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Eles, nós, a cidade
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Eles, nós, a cidade
Cinco dias depois de a Câmara de Lisboa ter anunciado a intenção de arborizar generosamente a 2.ª Circular a partir do próximo ano, cortando para duas as faixas de circulação de um lado e do outro e reduzindo a velocidade para os 60 km/h, demitiu-se um deputado municipal que já foi das listas do PS e o assunto ganhou finalmente maior relevância pública. Ao longo da semana o DN publicou várias notícias sobre o tema, entrevistou Carlos Barbosa, presidente do ACP. Apesar de os argumentos do ACP serem quase sempre de sentido único, pouco sensíveis a outras considerações que devem ser pesadas quando se discute a vida na cidade, a militância de Carlos Barbosa é bem-vinda porque enriquece o debate público num país demasiado adormecido até quando os assuntos impactam diretamente com o nosso modo de vida. Mudar a maneira de percorrer a 2.ª Circular, uma das vias com mais trânsito do país, não é assunto menor. Não se trata de saber se a câmara deve batizar uma rua com esta ou aquela personagem ou se falta mais um chafariz no Jardim da Estrela - temas relevantes, mas a uma escala localizada.
A 2.ª Circular tem impacto concreto no dia-a-dia de milhares de pessoas. A forma como funciona provoca consequências que devem ser analisadas e discutidas em tempo razoável, para que a decisão ganhe espessura e credibilidade. Não é no entanto o que está a acontecer. O assunto só sobressaiu ontem por causa da demissão do deputado municipal, não porque os lisboetas e os que entram ou saem da cidade por ali se tenham inquietado ou rejubilado com a intenção da câmara. Além desta desmobilização cívica tão portuguesa, sempre à espera de que os outros (eles, os malvados) resolvam os problemas da comunidade, sobra a necessidade de Fernando Medina aproveitar a ocasião para explicar com mais detalhe o que pretende e como pretende fazer. Árvores, muitas árvores na 2.ª Circular dá um bonito PowerPoint, talvez até faça sentido numa cidade brutalizada pelos automóveis, mas exige mais justificações. Estamos perfeitamente a tempo de que a discussão aconteça (sempre que o DN pediu informação à CML recebeu-a em tempo útil) para que o governo da polis não seja apenas o de uns poucos sobre uma multidão que só se lamenta e participa no remanso do lar. Já agora: os candidatos a Presidente da República, o que pensam eles das nossas cidades?
Editorial
10 DE JANEIRO DE 2016
00:01
André Macedo
Diário de Notícias
A 2.ª Circular tem impacto concreto no dia-a-dia de milhares de pessoas. A forma como funciona provoca consequências que devem ser analisadas e discutidas em tempo razoável, para que a decisão ganhe espessura e credibilidade. Não é no entanto o que está a acontecer. O assunto só sobressaiu ontem por causa da demissão do deputado municipal, não porque os lisboetas e os que entram ou saem da cidade por ali se tenham inquietado ou rejubilado com a intenção da câmara. Além desta desmobilização cívica tão portuguesa, sempre à espera de que os outros (eles, os malvados) resolvam os problemas da comunidade, sobra a necessidade de Fernando Medina aproveitar a ocasião para explicar com mais detalhe o que pretende e como pretende fazer. Árvores, muitas árvores na 2.ª Circular dá um bonito PowerPoint, talvez até faça sentido numa cidade brutalizada pelos automóveis, mas exige mais justificações. Estamos perfeitamente a tempo de que a discussão aconteça (sempre que o DN pediu informação à CML recebeu-a em tempo útil) para que o governo da polis não seja apenas o de uns poucos sobre uma multidão que só se lamenta e participa no remanso do lar. Já agora: os candidatos a Presidente da República, o que pensam eles das nossas cidades?
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10 DE JANEIRO DE 2016
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André Macedo
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