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Portugal: uma contribuição para reformar a Europa?
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Portugal: uma contribuição para reformar a Europa?
A nova solução de governo para Portugal é uma lição para a Europa, por várias razões. Uma delas porque, apesar dos frequentes discursos dos líderes europeus, o projeto de criação de uma verdadeira União Europeia continua por realizar e, por isso, também por concretizar o prometido aumento do crescimento e da competividade, a construção de uma sociedade mais igual e solidária, persistindo (e mesmo agravando) as enormes desigualdades e o empobrecimento generalizado.
Porque assim é não será de estranhar que os resultados das eleições realizadas nos países que mais sofreram com a “Falta de Europa” - como é o caso de Portugal - conduzam a um enorme desconforto e a votos de protesto, negativamente refletidos nos partidos liberais que governam e, pelo contrário, a votação favoreça os partidos da área social-democrata e do socialismo democrático, ou mesmo em partidos à sua esquerda. Era inevitável e apenas uma questão de tempo!
Em Portugal, apesar da Coligação PSD/CDS-PP ser a força política mais votada nas últimas eleições, a leitura que se pode fazer de uma maioria de esquerda no Parlamento é a de uma clara insatisfação dos eleitores pelas políticas de austeridade seguidas, com a consequente quebra do poder de compra delas resultantes, e de um certo desencanto em relação à Europa. Esta leitura torna evidente uma sentida necessidade de mudança, ou seja, a necessidade de experimentar alternativas que conduzam a um maior nível de satisfação dos cidadãos.
A formação de um governo do PS com um acordo de incidência parlamentar para a legislatura com os partidos à sua esquerda, por ser novidade, gera uma enorme expectativa. Mas também concentra em si uma enorme esperança e uma ainda maior responsabilidade. Esperança porque tendo o nosso PIB caído, em termos acumulados 5,6% desde o início da crise, com os consequentes efeitos negativos nos indicadores de pobreza, devemos acreditar que a alternativa que agora se inicia, nos poderá trazer boas notícias. Responsabilidade porque sendo uma experiência inovadora no país fará recair sobre o PS, e os partidos à sua esquerda, uma atenção redobrada sobre a sua ação, e uma permanente concertação para reduzir o risco de insucesso.
Independentemente das posições ideológicas de cada um devemos dar o benefício da dúvida a quem, acreditando que a agressiva austeridade conduziu a políticas geradoras de uma enorme destruição do potencial económico futuro, terá de conciliar políticas de crescimento e emprego com o equilíbrio financeiro exigido pelos compromissos europeus, mas com um maior equilíbrio social. Seria mesmo desejável que a nova aposta política em Portugal possa contribuir para se repensar as políticas no quadro da União. Se tal não acontecer os exemplos da Grécia e de Portugal replicar-se-ão, provavelmente já nas próximas eleições em Espanha!
00:05 h
Francisco Murteira Nabo
Económico
Porque assim é não será de estranhar que os resultados das eleições realizadas nos países que mais sofreram com a “Falta de Europa” - como é o caso de Portugal - conduzam a um enorme desconforto e a votos de protesto, negativamente refletidos nos partidos liberais que governam e, pelo contrário, a votação favoreça os partidos da área social-democrata e do socialismo democrático, ou mesmo em partidos à sua esquerda. Era inevitável e apenas uma questão de tempo!
Em Portugal, apesar da Coligação PSD/CDS-PP ser a força política mais votada nas últimas eleições, a leitura que se pode fazer de uma maioria de esquerda no Parlamento é a de uma clara insatisfação dos eleitores pelas políticas de austeridade seguidas, com a consequente quebra do poder de compra delas resultantes, e de um certo desencanto em relação à Europa. Esta leitura torna evidente uma sentida necessidade de mudança, ou seja, a necessidade de experimentar alternativas que conduzam a um maior nível de satisfação dos cidadãos.
A formação de um governo do PS com um acordo de incidência parlamentar para a legislatura com os partidos à sua esquerda, por ser novidade, gera uma enorme expectativa. Mas também concentra em si uma enorme esperança e uma ainda maior responsabilidade. Esperança porque tendo o nosso PIB caído, em termos acumulados 5,6% desde o início da crise, com os consequentes efeitos negativos nos indicadores de pobreza, devemos acreditar que a alternativa que agora se inicia, nos poderá trazer boas notícias. Responsabilidade porque sendo uma experiência inovadora no país fará recair sobre o PS, e os partidos à sua esquerda, uma atenção redobrada sobre a sua ação, e uma permanente concertação para reduzir o risco de insucesso.
Independentemente das posições ideológicas de cada um devemos dar o benefício da dúvida a quem, acreditando que a agressiva austeridade conduziu a políticas geradoras de uma enorme destruição do potencial económico futuro, terá de conciliar políticas de crescimento e emprego com o equilíbrio financeiro exigido pelos compromissos europeus, mas com um maior equilíbrio social. Seria mesmo desejável que a nova aposta política em Portugal possa contribuir para se repensar as políticas no quadro da União. Se tal não acontecer os exemplos da Grécia e de Portugal replicar-se-ão, provavelmente já nas próximas eleições em Espanha!
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