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Mensagem por Admin Ter Nov 03, 2015 12:07 am

A nossa geração tem uma oportunidade única. Se nos empenharmos nisso, poderemos ser os primeiros na história da humanidade a deixar nada às nossas crianças, nem emissões de carbono, nem pobreza, nem perda de biodiversidade.

Este foi o caminho definido pelos líderes mundiais no encontro em Nova Iorque, na Sede das Nações Unidas, a 25 de Setembro, para adoptar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (SDG, sigla original). Os 17 objectivos a médio prazo vão desde acabar com a pobreza e melhorar as condições de saúde a proteger a biosfera do planeta e assegurar o fornecimento de energia a todos. E são resultado da maior cimeira da história das Nações Unidas, a Conferência do Rio em 2012, seguida da consulta mais representativa alguma vez realizada pelas Nações Unidas.
 
Ao contrário dos seus antecessores, os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, que se focaram quase exclusivamente nos países em vias de desenvolvimento, os novos objectivos são agora universais e aplicam-se de forma igual a todos os países. E a sua adopção revela a aceitação generalizada do facto de todos os países partilharem a responsabilidade pela estabilidade duradoura dos ciclos naturais da Terra, dos quais depende a capacidade do Planeta para nos manter.
 
De facto, os SDG são o primeiro quadro de desenvolvimento que reconhece uma mudança fundamental na nossa relação com o Planeta. Pela primeira vez em 4,5 mil milhões de anos de história, os factores que determinam a estabilidade do sistema deixaram de ser a distância do planeta ao sol, ou a intensidade e a frequência da actividade vulcânica e passaram a ser a economia, a política e a tecnologia.
 
Na maior parte dos últimos 12.000 anos, o clima da Terra foi relativamente estável e a biosfera saudável e resiliente. Os geólogos chamaram a este período o Holoceno. Mais recentemente, passamos para o início de um período que chamam Antropoceno, uma era muito menos previsível de alterações climáticas provocadas pela actividade humana.
 
Esta mudança fundamental precisa de um novo modelo económico. Já não podemos ter como certo – como no pensamento económico dominante – que os recursos são infinitos. Poderemos outrora ter sido uma pequena sociedade num grande planeta. Hoje somos uma sociedade enorme num pequeno planeta.
 
E no entanto, longe de ser utópicos, os SDG são exequíveis em 2030. Alguns países, incluindo Dinamarca, Finlândia, Noruega e a Suécia estão no bom caminho para alcançar muitos deles, e estão a ser feitos grandes progressos noutras partes do mundo. Nas últimas décadas a pobreza foi reduzida a metade. Apesar das parangonas, os conflitos violentos estão a diminuir.

Poderemos outrora ter sido uma pequena sociedade num grande planeta. Hoje somos uma sociedade enorme num pequeno planeta.

Doenças a ser erradicadas. A população mundial a estabilizar. A camada do ozono  apresenta sinais de recuperação. E a revolução digital está a criar disrupção no sector industrial de maneiras que podem beneficiar o planeta.
 
A erradicação da pobreza extrema é um objectivo ao nosso alcance. Hoje, 800 milhões de pessoas vivem com menos de 1,25 dólares por dia, e segundo um recente relatório do Banco Mundial, cerca de 30% vivem na Índia, um gigante adormecido em vias de se industrializar se receber os incentivos adequados. A pobreza está em declínio noutros países também, incluindo na Nigéria (onde 10% dos mais pobres vivem), China (que detém 8%) e Bangladesh (6%).
 
A principal fonte de dúvida diz respeito ao empenho dos países ricos em ajudar os países em desenvolvimento a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa à medida que erradicam a pobreza. Sem a assistência adequada, o risco é que os países mais pobres se tornem dependentes do carvão e do petróleo pelo menos por mais uma geração, colocando o planeta inteiro em perigo de mudanças climáticas fora de controle.
 
Os líderes mundiais têm de tomar consciência que o custo de transformar o sistema global de energia é muito menor do que lidar com as consequências de queimar o que ainda resta de combustíveis fósseis no planeta. Uma pesquisa publicada este mês conclui que consumir o que resta dos hidrocarbonetos resultará no degelo total do Manto de Gelo da Antártida, e eventualmente elevar o nível do mar em 58 metros. O aumento do nível do mar é apenas uma das potenciais ameaças. A seca e as quebras severas na produção agrícola decorrentes das alterações climáticas, por exemplo, poderão desencadear conflitos violentos.
 
Felizmente existe abundância de provas que países e indústria podem prosperar sem contribuírem para as alterações climáticas. Até 2030, diversos países poderão ter-se libertado dos combustíveis fósseis, como a Suécia, a França e a Alemanha provavelmente a abrir caminho. Estes países verão reduzida a poluição atmosférica, melhorias na saúde e bem-estar e uma economia próspera.
 
Deverão igualmente exercer menor pressão na bioesfera. Segundo algumas estimativas, a vida na Terra nunca foi tão diversificada. O valor da biodiversidade é o que faz o nosso ecossistema mais resistente, que é o pré-requisito para uma sociedade estável, a sua destruição gratuita assemelha-se à ideia de atear fogo ao bote salva-vidas. Acabar com a pobreza e reduzir as emissões, incluindo uma gestão eficiente do uso do solo e travar a desflorestação, constituirá um passo significativo no sentido de travar a tendência e reverter os danos.
 
Empresas como o Ikea e a Unilever estão na vanguarda com genuínos esforços para assumir a sua responsabilidade pelos recursos, ambiente e o ecossistema do Planeta. Uma das razões é a tomada de consciência dos consumidores que faz com que a degradação do ecossistema seja mau para o negócio. Ao mesmo tempo, toda a indústria, desde a da tecnologia de informação até à da agricultura, depende de serviços prestados pela natureza. Gerir floresta, rios, pastagens e recifes de coral de maneira sustentável torna-os mais resilientes e aumenta a sua capacidade de absorver gases com efeito de estufa, o que é bom para o negócio.
 
Somos a primeira geração que pode fazer uma escolha consciente acerca da direcção que o nosso planeta tomará. Ou deixamos aos nossos descendentes uma herança de zero pobreza, zero utilização de combustíveis fósseis, e zero perda de biodiversidade, ou os deixamos perante uma factura do planeta Terra que os poderá aniquilar.
 
Johan Rockström é professor em Sustentabilidade Global e director do Centro Resiliente na Universidade de Estocolmo
 
Direitos de Autor: Project Syndicate, 2015.
www.project-syndicate.org
Tradução: Rosa Castelo

02 Novembro 2015, 22:58 por Johan Rockström
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