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O PREC do PS
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O PREC do PS
O PS e António Costa transformaram-se num desastre em câmara lenta. Agora querem fazer um referendo interno para saber se devem virar à extrema-esquerda, coligar-se com Bloco e PCP, ou se é melhor inventar uma habilidade qualquer e fazer de conta que esta semana não aconteceu. Porque não um referendo nacional, uma coisa aberta a todos que dê aquele ar moderninho que excita tanta gente? Uma roda de simpatizantes talvez capaz de esconder aquilo que se tornou evidente nestes dias de balbúrdia: o secretário-geral do PS, apesar de um percurso construído com seriedade e inteligência, destruiu o capital político que tinha. Ficou sem bússola ideológica e programática no meio da tempestade. Perdeu a intuição. Tornou-se irreconhecível. Já não comanda. Divide. É uma ameaça. Procura sobreviver a uma crise, em grande medida autoinfligida, por causa de um descarado apetite pelo poder que deveria tê-lo levado a fazer muito mais e melhor na campanha eleitoral, mas não agora, quando o que se lhe pedia era apenas que soubesse aguentar, ouvir e esperar, para depois agir com responsabilidade e sentido das consequências.
Um referendo será sempre visto como uma espécie de plebiscito à liderança, ou seja, é uma falsidade, não pretende dar resposta à pergunta colocada. Justiça seja feita, a ideia do referendo não é de António Costa. Mas a falta de uma voz de comando resvala sempre para estas incursões desesperadas. O secretário-geral do PS tem razão quando diz que todos os partidos devem ser incluídos na discussão sobre o futuro do país. Mas o que ele, Costa, se propôs fazer é mais do que isso. Quer fintar o resultado eleitoral, mesmo que para isso tenha de estender a mão ao Bloco, um mil-folhas de ideias com muito de trotskista (revolucionário, portanto), e ao PCP, um partido zombie que se alimenta das fraquezas alheias para sobreviver às suas insanáveis contradições pós-modernas. Se isto não é uma maioria negativa, então não existem maiorias negativas. A erosão provocada no PS pela derrota de domingo deu lugar a um enorme buraco no centro-esquerda. A prazo até pode ser bom, como uma chuvada torrencial em agosto, mas para já leva tudo à frente. Os socialistas vivem um novo PREC, querem atirar o país para essa triste aventura.
por André Macedo
Diário de Notícias
Um referendo será sempre visto como uma espécie de plebiscito à liderança, ou seja, é uma falsidade, não pretende dar resposta à pergunta colocada. Justiça seja feita, a ideia do referendo não é de António Costa. Mas a falta de uma voz de comando resvala sempre para estas incursões desesperadas. O secretário-geral do PS tem razão quando diz que todos os partidos devem ser incluídos na discussão sobre o futuro do país. Mas o que ele, Costa, se propôs fazer é mais do que isso. Quer fintar o resultado eleitoral, mesmo que para isso tenha de estender a mão ao Bloco, um mil-folhas de ideias com muito de trotskista (revolucionário, portanto), e ao PCP, um partido zombie que se alimenta das fraquezas alheias para sobreviver às suas insanáveis contradições pós-modernas. Se isto não é uma maioria negativa, então não existem maiorias negativas. A erosão provocada no PS pela derrota de domingo deu lugar a um enorme buraco no centro-esquerda. A prazo até pode ser bom, como uma chuvada torrencial em agosto, mas para já leva tudo à frente. Os socialistas vivem um novo PREC, querem atirar o país para essa triste aventura.
por André Macedo
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