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É a economia
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É a economia
Não é uma questão de esquerda ou direita. É a economia, camaradas!
Os anos anteriores a 2011 mostraram como uma economia débil, o descontrolo orçamental e um modelo de desenvolvimento assente no consumo interno e no investimento público desenfreado conduzem ao desastre. No nosso caso, o desastre deu pelo nome de resgate financeiro, trazendo consigo um duríssimo programa que o País cumpriu com esforço, determinação e dignidade.
Foi essa vontade que nos permitiu reerguer. A nossa economia reconfigurou-se. Robusteceu-se. O foco nas exportações sobrepôs-se ao costumeiro afã importador e passaram a bater recordes ano após ano. As empresas tornaram-se mais competitivas, mais produtivas, mais inovadoras e empreendedoras.
Os parceiros sociais concertaram-se (com a tradicional autoexclusão da CGTP). Governo, empresários e trabalhadores entenderam-se em torno de reformas essenciais. As famílias portuguesas fizeram a sua parte: prudentes, voltaram a valorizar a poupança; solidárias, não deixaram ninguém para trás. A economia social ganhou em dignidade e em capacidade de ação. Que combustível foi este? A resposta parece simples: confiança.
A confiança é a ignição e o motor da economia, de qualquer economia que funciona. Mas se a confiança é difícil de conquistar, é muito fácil de se perder. O novo governo tem por isso uma responsabilidade que, desconfio, ainda não apreendeu em toda a sua extensão. Tem a responsabilidade de não deitar a perder o que, a tanto custo, se conquistou. Porque a confiança não tem a ver com esquerda ou direita. Tem a ver com o que se faz em concreto, no terreno, com as decisões que se tomam todos os dias. Com pragmatismo, se quiserem.
Não basta um programa pintalgado aqui e ali de medidas simpáticas e populares, geradas por estados de alma ou fomentadas por ideologias cristalizadas. O nível de intensidade que o governo deve prosseguir para um bom modelo de captação de investimento não passa por conversa fiada. Passa por estabilidade legislativa, fiscal, laboral e política, por criar e manter a tal atmosfera de confiança.
Só assim se consegue aproveitar devidamente os fundos comunitários do Portugal 2020, uma oportunidade única para dar mais músculo a vários setores da economia, em particular ao setor exportador da indústria. Se assim não for, não há criação de riqueza que consiga fazer face à despesa pública, boa ou má, de investimento ou primária. E pior do que isso: não há estado social nem bem-estar que subsistam. Não é uma questão de esquerda nem de direita. É mais do que isso. É acreditarmos uns nos outros. É a economia, camaradas!
03.12.2015 00:30
LUÍS CAMPOS FERREIRA
Deputado
Correio da Manhã
Os anos anteriores a 2011 mostraram como uma economia débil, o descontrolo orçamental e um modelo de desenvolvimento assente no consumo interno e no investimento público desenfreado conduzem ao desastre. No nosso caso, o desastre deu pelo nome de resgate financeiro, trazendo consigo um duríssimo programa que o País cumpriu com esforço, determinação e dignidade.
Foi essa vontade que nos permitiu reerguer. A nossa economia reconfigurou-se. Robusteceu-se. O foco nas exportações sobrepôs-se ao costumeiro afã importador e passaram a bater recordes ano após ano. As empresas tornaram-se mais competitivas, mais produtivas, mais inovadoras e empreendedoras.
Os parceiros sociais concertaram-se (com a tradicional autoexclusão da CGTP). Governo, empresários e trabalhadores entenderam-se em torno de reformas essenciais. As famílias portuguesas fizeram a sua parte: prudentes, voltaram a valorizar a poupança; solidárias, não deixaram ninguém para trás. A economia social ganhou em dignidade e em capacidade de ação. Que combustível foi este? A resposta parece simples: confiança.
A confiança é a ignição e o motor da economia, de qualquer economia que funciona. Mas se a confiança é difícil de conquistar, é muito fácil de se perder. O novo governo tem por isso uma responsabilidade que, desconfio, ainda não apreendeu em toda a sua extensão. Tem a responsabilidade de não deitar a perder o que, a tanto custo, se conquistou. Porque a confiança não tem a ver com esquerda ou direita. Tem a ver com o que se faz em concreto, no terreno, com as decisões que se tomam todos os dias. Com pragmatismo, se quiserem.
Não basta um programa pintalgado aqui e ali de medidas simpáticas e populares, geradas por estados de alma ou fomentadas por ideologias cristalizadas. O nível de intensidade que o governo deve prosseguir para um bom modelo de captação de investimento não passa por conversa fiada. Passa por estabilidade legislativa, fiscal, laboral e política, por criar e manter a tal atmosfera de confiança.
Só assim se consegue aproveitar devidamente os fundos comunitários do Portugal 2020, uma oportunidade única para dar mais músculo a vários setores da economia, em particular ao setor exportador da indústria. Se assim não for, não há criação de riqueza que consiga fazer face à despesa pública, boa ou má, de investimento ou primária. E pior do que isso: não há estado social nem bem-estar que subsistam. Não é uma questão de esquerda nem de direita. É mais do que isso. É acreditarmos uns nos outros. É a economia, camaradas!
03.12.2015 00:30
LUÍS CAMPOS FERREIRA
Deputado
Correio da Manhã
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