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Vesúvio, um vulcão de sabores
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Vesúvio, um vulcão de sabores
A subida do rio Douro por barco leva-nos ao destino: a Quinta do Vesúvio, que pertenceu a António Bernardo Ferreira, sogro de D. Antónia Adelaide Ferreira, a quem coube depois a sua posse. Aqui, tudo é história, e evoca-se a proeza dos 500 homens e 13 anos de trabalho para se dar forma aos socalcos e plantar milhares de pés de vinha desde que fora comprada em 1823 por António Bernardo Ferreira.
Depois, durante a grave crise que a doença da filoxera instalou no sector e que levou ao despedimento e miséria de quem vivia da viticultura, foi a vez de D. Antónia fazer aqui história. Num gesto altruísta de grande dimensão, em vez de despedir os seus trabalhadores decidiu dar-lhes outros trabalhos, como o de construir um enorme muro de pedra ao longo de 16 quilómetros e que ainda hoje é visível a delimitar a Quinta.
E foi também aqui que se escreveu mais uma página de história, esta bem negra. O Barão de Forrester, grande amigo de D. Antónia, decidiu acompanhá-la, rio abaixo, até à Régua. Por alturas da garganta conhecida como o Cachão da Valeira, o barco voltou-se. O Barão, que normalmente usava um cinto cheio com moedas de ouro, foi de pronto arrastado para o fundo do rio devido ao peso. Já D. Antónia salvou-se devido às suas enormes saias que fizeram balão e a mantiveram a flutuar.
A Quinta do Vesúvio esteve depois nas mãos da família Brito e Cunha até que em 1989 foi comprada pelos Symington, família que já era produtora de vinhos no Douro desde há cinco gerações. Foram eles quem agora me recebeu e me deram a provar as suas últimas novidades: os tintos Quinta do Vesúvio 2012 e o Pombal do Vesúvio 2011, vinhos de grande qualidade que honram a memória de D. Antónia Adelaide Ferreira.
O Quinta do Vesúvio 2012 beneficiou de um grande ano com as uvas a chegarem ao estado de maturação óptimo. Boa frescura e acidez, muito devido ao facto de a Touriga Nacional vir da Quinta Nova, lá bem no alto, ‘temperadas’ com a Touriga Franca que vem de zona mais baixa, o Vale da Teja. A madeira francesa dá-lhe complexidade e apresenta um grande final de boca. O segundo vinho, o Pombal do Vesúvio 2011, beneficiou das características deste ano excelente, apresentando um néctar com volume, equilibrado, complexo e também com enorme final de boca. Duas preciosidades que o mercado não pode ignorar.
jmoroso@netcabo.pt
José Manuel Moroso | 10/09/2015 16:00
SOL
Depois, durante a grave crise que a doença da filoxera instalou no sector e que levou ao despedimento e miséria de quem vivia da viticultura, foi a vez de D. Antónia fazer aqui história. Num gesto altruísta de grande dimensão, em vez de despedir os seus trabalhadores decidiu dar-lhes outros trabalhos, como o de construir um enorme muro de pedra ao longo de 16 quilómetros e que ainda hoje é visível a delimitar a Quinta.
E foi também aqui que se escreveu mais uma página de história, esta bem negra. O Barão de Forrester, grande amigo de D. Antónia, decidiu acompanhá-la, rio abaixo, até à Régua. Por alturas da garganta conhecida como o Cachão da Valeira, o barco voltou-se. O Barão, que normalmente usava um cinto cheio com moedas de ouro, foi de pronto arrastado para o fundo do rio devido ao peso. Já D. Antónia salvou-se devido às suas enormes saias que fizeram balão e a mantiveram a flutuar.
A Quinta do Vesúvio esteve depois nas mãos da família Brito e Cunha até que em 1989 foi comprada pelos Symington, família que já era produtora de vinhos no Douro desde há cinco gerações. Foram eles quem agora me recebeu e me deram a provar as suas últimas novidades: os tintos Quinta do Vesúvio 2012 e o Pombal do Vesúvio 2011, vinhos de grande qualidade que honram a memória de D. Antónia Adelaide Ferreira.
O Quinta do Vesúvio 2012 beneficiou de um grande ano com as uvas a chegarem ao estado de maturação óptimo. Boa frescura e acidez, muito devido ao facto de a Touriga Nacional vir da Quinta Nova, lá bem no alto, ‘temperadas’ com a Touriga Franca que vem de zona mais baixa, o Vale da Teja. A madeira francesa dá-lhe complexidade e apresenta um grande final de boca. O segundo vinho, o Pombal do Vesúvio 2011, beneficiou das características deste ano excelente, apresentando um néctar com volume, equilibrado, complexo e também com enorme final de boca. Duas preciosidades que o mercado não pode ignorar.
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José Manuel Moroso | 10/09/2015 16:00
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