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Da crueldade
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Da crueldade
“Mas algumas coisas são imperdoáveis. A crueldade deliberada é imperdoável.”
Tennessee Williams
1 - “Boa tarde Dra. Idalina Perestrelo
Venho por este meio informar que em 2014 recebemos 2533 animais abandonados. Foram realizadas 248 esterilizações e 1227 eutanásias no Canil Municipal do Funchal. (…)
Qualquer questão, disponha
Muito obrigado
Cumprimentos”
(Relatório Canil Municipal – SPAD) 5 de Fevereiro 2015
2 – No princípio de 2014, o Presidente da CMF comprometeu-se a tomar medidas para acabar com o abate de animais de companhia: campanhas de esterilização, uma política de adopção, melhorias no canil Vasco Gil.
Embora a CMF tenha assinado em Novembro de 2014 um protocolo com a MAW para efectuar esterilizações, o número destas foi insignificante.
As campanhas de adopção foram esporádicas e não devidamente divulgadas.
As obras no Vasco Gil parecem ter consistido em pintar o compartimento do funcionário e o gabinete da SPAD, melhorar os esgotos e sistema de escoamento das águas. Nada que melhore a vida dos animais ou permita aumentar o seu número.
3 - Em Abril de 2015, o PCP apresentou na Assembleia Legislativa um projecto de decreto-lei que proibia o abate de animais de companhia na RAM. Esse decreto-lei foi aprovado na generalidade por todos os partidos.
- Paulo Cafôfo, como presidente da Associação de Municípios, pediu um adiamento de 60 dias para entregar um parecer.
A 23 de Julho, foi enviada aos municípios a minuta de um parecer negativo, assinada por Paulo Cafôfo.
A 3 de Agosto, foi enviado um novo parecer, este bem redigido, com uma citação de Gandhi e lembrando que os animais são seres sencientes; este segundo parecer, favorável, pedia um “período de transição” para a aplicação da lei.
4 - Em Outubro, foi votada na Assembleia Municipal uma proposta do CDS que visava proibir o abate no Funchal. Esta foi aprovada por unanimidade. A partir daí o abate tornou-se ilegal.
Entretanto, o PSD “esqueceu-se” de que tinha votado a favor do projecto-lei do PCP, e apresentou na Assembleia Legislativa uma proposta com o mesmo fim. Esta foi aprovada na generalidade.
5 – Como era de esperar, a CMF retaliou. Em vez de criar quaisquer estruturas (mesmo provisórias) para enfrentar a situação, preferiu ignorá-la. Afinal, é mais fácil e barato deixar os animais morrerem na rua. Segundo o DN de hoje (14 de Dezembro), nunca o descalabro foi tão grande. A SPAD recusa-se a acolher animais, mesmo feridos ou doentes. Estes são deixados no local onde se encontram. Há fêmeas a darem à luz à beira das estradas. Há animais bebés a serem atropelados. As Associações de Animais recebem inúmeros pedidos de ajuda aos quais não podem dar resposta.
6 – Como é que se combate isto? Como é que se combate a falta de inteligência e sensibilidade? Não sei. Afinal, não se pode pôr uma alma onde não existe nada.
Ana Teresa Pereira Escritora
Diário de Notícias da Madeira
Quinta, 17 de Dezembro de 2015
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