblíqua" face ao tema. Quanto aos silêncios, regista-se um ensurdecedor: nem uma questão nem uma ideia sobre o resto do mundo, dos refugiados à Europa. Se nos medissemos por ali, estávamos de novo orgulhosamente sós. Por mim, concluo já: não gostei. Por isso, queria mais. E melhor.
por JOÃO GOBERN
Diário de Notícias
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