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A crise da meia-idade e os desejos para 2016
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A crise da meia-idade e os desejos para 2016
Nunca atribuí grande valor ou importância à crise da meia-idade. Sempre achei que se alimentava de estereótipos bem concebidos com o intuito de aguçar o apetite para um consumismo dirigido
Tinha este esboço de texto guardado há algum tempo esperando o momento certo para o publicar. A verdade é que ele nunca veio.
Agora que atingimos o fim desta aventura “cronista” não restam mais alternativas e como estamos no fim do ano decidi juntar-lhe alguns desejos (típicos ou não) para 2016.
Sobre a crise da meia-idade?! Nunca lhe atribuí grande valor ou importância. Sempre achei que se alimentava de estereótipos bem concebidos com o intuito de aguçar o apetite para um consumismo dirigido. Seja um descapotável ou fármacos para alimentar a eterna juventude, sempre considerei um disparate e criticava (mentalmente) essa postura do homem de meia-idade. E continuo a considerar, apenas passei a compreender melhor algo que (reparei também) vem com a idade – a capacidade de juízo. A forma como lidamos com a frustração da transformação física (porque é sobretudo disso que se trata), varia de homem para homem. Assume diferentes atitudes, desejos, caprichos e devaneios.
Por vezes a sensação que dá é a do náufrago que, condenado, continua a esbracejar para se manter à tona e respirar. É perceber que está na altura de mudar mas continuar a resistir. O melhor era “mergulhar”, aceitar o desfecho da vida e tirar partido do conforto da sua segunda metade. É que, enquanto estamos perdidos neste marasmo, acabamos por não usufruir realmente de nada. Não é?!
Por um lado a ânsia de se manter jovem, reeditando o que há 20 anos fazia sentido mas agora se torna patético. Por outro, adiamos o que de bom a vida depois dos 40 nos trás, ignorando o que nos pode efetivamente fazer felizes.
Não concluí nada com esta reflexão, mas confesso que cada vez me afasto mais do passado e disfruto dos prazeres da segunda metade. E é nesta condição de – digamos – cada vez mais ancião, que gostaria de partilhar convosco alguns desejos para 2016. Desde logo desejo que o PCP me contrarie e não deixe cair o actual governo.
Desejo que o próximo Presidente não seja um negativo do actual! A hiperactividade e mexeriquice também podem fazer mal ao país. Desejo que a Europa se afaste de vez desta tentação extremista. Que volte a abraçar os valores da sua fundação. Desejo que se torne definitivamente laica e que combata (pela força dos actos e não das armas) os extremismos que nos conduziram sempre à desgraça. Desejo um Portugal melhor e mais solidário e (para que isto não termine a parecer um discurso de candidata a Miss Universo) desejo que o meu Benfica seja campeão!
Um grande bem-haja a quem desse lado me leu.
Escreve ao sábado
FILIPE BAPTISTA
12/12/2015 11:00
Tinha este esboço de texto guardado há algum tempo esperando o momento certo para o publicar. A verdade é que ele nunca veio.
Agora que atingimos o fim desta aventura “cronista” não restam mais alternativas e como estamos no fim do ano decidi juntar-lhe alguns desejos (típicos ou não) para 2016.
Sobre a crise da meia-idade?! Nunca lhe atribuí grande valor ou importância. Sempre achei que se alimentava de estereótipos bem concebidos com o intuito de aguçar o apetite para um consumismo dirigido. Seja um descapotável ou fármacos para alimentar a eterna juventude, sempre considerei um disparate e criticava (mentalmente) essa postura do homem de meia-idade. E continuo a considerar, apenas passei a compreender melhor algo que (reparei também) vem com a idade – a capacidade de juízo. A forma como lidamos com a frustração da transformação física (porque é sobretudo disso que se trata), varia de homem para homem. Assume diferentes atitudes, desejos, caprichos e devaneios.
Por vezes a sensação que dá é a do náufrago que, condenado, continua a esbracejar para se manter à tona e respirar. É perceber que está na altura de mudar mas continuar a resistir. O melhor era “mergulhar”, aceitar o desfecho da vida e tirar partido do conforto da sua segunda metade. É que, enquanto estamos perdidos neste marasmo, acabamos por não usufruir realmente de nada. Não é?!
Por um lado a ânsia de se manter jovem, reeditando o que há 20 anos fazia sentido mas agora se torna patético. Por outro, adiamos o que de bom a vida depois dos 40 nos trás, ignorando o que nos pode efetivamente fazer felizes.
Não concluí nada com esta reflexão, mas confesso que cada vez me afasto mais do passado e disfruto dos prazeres da segunda metade. E é nesta condição de – digamos – cada vez mais ancião, que gostaria de partilhar convosco alguns desejos para 2016. Desde logo desejo que o PCP me contrarie e não deixe cair o actual governo.
Desejo que o próximo Presidente não seja um negativo do actual! A hiperactividade e mexeriquice também podem fazer mal ao país. Desejo que a Europa se afaste de vez desta tentação extremista. Que volte a abraçar os valores da sua fundação. Desejo que se torne definitivamente laica e que combata (pela força dos actos e não das armas) os extremismos que nos conduziram sempre à desgraça. Desejo um Portugal melhor e mais solidário e (para que isto não termine a parecer um discurso de candidata a Miss Universo) desejo que o meu Benfica seja campeão!
Um grande bem-haja a quem desse lado me leu.
Escreve ao sábado
FILIPE BAPTISTA
12/12/2015 11:00
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