Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 48 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 48 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
O novo papel das cidades
Página 1 de 1
O novo papel das cidades
A opinião de Francisco Jaime Quesado, presidente da Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP) sobre o lançamento do projeto “Smart Cities Portugal” e o novo papel das cidades.
O lançamento do projeto “Smart Cities Portugal”, envolvendo “redes integradas de cooperação territorial” (municípios, universidades, centros I&D, empresas, sociedade civil), constitui um sinal importante do que devem ser as bases de uma nova agenda para as cidades em Portugal. Em 20 anos de aplicação de fundos europeus, torna-se claro que, apesar de todas as políticas públicas e estratégias tendo em vista a modernização do território português, o país teima em não conseguir assumir uma dinâmica de “salto em frente” para o futuro tendo por base os factores dinâmicos da inovação e competitividade. Precisamos por isso de uma nova agenda, inteligente e competitiva, para as cidades em Portugal.
Numa Europa das cidades e regiões, onde a aposta na inovação e conhecimento se configura como a grande plataforma de aumento da competitividade à escala global, os números sobre a coesão territorial e social traduzem uma evolução completamente distinta do paradigma desejado. A excessiva concentração de activos empresariais e de talentos nas grandes metrópoles, como é o caso da Grande Lisboa, uma aterradora desertificação das zonas mais interiores, na maioria dos casos divergentes nos indicadores acumulados de capital social básico, suscitam muitas questões quanto à verdadeira dimensão estruturante de muitas das apostas feitas em matéria de investimentos destinados a corrigir esta “dualidade” de desenvolvimento do país ao longo dos últimos anos.
Apesar da relativa reduzida dimensão do país, não restam dúvidas de que a aposta numa política integrada e sistemática de cidades médias, tendo por base o paradigma da inovação e do conhecimento, com conciliação operativa entre a fixação de estruturas empresariais criadoras de riqueza e talentos humanos indutores de criatividade, é o único caminho possível para controlar este fenómeno da metropolização da capital que parece não ter fim. O papel das Universidades e Institutos Politécnicos que nos últimos 20 anos foram responsáveis pela animação de uma importante parte das cidades do interior, com o aumento da população permanente e a aposta em novos fatores de afirmação local está esgotado.
O Investimento Direto Estrangeiro desempenha neste contexto um papel de alavancagem da mudança único. Portugal precisa de forma clara de conseguir entrar com sucesso no roteiro do “IDE de Inovação” associado à captação de empresas e centros de I&D identificados com os setores mais dinâmicos da economia – tecnologias de informação e comunicação, biotecnologia, automóvel e aeronáutica, entre outros. Trata-se duma abordagem distinta, protagonizada por “redes ativas” de actuação nos mercados globais envolvendo os principais protagonistas setoriais (empresas líderes, universidades, centros I&D), com um papel de mobilização das cidades para uma nova agenda estratégica.
Desta forma, o compromisso entre aposta, através da ciência, inovação e tecnologia, em competitividade estruturante na criação de valor empresarial, e atenção especial à coesão social, do ponto de vista de equidade e justiça, é o grande desafio a não perder. A sociedade do conhecimento tem nesta matéria um papel muito especial a desempenhar e numa época onde se assiste à crescente metropolização do país em torno do Porto e Lisboa, a aposta em projetos de coesão territorial como as cidades inteligentes pode fazer a diferença, com o destaque colocado na aposta na qualidade de vida e crescimento económico.
Por Francisco Jaime Quesado,
Presidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública
Publicado em: 07/01/2016 - 10:06:20
OJE.pt
Tópicos semelhantes
» Sustentabilidade Logístico-Portuária: O papel da inovação na era da descarbonização dos transportes marítimos, dos portos e das cidades
» Segundo o ministro do Ambiente: Cidades vão ter novo modelo de mobilidade
» Grandes cidades e cidades fantasma
» Segundo o ministro do Ambiente: Cidades vão ter novo modelo de mobilidade
» Grandes cidades e cidades fantasma
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin