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Três palavras para 2016
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Três palavras para 2016
O que se pode esperar do ano que dentro de dias começa é que traga ao país, aos cidadãos e às empresas uma realidade mais positiva, materializando os sinais de alento dos últimos semestres. Mais do que uma análise ao passado recente e ao ano de mudança que agora termina, o importante é olhar para a frente e encontrar confiança. Alguns aspetos são decisivos para podermos ser otimistas quanto a 2016.
1. Estabilidade. Já em janeiro, o mais tardar em fevereiro, fecha-se um ciclo eleitoral intenso, marcado pela mudança de vários poderes e pela entrada em cena de novos protagonistas. Com um novo presidente - e a questão está apenas em conhecer a dimensão da vitória de Marcelo Rebelo de Sousa -, o clima político tem necessariamente que desanuviar, estabilizando. As pessoas estão cansadas de eleições e esperam agora que os eleitos cumpram as suas funções. Como esperam que os acordos parlamentares que suportam o Governo funcionem. De preferência, sem pôr em causa o essencial. Desejavelmente, sem crises prematuras.
2. Emprego. Todos os indicadores revelam uma tendência estável para a diminuição dos níveis de desemprego desde meados de 2014. Ao mesmo tempo, o emprego - a criação de novos postos de trabalho - tem vindo igualmente a crescer. Esperando que eventuais alterações à legislação laboral não venham ameaçar esta recuperação, o que se deseja é que o novo ano assinale a entrada de muita gente no mercado de trabalho, diminuindo aquela que é, a meu ver, a causa de maiores problemas sociais no nosso país. Quando se usa a palavra esperança, ultimamente muito em voga no discurso político, é sobretudo no emprego que penso.
3. Crescimento. Também aqui, o arranque e a retoma coincidiram com o último ano e meio do Governo anterior. Convém agora, é mesmo fundamental, manter o ritmo e acelerar a recuperação. Desde logo, não tomando medidas que assustem os investidores estrangeiros (os nacionais, assustados ou não, investem sempre que podem). Aproveitando, por outro lado, a chegada à economia real do financiamento europeu dos vários programas do Horizonte 2020. São muitos milhões de euros por dia e têm que ser aplicados com rigor e com eficácia. Mais importante: têm que originar retorno e acréscimo de competitividade. Em matéria económica, espera-se que a reforma do Estado e a desejada estabilidade das políticas fiscais não venham a ser objeto de experimentalismo criativo em 2016. As empresas agradeceriam.
30.12.2015
NUNO BOTELHO
Jornal de Notícias
1. Estabilidade. Já em janeiro, o mais tardar em fevereiro, fecha-se um ciclo eleitoral intenso, marcado pela mudança de vários poderes e pela entrada em cena de novos protagonistas. Com um novo presidente - e a questão está apenas em conhecer a dimensão da vitória de Marcelo Rebelo de Sousa -, o clima político tem necessariamente que desanuviar, estabilizando. As pessoas estão cansadas de eleições e esperam agora que os eleitos cumpram as suas funções. Como esperam que os acordos parlamentares que suportam o Governo funcionem. De preferência, sem pôr em causa o essencial. Desejavelmente, sem crises prematuras.
2. Emprego. Todos os indicadores revelam uma tendência estável para a diminuição dos níveis de desemprego desde meados de 2014. Ao mesmo tempo, o emprego - a criação de novos postos de trabalho - tem vindo igualmente a crescer. Esperando que eventuais alterações à legislação laboral não venham ameaçar esta recuperação, o que se deseja é que o novo ano assinale a entrada de muita gente no mercado de trabalho, diminuindo aquela que é, a meu ver, a causa de maiores problemas sociais no nosso país. Quando se usa a palavra esperança, ultimamente muito em voga no discurso político, é sobretudo no emprego que penso.
3. Crescimento. Também aqui, o arranque e a retoma coincidiram com o último ano e meio do Governo anterior. Convém agora, é mesmo fundamental, manter o ritmo e acelerar a recuperação. Desde logo, não tomando medidas que assustem os investidores estrangeiros (os nacionais, assustados ou não, investem sempre que podem). Aproveitando, por outro lado, a chegada à economia real do financiamento europeu dos vários programas do Horizonte 2020. São muitos milhões de euros por dia e têm que ser aplicados com rigor e com eficácia. Mais importante: têm que originar retorno e acréscimo de competitividade. Em matéria económica, espera-se que a reforma do Estado e a desejada estabilidade das políticas fiscais não venham a ser objeto de experimentalismo criativo em 2016. As empresas agradeceriam.
30.12.2015
NUNO BOTELHO
Jornal de Notícias
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