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O padre, o oficial e o político. Traumas de Goa, 54 anos depois
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O padre, o oficial e o político. Traumas de Goa, 54 anos depois
RENDIÇÃO. Contra a vontade de Salazar os soldados portugueses foram feitos prisioneiros em vários campos
GETTY
A 18 de dezembro de 1961, fez esta sexta-feira 54 anos, as tropas de Nehru invadiram as possessões portuguesas do sul da Índia. Um ministro português da altura, Pedro Soares Martinez - num testemunho inédito -, o capelão das tropas em Damão e o único oficial ainda vivo dos três que foram expulsos das Forças Armadas contam, na primeira pessoa, o que se passou
Na madrugada de 18 de dezembro de 1961, tinham então passado 450 anos sobe a conquista de Goa, as tropas da União Indiana tomaram as últimas concessões coloniais na Índia, tornando todo o território indiano independente.
Contra 50 mil homens da União Indiana, armada e modernizada, o exército português arregimentado entre Goa, Damão e Diu, composto por três mil e quinhentos soldados, rendeu-se 36 horas depois. A rendição, assinada pelo último governador do estado português na Índia, o general Manuel António Vassalo e Silva, foi tomada à revelia de Salazar, que, num telegrama em despacho para o palácio do Governador, comunicara: “Não prevejo possibilidade de tréguas, nem prisioneiros portugueses, como não haverá navios rendidos, pois sinto que apenas pode haver soldados e marinheiros vitoriosos ou mortos.” Mas, contra a previsão do Presidente do Conselho, houve uma total rendição dos militares. Dos três mil e quinhentos militares presentes, apenas 25 morreram. A maioria não entrou em combate.
Da tragédia de Goa ficou um herói: Oliveira e Carmo, o comandante da lancha Vega. Perdido no meio do mar, desesperado e solitário, atacou um cruzador indiano até ser abatido, tornando-se, tragicamente, o símbolo metafórico de um império à deriva.
Salazar nunca reconheceu o estado indiano. Nem perdoou aos militares que não "salvaram a honra da pátria". No regresso a Portugal foram severamente castigados.
Pedro Soares Martinez, professor de Direito, na altura ministro de Salazar, conta, num testemunho inédito, o que se passou no histórico conselho de ministros de 22 de março de 1963, onde se decidiu o destino dos oficiais, cujas consequências revelamos nos testemunhos de António da Silva Mendes, então capelão militar, e de Manuel Marques da Silva, o único oficial vivo, dos três expulsos da marinha, na sequência da invasão de Goa.
Ler mais - http://expresso.sapo.pt/sociedade/2015-12-19-O-padre-o-oficial-e-o-politico.-Traumas-de-Goa-54-anos-depois
ANA SOROMENHO
19.12.2015 às 14h00
Expresso
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